Previsões e Lógicas

 Crenças devem ser respeitadas, é claro. Porém, em todos os finais de ano, surgem as chamadas “previsões”. Particularmente, sou incrédulo, até mesmo pelas minhas convicções religiosas. Entretanto, como cidadão e cristão sei que devo conviver e respeitar tais crendices. Mas algumas são realmente inusitadas.

Hoje, lendo um jornal local, encontro previsões de um tarólogo que, ao meu ver, são mais “lógicas possíveis” do que fatos previstos extraordinariamente. Segue a pérola:

– Em 2007, morrerá um famoso artista da Rede Globo / Acontecerá um escândalo político que abalará o país / Felipe Massa terá chances reais de vencer o campeonato de Fórmula 1 / O São Paulo será favorito para a Libertadores / entre outras…

Alguém previu a queda do Muro de Berlim? Ou a morte do Senna? Alguém divulgou o nome do Marcos Valério com o Valerioduto?

Evidentemente, referente as previsões acima, qualquer um de nós poderá fazer!

Mas, o que me chamou a atenção, foi o alerta para o Reveillón:

– Será importante passar de branco, para atrair fluidos positivos, e as mulheres devem usar calcinha pelo avesso, para alcançar bons relacionamentos.

Precisa comentar algo????

PS: Por favor, prevejam quais serão os números a ser sorteados da Mega Sena desta noite……Há tempo hábil para apostas?

A Paciência Versus o Limite da Vontade

É… saiu o novo ranking dos árbitros. Acreditava piamente que neste ano subiria para a categoria ouro. Entretanto, permaneci como Prata A. Não seria ético falar sobre os nomes que subiram ou desceram, pois pode parecer choro. Entretanto, posso falar do meu esforço.Foram treinos diários, pouco sono, muito trabalho, inúmeras vezes troquei passeios e momentos de lazer para me dedicar aos jogos de futebol. Mas não só para atuar, mas também para treinar. Não é o árbitro que sofre sozinho, mas a família do árbitro compadece com tanta decepção.

Quantos jantares que faltei para poder dormir cedo e me concentrar… quantas vezes devorei o livro de regras. As dificuldades de conciliar as atividades profissionais e fazer curso de especialização na Granja Comari.

E, por fim, realizei ótimos testes físicos, excelentes notas nas provas, e partidas muito bem apitadas.

O que faltou???

 

1,2,3,4,5,6,7,8,9,10…

 

respirei fundo…

 

É, brigarei dentro das normas para subir, mas ainda acredito que meu posicionamento está equivocado.

Recordo-me deste ano, Olímpia X Taquaritinga, um lutando pela primeira divisão, outro para não cair para tercerona. Chuva, muita chuva. Pancada, muita pancada. Cuspe, alambrado balançando, campo ruim. Final de jogo: uma partida extremamente bem apitada, elogiada pelas duas agremiações.

Será que ninguém assistiu?

 

Palmeiras B X Rio Claro: jogo difícil, corrido. Ninguém viu?

 

Reservas no Paulistão série A1: Estar atento e resolver problemas… De nada adiantou?

 

Só resta lutar. Decepcionado, mas lutar. Cambaleado, mas ainda de pé. Inconformado, mas com gana.

Obrigado a todos que torceram por mim. Continuem torcendo. Obrigado por aqueles que não torceram por mim. Também tenho fair-play.

O consolo é que, se chegar, será com a plena convicção da honestidade, sem favorecimento, de maneira íntegra e com a graça de Deus.

Competência Administrativa X Competência Financeira

 E o S. C. Internacional é campeão do mundo. Diante desse título, duas reflexões:

Primeira- Não basta ter dinheiro, é preciso ter competência. Com todos os recursos financeiros que o Barcelona possui, deveria ter competência administrativa e planejamento estratégico suficientes para se preparar ao Mundial. O Internacional, com menos recuros finaceiros que o Barça, fez o dever de casa.

