Falam muito da Geração Z ser a mais nativa com a tecnologia. De fato, isso é uma obviedade.
Porém, se perguntar qual mais se reinventou, foi a Geração X!
Quer uma prova?
Aqui, na imagem:
Falam muito da Geração Z ser a mais nativa com a tecnologia. De fato, isso é uma obviedade.
Porém, se perguntar qual mais se reinventou, foi a Geração X!
Quer uma prova?
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Não somos robôs feitos com perfeição e precisão indiscutíveis e/ou infalíveis. Somos seres humanos que precisamos aprender a viver com as adversidades inevitáveis na vida pessoal e profissional.
Compartilho esse ótimo artigo a respeito deste assunto:
AS COMPETÊNCIAS QUE OS ROBÔS NÃO TÊM
Por Milton Beck
O avanço da tecnologia não dispensa as habilidades unicamente humanas – e nada melhor do que a vida real para nos preparar para um mundo mais integrado.
Há conversas que, mesmo informais, levam a reflexões sobre temas profundos, urgentes e complexos. Lembro-me de um diálogo descontraído em um almoço com dois amigos alguns anos atrás. Todos tínhamos trabalhado em empresas de tecnologia juntos e comentávamos episódios profissionais, quando um deles falou, orgulhoso:
“Nunca deixei de cumprir um orçamento na vida! Sempre atingi minhas metas.”
O outro amigo, que ocupava um cargo mais alto do que nós dois, nos surpreendeu com sua resposta.
“Que pena. Se tivesse passado pela experiência de não atingir suas metas teria aprendido com isso e, certamente, seria um profissional ainda melhor.”
Na hora, aquilo me fez pensar. Aquele almoço voltou à minha mente, enquanto assistia ao episódio Kintsugi, da série The Man in the High Castle. Eu não conhecia essa palavra japonesa, tampouco seu significado. Trata-se de uma técnica de reparação de peças de cerâmica quebradas, a partir da junção dos pedaços usando um verniz polvilhado com ouro, deixando à mostra as “cicatrizes” do objeto. Depois da reconstituição, muitas peças se tornam mais valiosas do que eram originalmente.
O Kintsugi é também uma filosofia de vida que parte do princípio de que erros e adversidades são inevitáveis. Diante delas, o que podemos fazer é recuperar a ordem interna e aprender a viver com suas marcas. Como diz uma das personagens no episódio: “Imperfeições podem ser belas”.
O que capturou a minha atenção naquelas cenas foi a reflexão sobre a valoração de algo a partir do erro. Da experiência. Em vez de tentarmos apagar os tombos de nosso currículo, o Kintsugi sugere que incorporemos os aprendizados e sigamos em frente melhores do que éramos antes da quebra.
A verdade é que, no ambiente corporativo, não costumamos lidar bem com erros. O orgulho do meu amigo sobre seu bom desempenho é compreensível. Nutrimos a crença de que quanto menos erramos, melhor somos. Mas isso não é a realidade. Cair e levantar pode nos ensinar, na prática, sobre resiliência e nos ajudar a desenvolver empatia pela situação de outras pessoas.
BIG DATA E OLHO NO OLHO
O tema voltou à minha mente pela terceira vez recentemente, quando vi os resultados de uma pesquisa conduzida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (IDB) em parceria com o LinkedIn. O estudo se baseou em pessoas que usam a nossa plataforma em dez países, incluindo o Brasil. O objetivo era identificar as mudanças no universo do trabalho – e como elas estão afetando as competências que se esperam dos profissionais de diferentes áreas. O estudo, que abrangeu 50 mil habilidades, trouxe algumas revelações que corroboram a tese do meu amigo sobre a importância do erro.
As profissões ligadas à tecnologia, como desenvolvedor de software, analista de segurança da informação e webdesign, aparecem como uma forte tendência de crescimento na pesquisa. Isso não significa que os robôs e softwares de inteligência artificial tomarão conta de todos os postos de trabalho – como teme uma parcela significativa dos trabalhadores brasileiros. Falado isso, os empregos serão sim transformados, mas o que deve direcionar essa transformação são as habilidades que só a experiência humana pode desenvolver.