Segunda- O torneio é verdadeiramente uma disputa para sabermos quem é o melhor time do mundo, ou é uma espécie de “Copa das Confederações, versão clube?” É claro que com um time argentino, outro italiano, um inglês, e assim por diante, a competição seria verdadeiramente mundial. Por que não incluir os vice-campeões da Europa e Sulamérica, por exemplo? Bem, sabemos que o calendário não permite tais datas e confrontos. É uma pena…

Comportamento do Torcedor

Neste final de semana esportivo, pudemos observar  que as reclamações contra a arbitragem frami diminutas, ou quase inexistentes. Interessante é que, na última rodada, houve muita queixa, e os árbitros eram quase os mesmos.

Lembro-me de uma pesquisa realizada no meu Mestrado, quando ocorreu a final entre Corinthians e Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro (salvo engano, 1998). Na oportunidade, a pesquisa sobre o Comportamento do Torcedor de Futebol ocorreu frente a questões como atração, conforto, segurança e outras nuances. O Campeonato Brasileiro seria decidido em 3 jogos, o primeiro e o terceiro no Morumbi, o segundo no Mineirão. Um dos tópicos a serem tratados, naquele período de pesquisa, seria a impressão sobre os árbitros.

Na segunda-feira posterior ao primeiro jogo, apitado por Carlos Eugênio Simon, a pesquisa permitiu apurar que era negativa a avaliação geral dos torcedores de futebol frente a arbitragem brasileira, e em particular, muito negativa ao Simon. Quinze dias após, no terceiro jogo, o mesmo árbitro apitou o jogo final, e a pesquisa no dia posterior mostrou que a avaliação era satisfatória, e em particular, muito positiva para o Simon. Detalhe: no primeiro jogo houve contestação de muitos lances, todos marcados corretamente, embora polêmicos. No terceiro jogo, nenhuma polêmica e Corinthians campeão.

Rápida conclusão: a atuação do árbitro do jogo de maior apelo televisivo acaba refletindo na avaliação geral do nível de arbutragem, bem como o fato de a úiltima recordação de um jogo ser preponderante para a avaliação, ocorrendo inevitavelmente a generalização.

Não é isso que acontece freqüentemente?

Dia D e a Pressão Cotidiana

 Não é fácil exercer com competência várias atividades simultaneamente. Eu que o diga!

Atualmente, a pressão exercida pelas minhas atividades profissionais está afetando diretamente a minha recuperação/ descanso, impedindo muitas vezes de otimizar meus rendimentos e dar um pouquinho de qualidade de vida. E isso nunca aconteceu antes.

Entretanto, alguns fatores podem explicar:

Final de Ano1: Sobrecarregamento de compromissos. Brigo para ter oportunidade de ser promovido para o Ranking Ouro da Arbitragem Paulista. Foram muitos jogos (felizmente), muitas reuniões e uma dedicação enorme para cursos de aprimoramento. Afinal, já registro mais de 600 partidas trabalhadas e dez anos de futebol profissional. Agora, chegou a hora das últimas avaliações físicas e teóricas.

Final de Ano2: Correção das avaliações da faculdade. Também o fator de pertencer a uma banca examinadora aumenta as responsabilidades, pois alunos formandos dependem da minha avaliação (e, evidentemente, dos outros integrantes da banca) para serem aprovados. Não é fácil ler atentamente tantos TCCs.

Final de Ano3: Contas a pagar! Mês de pagamento de 13º salário aos funcionários, correrias para o final do ano de trabalho, impostos, brindes… Ufa.

Se pudesse repartir igualitariamente as dificuldades ao longo do ano, tudo poderia ocorrer bem. Mas quem acaba sofrendo com tanto empenho nas 3 atividades que exerço acaba sendo minha família. Às vezes, o mau humor, a falta de tempo e a indisposição acabam, mesmo sendo evitadas, demonstradas no relacionamento.

Na próxima 3ª feira, um dia decisivo: última prova física da FPF, no mesmo horário que eu tenho que participar da banca de TCCs da faculdade. O que fazer? O que priorizar?