As funções na área de TI que mais devem crescer são aquelas que demandam qualidades tipicamente humanas – entre elas, estão as habilidades transferíveis, isto é, que podem ser adaptadas de um setor para outro. Por exemplo, a capacidade de analisar um cenário complexo, de se adaptar, planejar e gerir uma estratégia de negócio, ainda que não se conheça profundamente a parte técnica do trabalho. As habilidades transferíveis ajudam os profissionais a encontrar soluções criativas para os desafios da empresa, e a identificar oportunidades de carreira fora de seu escopo tradicional.
Cruzar informações de diferentes fontes, fazer associações entre dados de diferentes mercados, ter a sensibilidade para reconhecer talentos e saber gerir grupos multidisciplinares são habilidades chamadas de soft skills (ou habilidades comportamentais). Elas são tão urgentes quanto as de automação de atividades. Não podemos subestimá-las por serem menos objetivas. É justamente sua natureza “fora da caixa” que as torna valiosas.
Isso não significa que as hard skills – habilidades técnicas – deixarão de ser importantes. Elas são (e continuarão sendo) básicas para a maior parte das profissões. Sem entender do negócio é difícil ser um bom profissional. O efeito colateral da supervalorização das soft skills é dar a impressão de que basta saber se relacionar para tomar as melhores decisões. Não é isso.
A tecnologia continuará a avançar pela maior parte das áreas corporativas, substituindo o ser humano em tarefas como pesquisa de dados e identificações de padrões. Mas, com mais informações na mesa, se torna ainda mais necessário ter uma cabeça pensante e um olhar sensível para tomar decisões. E para lapidar essas capacidades unicamente humanas, meu amigo tem razão: poucas coisas ensinam mais do que um tombo no mundo real.
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Imagem extraída de: https://www.techtudo.com.br/noticias/2012/12/universidade-de-toquio-desenvolve-robo-que-se-mexe-como-humano.ghtml (Kenshiro é o robô mais próximo de um ser humano atualmente (Foto: Reprodução/IEEE Spectrum) — Foto: TechTudo)
Não sei se Barack Obama realmente disse isso, mas vale a postagem pois a observação é muito boa:
“Todos os dispositivos sofisticados e wi-fi do mundo não vão fazer diferença se não tivermos grandes professores em sala de aula”.
Perfeito. A tecnologia visa a ajudar, nunca a substituir o bom docente. Os professores sempre serão fundamentais para fazer o elo entre o espírito crítico e o aluno!
E você, o que pensa sobre essa afirmação? Deixe seu comentário:

Imagem extraída do Facebook de “Viver de Amor”, em: https://www.facebook.com/vivendodeamorsempre/posts/1824529234311556/
Conhece Nolan Bushnell? Ele é o fundador da Atari e ex-chefe de Steve Jobs – que sempre o admirou por ser genial e, segundo Nolan, excêntrico! Tanto que escreveu um livro chamado: “Encontre o próximo Steve Jobs”.
A idéia da publicação é incentivar que executivos contratem pessoas acima da média, e essas são, na maioria “diferentes e doidas”.
Textualmente, Nolan Bushnell escreve que:
“Os chefes, em 90% dos casos, jamais contrariam um cara como Jobs. Mas a sugestão é que se contratem loucos mesmo. Quando eu tive a idéia de criar a Atari, me disseram que era loucura alguém jogar games em uma tela de TV. Fui chamado de ridículo!”.
Claro que a loucura aqui é genialidade incompreendida. Mas cá entre nós: talvez seja um misto de excesso de inteligência somado ao comportamento difícil.
O que você pensa sobre isso?
Deixe seu comentário:
Imagem extraída de: http://negociosbuscandoexito.com/category/emprendimiento/
IN ENGLISH –
Do you know Nolan Bushnell? He is the founder of Atari and Steve Jobs’ former boss—who always admired him for being brilliant and, according to Nolan, eccentric! So much so that he wrote a book called: “Finding the Next Steve Jobs.”
The idea of the publication is to encourage executives to hire people who are above average, and these people are, for the most part, “different and crazy.”
Textually, Nolan Bushnell writes that:
“In 90% of cases, bosses would never hire a guy like Jobs. But the suggestion is to hire crazy people anyway. When I had the idea to create Atari, I was told that it was crazy for anyone to play games on a TV screen. I was called ridiculous!”
Of course, the “crazy” here is misunderstood genius. But between you and me: perhaps it’s a mix of excessive intelligence combined with difficult behavior.
What do you think about this? Leave your comment:
Normalmente, os estudos mostram que de geração em geração os filhos têm QI maior que seus pais (em média). Porém, um novo estudo mostra que a “geração digital” está contrariando a lógica. Ou seja: as crianças estão se tornando menos inteligentes!
Abaixo extraído de: https://g1.globo.com/bemestar/viva-voce/noticia/2020/10/30/geracao-digital-por-que-pela-1a-vez-filhos-tem-qi-inferior-ao-dos-pais.ghtml
POR QUE PELA 1ª VEZ OS FILHOS PODEM TER QI INFERIOR AO DOS PAIS
Especialista analisa como as ferramentas tecnológicas têm influenciado negativamente no QI das crianças.
A Fábrica de Cretinos Digitais. Este é o título do último livro do neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, em que apresenta, com dados concretos e de forma conclusiva, como os dispositivos digitais estão afetando seriamente — e para o mal — o desenvolvimento neural de crianças e jovens.
“Simplesmente não há desculpa para o que estamos fazendo com nossos filhos e como estamos colocando em risco seu futuro e desenvolvimento”, alerta o especialista em entrevista à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.
As evidências são palpáveis: já há um tempo que os testes de QI apontam que as novas gerações são menos inteligentes que anteriores.
Desmurget acumula vasta publicação científica e já passou por centros de pesquisa renomados como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Seu livro se tornou um best-seller gigantesco na França. Veja abaixo trechos da entrevista com ele.
BBC News Mundo: Os jovens de hoje são a primeira geração da história com um QI (Quociente de Inteligência) mais baixo do que a última?
Michel Desmurget: Sim. O QI é medido por um teste padrão. No entanto, não é um teste “estático”, sendo frequentemente revisado. Meus pais não fizeram o mesmo teste que eu, por exemplo, mas um grupo de pessoas pode ser submetido a uma versão antiga do teste.
E, ao fazer isso, os pesquisadores observaram em muitas partes do mundo que o QI aumentou de geração em geração. Isso foi chamado de ‘efeito Flynn’, em referência ao psicólogo americano que descreveu esse fenômeno. Mas recentemente, essa tendência começou a se reverter em vários países.
É verdade que o QI é fortemente afetado por fatores como o sistema de saúde, o sistema escolar, a nutrição, etc. Mas se considerarmos os países onde os fatores socioeconômicos têm sido bastante estáveis por décadas, o ‘efeito Flynn’ começa a diminuir.
Nesses países, os “nativos digitais” são os primeiros filhos a ter QI inferior ao dos pais. É uma tendência que foi documentada na Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, etc.
BBC News Mundo: E o que está causando essa diminuição no QI?
Desmurget: Infelizmente, ainda não é possível determinar o papel específico de cada fator, incluindo por exemplo a poluição (especialmente a exposição precoce a pesticidas) ou a exposição a telas. O que sabemos com certeza é que, mesmo que o tempo de tela de uma criança não seja o único culpado, isso tem um efeito significativo em seu QI. Vários estudos têm mostrado que quando o uso de televisão ou videogame aumenta, o QI e o desenvolvimento cognitivo diminuem.
Os principais alicerces da nossa inteligência são afetados: linguagem, concentração, memória, cultura (definida como um corpo de conhecimento que nos ajuda a organizar e compreender o mundo). Em última análise, esses impactos levam a uma queda significativa no desempenho acadêmico.
BBC News Mundo: E por que o uso de dispositivos digitais causa tudo isso?
Desmurget: As causas também são claramente identificadas: diminuição da qualidade e quantidade das interações intrafamiliares, essenciais para o desenvolvimento da linguagem e do emocional; diminuição do tempo dedicado a outras atividades mais enriquecedoras (lição de casa, música, arte, leitura, etc.); perturbação do sono, que é quantitativamente reduzida e qualitativamente degradada; superestimulação da atenção, levando a distúrbios de concentração, aprendizagem e impulsividade; subestimulação intelectual, que impede o cérebro de desenvolver todo o seu potencial; e o sedentarismo excessivo que, além do desenvolvimento corporal, influencia a maturação cerebral.
BBC News Mundo: Que dano exatamente as telas causam ao sistema neurológico?
Desmurget: O cérebro não é um órgão “estável”. Suas características ‘finais’ dependem da nossa experiência. O mundo em que vivemos, os desafios que enfrentamos, modificam tanto a estrutura quanto o seu funcionamento, e algumas regiões do cérebro se especializam, algumas redes são criadas e fortalecidas, outras se perdem, algumas se tornam mais densas e outras mais finas.