A pressão quer se mostrar forte. Mas é nesse momento em que o controle emocional deve atuar, e que a motivação pelos grandes desafios aparece. O problema é: como estar presente nos dois aconteciemntos, que são inadiáveis ao mesmo tempo?Dia

Dificuldades da Carreira

 Muitas vezes, as pessoas julgam o seu próximo pelas aparências ou crenças pré-estabelecidas (preconceitos). Dias atrás, alguém queria me convencer que qualquer um que entre no futebol teria vida tranquila.

Quanta bobagem…

Veja a vida de um jogador: concentração, ausência da família, abdicação de muitos “prazeres”/gostos, vida extremamente regrada. O contraponto é o salário, mas não se esqueça: Alguns clubes têm no seu calendário o mês com 90 dias, e outros nem tem folhinha… A propósito, é menor do que 5% o número de atletas que ganham mais de 10 Salários Mínimos. A maioria recebe muito pouco.

Agora, veja a vida do árbitro: Treinos nos momentos em que não está realizando sua atividade profissional, cobrança da qualidade do trabalho, postura, vida controlada, exposição negativa exacerbada, necessidade de estar emocionalmente equilibrado a todo instante, conhecimento das regras e técnicas para o jogo, preparo físico invejável. Muitos acabam encontrando dificuldades nos seus casamentos (Alguém já fez um pente fino sobre as uniões estáveis dos árbitros???). Além disso, não tem direitos trabalhistas reconhecidos.

Apure: somente o árbitro e os gandulas não são profissionais de fato no espetáculo do futebol. Entretanto, nossa atuação deve extrapolar os conceitos do profissionalismo, mesmo aqueles mais arraigados da linha Weberiana redescobertos no começo do século XX.

E por que as pessoas querem ser árbitros?

Muitos estão árbitros, outros são árbitros. Ser árbitro perpetua, estar árbitro dura algumas temporadas.

Quem é árbitro só pode ser por um único conjunto de motivos: paixão pelo futebol, vontade de desafios e aptidão / vocação.

 

Assembléia da ONU

 Como existe demagogia nas relações comerciais e políticas. Nos trabalhos da Assembléia Anual das Nações Unidas, o folclórico presidente venezuelano Hugo Cháves, antes de fazer seu discurso, benzeu-se e reclamou do cheiro de enxofre deixado ali pela passagem do presidente George W. Bush, chamando-o, posteriormente, de demônio.

Aliás, as críticas de Cháves sobre Bush já se tornaram freqüentes, mas o que não se comenta é que as relações comerciais entre os dois países estão ótimas. No atual governo chavista, o grande parceiro econômico dos venezuelanos são os próprios americanos.

Resumindo: o discurso tem sido meramente político e demagógico. Por trás da sua fala, Cháves não desfez nenhum acordo e só incrementou suas relações. Poderiam ser chamados de acordos entre o “demônio” e o “mentiroso”?

Modismos na Administração de Empresas

 

Existe uma onda muito grande de cursos paradidáticos a fim de capacitar administradores. Outros, mais inusitados, buscam experiências diversas à área de administração.

Recentemente, um motivador muito famoso no Brasil (por ética não interessará o nome), declarou que, se tiver confiança, uma pessoa caminhará sobre brasas sem sentir dor, e terá sucesso, e que assim deve tirar a lição de superação para o mundo dos negócios. Tanto que foi contratado para um evento internacional, e seu desastroso trabalho repercutiu tão mal, que arranhou sua consagrada imagem. Hoje, parece que todos já esqueceram tal fato.

No último domingo, mais um desses “grandes gurus” sugeriu que as pessoas caminhassem em brasa num evento de neurolingüística a Administradores. Conclusão: 30 pessoas queimadas…

Será que nos capacitamos corretamente para o mundo da Administração? Não estamos atrás de muitas capacitações paralelas? Não que sejam dispensáveis, mas tantos simbolismos, tantas analogias e práticas duvidosas não estariam levando os managers a uma visão errada da formação de executivos?

Abaixo, link da matéria:

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1144454-EI5030,00.html

 

 

Cidadania

Estamos a duas semanas das eleições, e ao deparar com o horário político, parece que ninguém realmente se esforça em divulgar adequadamente as candidaturas. Vejam os esquetes de deputados: parece que quanto mais folclórico, melhor o candidato.  