Observou-se que o tempo gasto em frente a uma tela para fins recreativos atrasa a maturação anatômica e funcional do cérebro em várias redes cognitivas relacionadas à linguagem e à atenção.
Deve-se ressaltar que nem todas as atividades alimentam a construção do cérebro com a mesma eficiência.
BBC News Mundo: O que isso quer dizer?
Desmurget: Atividades relacionadas à escola, trabalho intelectual, leitura, música, arte, esportes… todas têm um poder de estruturação e nutrição muito maior para o cérebro do que as telas.
Mas nada dura para sempre. O potencial para a plasticidade cerebral é extremo durante a infância e adolescência. Depois, ele começa a desaparecer. Ele não vai embora, mas se torna muito menos eficiente.
O cérebro pode ser comparado a uma massa de modelar. No início, é úmida e fácil de esculpir. Mas, com o tempo, fica mais seca e muito mais difícil de modelar. O problema com as telas é que elas alteram o desenvolvimento do cérebro de nossos filhos e o empobrecem.
BBC News Mundo: Todas as telas são igualmente prejudiciais?
Desmurget: Ninguém diz que a “revolução digital” é ruim e deve ser interrompida. Eu próprio passo boa parte do meu dia de trabalho com ferramentas digitais. E quando minha filha entrou na escola primária, comecei a ensiná-la a usar alguns softwares de escritório e a pesquisar informações na internet.
Os alunos devem aprender habilidades e ferramentas básicas de informática? Claro. Da mesma forma, pode a tecnologia digital ser uma ferramenta relevante no arsenal pedagógico dos professores? Claro, se faz parte de um projeto educacional estruturado e se o uso de um determinado software promove efetivamente a transmissão do conhecimento.
Porém, quando uma tela é colocada nas mãos de uma criança ou adolescente, quase sempre prevalecem os usos recreativos mais empobrecedores. Isso inclui, em ordem de importância: televisão, que continua sendo a tela número um de todas as idades (filmes, séries, clipes, etc.); depois os videogames (principalmente de ação e violentos) e, finalmente, na adolescência, um frenesi de autoexposição inútil nas redes sociais.
BBC News Mundo: Quanto tempo as crianças e os jovens costumam passar em frente às telas?
Desmurget: Em média, quase três horas por dia para crianças de 2 anos, cerca de cinco horas para crianças de 8 anos e mais de sete horas para adolescentes.
Isso significa que antes de completar 18 anos, nossos filhos terão passado o equivalente a 30 anos letivos em frente às telas ou, se preferir, 16 anos trabalhando em tempo integral!
É simplesmente insano e irresponsável.
BBC News Mundo: Quanto tempo as crianças devem passar em frente a telas?
Desmurget: Envolver as crianças é importante. Eles precisam ser informados de que as telas danificam o cérebro, prejudicam o sono, interferem na aquisição da linguagem, enfraquecem o desempenho acadêmico, prejudicam a concentração, aumentam o risco de obesidade, etc.
Alguns estudos mostram que é mais fácil para crianças e adolescentes seguirem as regras sobre telas quando sua razão de ser é explicada e discutida com eles. A partir daí, a ideia geral é simples: em qualquer idade, o mínimo é o melhor.
Além dessa regra geral, diretrizes mais específicas podem ser fornecidas com base na idade da criança. Antes dos seis anos, o ideal é não ter telas (o que não significa que de vez em quando você não possa assistir a desenhos com seus filhos).
Quanto mais cedo forem expostos, maiores serão os impactos negativos e o risco de consumo excessivo subsequente.
A partir dos seis anos, se os conteúdos forem adaptados e o sono preservado, o tempo em frente a tela pode chegar até meia hora ou até uma hora por dia, sem uma influência negativa apreciável.
Outras regras relevantes: sem telas pela manhã antes de ir para a escola, nada à noite antes de ir para a cama ou quando estiver com outras pessoas. E, acima de tudo, sem telas no quarto.
Mas é difícil dizer aos nossos filhos que as telas são um problema quando nós, como pais, estamos constantemente conectados aos nossos smartphones ou consoles de jogos.
BBC News Mundo: Por que muitos pais desconhecem os perigos das telas?