São 4 ou 5 segundos com o nome e o número. Onde estão as propostas, o debate e a impressão de seriedade?

Abaixo, vai um link com o peril dos candidatos, extraído da Folha On-line:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u83172.shtml

Discriminação no Local de Trabalho

 Entre algumas aulas da disciplina Tópicos Especiais em Administração, tivemos a oportunidade de discutir culturas organizacionais, e caminhamos para o assunto discriminação. Fato interessante, é que em duas salas com alunos de Administração, mas de faixa etária e realidade profissional diferentes, os resultados foram extremamente curiosos.

Importante– a atividade foi realizada de maneira anônima, permitindo a honestidade das respostas.

Alunos mais jovens, com predominância de mulheres na sala, resumidamente responderam:

A discriminação ocorre por parte dos mesmos, mesmo sabendo que é errada, mas é inevitável. Discriminam por observação de condição social (pobre/rico – 22%), e são discriminados por religião (12,5%) e sexo (no caso, mulheres sentindo-se discriminadas).

Alunos mais veteranos, com uma classe mista, responderam:

A discriminação é algo cotidiano, e praticam em maioria a negros, veladamente, através de piadas politicamente incorretas e mudanças comportamentais. Sentem-se discriminados pela origem (predominância de familiares migrantes nordestinos -14%- e paranaenses-22%) e orientação sexual (6,5% se manifestaram homossexuais).

Finalizando, outras formas foram observadas: diferenças culturais, nível socio-econômico, beleza/aparência, e um caso solitário citado de discriminação por, segundo o aluno, ser um homem fiel à sua esposa.

O intuíto do trabalho foi alcançado: trazer à reflexão o fato de discriminar o próximo e as conseqüências da discriminação, independente da realidade profissional, mas abrangendo a vida pessoal.

 

O Gol de Gândula ainda repercute… Eu estive lá e não foi nada disso!

Nova Onda de Escárnio

A propósito, nós, árbitros de futebol, teremos que agüentar manifestações jocosas, tais como as criadas recentemente, com os gritos populares de “edilson”, a qualquer erro de arbitragem.

 

Não cansou ainda?

Os erros ocorridos e já debatidos em Santa Cruz do Rio Pardo, pela Copa FPF, evidentemente, tomaram grande repercussão. Entretanto, não parece que o tal gandula, que por sinal não marcou gol algum, ganhou notoriedade para se tornar o chamado anti-herói, ou seja, aquele que faz algo errado e ganha simpatia popular?

Infelizmente, o infortúnito lance tomou ares de gozação, e pode-se cair no erro de ridicularizar a imagem da Sílvia Regina, competente árbitra e de história muito bonita na vida futebolística. Se faz necessário avaliar todas as nuances do jogo, sem, é claro, deixar de reconhecer que houve falha. O que não pode é tornar o profissionalismo um circo, baseado em 2m14s de imagem.

Assembléia da ONU

 Como existe demagogia nas relações comerciais e políticas. Nos trabalhos da Assembléia Anual das Nações Unidas, o folclórico presidente venezuelano Hugo Cháves, antes de fazer seu discurso, benzeu-se e reclamou do cheiro de enxofre deixado ali pela passagem do presidente George W. Bush, chamando-o, posteriormente, de demônio.

Aliás, as críticas de Cháves sobre Bush já se tornaram freqüentes, mas o que não se comenta é que as relações comerciais entre os dois países estão ótimas. No atual governo chavista, o grande parceiro econômico dos venezuelanos são os próprios americanos.

Resumindo: o discurso tem sido meramente político e demagógico. Por trás da sua fala, Cháves não desfez nenhum acordo e só incrementou suas relações. Poderiam ser chamados de acordos entre o “demônio” e o “mentiroso”?

 

Abertura Oficial

Olá amigos, é com prazer que me torno um bloggueiro. Ops, será assim que se escreve? Ou “bloggeiro”? Porque não se aportuguesa a palavra blog, ou se utiliza um termo próprio?

Bom, futuramente colocarei minhas manifestações.

Abraços,

Rafael Porcari