Desmurget: Porque a informação dada aos pais é parcial e tendenciosa. A grande mídia está repleta de afirmações infundadas, propaganda enganosa e informações imprecisas. A discrepância entre o conteúdo da mídia e a realidade científica costuma ser perturbadora, se não enfurecedora. Não quero dizer que a mídia seja desonesta: separar o joio do trigo não é fácil, mesmo para jornalistas honestos e conscienciosos.
Mas não é surpreendente. A indústria digital gera bilhões de dólares em lucros a cada ano. E, obviamente, crianças e adolescentes são um recurso muito lucrativo. E para empresas que valem bilhões de dólares, é fácil encontrar cientistas complacentes e lobistas dedicados.
Recentemente, uma psicóloga, supostamente especialista em videogames, explicou em vários meios de comunicação que esses jogos têm efeitos positivos, que não devem ser demonizados, que não jogá-los pode ser até uma desvantagem para o futuro de uma criança, que os jogos mais violentos podem ter ações terapêuticas e ser capaz de aplacar a raiva dos jogadores, etc.
O problema é que nenhum dos jornalistas que entrevistaram esse “especialista” mencionou que ela trabalhava para a indústria de videogames. E este é apenas um exemplo entre muitos descritos em meu livro.
Isso não é algo novo: já aconteceu no passado com o tabaco, aquecimento global, pesticidas, açúcar, etc.
Mas acho que há espaço para esperança. Com o tempo, a realidade se torna cada vez mais difícil de negar.
BBC News Mundo:Há estudos que afirmam, por exemplo, que os videogames ajudam a obter melhores resultados acadêmicos…
Desmurget: Digo com franqueza: isso é um absurdo.
Essa ideia é uma verdadeira obra-prima de propaganda. Baseia-se principalmente em alguns estudos isolados com dados imprecisos, que são publicados em periódicos secundários, pois muitas vezes se contradizem.
Em uma interessante pesquisa experimental, consoles de jogos foram dados a crianças que iam bem na escola. Depois de quatro meses, elas passaram mais tempo jogando e menos fazendo o dever de casa. Suas notas caíram cerca de 5% (o que é muito em apenas quatro meses!).
Em outro estudo, as crianças tiveram que aprender uma lista de palavras. Uma hora depois, algumas puderam jogar um jogo de corrida de carros. Duas horas depois, foram para a cama.
Na manhã seguinte, as crianças que não jogaram lembravam cerca de 80% da aula em comparação com 50% das que jogaram.
Os autores descobriram que brincar interferia no sono e na memorização.
BBC News Mundo: Como o Sr. acha que os membros dessa geração digital serão quando se tornarem adultos?
Desmurget: Costumo ouvir que os nativos digitais sabem “de maneira diferente”. A ideia é que embora apresentem déficits linguísticos, de atenção e de conhecimento, são muito bons em “outras coisas”. A questão está na definição dessas “outras coisas”.
Vários estudos indicam que, ao contrário das crenças comuns, eles não são muito bons com computadores. Um relatório da União Europeia explica que a baixa competência digital impede a adoção de tecnologias educacionais nas escolas.
Outros estudos também indicam que eles não são muito eficientes no processamento e entendimento da vasta quantidade de informações disponíveis na internet.
Então, o que resta? Eles são obviamente bons para usar aplicativos digitais básicos, comprar produtos online, baixar músicas e filmes, etc.
Para mim, essas crianças se assemelham às descritas por Aldous Huxley em seu famoso romance distópico Admirável Mundo Novo: atordoadas por entretenimento bobo, privadas de linguagem, incapazes de refletir sobre o mundo, mas felizes com sua sina.
BBC News Mundo: Alguns países estão começando a legislar contra o uso de telas?
Desmurget: Sim, especialmente na Ásia. Taiwan, por exemplo, considera o uso excessivo de telas uma forma de abuso infantil e aprovou uma lei que estabelece multas pesadas para pais que expõem crianças menores de 24 meses a qualquer aplicativo digital e que não limita o tempo de tela de meninos entre 2 e 18 anos.
Na China, as autoridades tomaram medidas drásticas para regulamentar o consumo de videogames por menores: crianças e adolescentes não podem mais brincar à noite (entre 22h e 8h) ou ultrapassar 90 minutos de exposição diária durante a semana (180 minutos nos finais de semana e férias escolares).
BBC News Mundo: O Sr. acredita que é bom que existam leis que protegem as crianças das telas?
Desmurget: Não gosto de proibições e não quero que ninguém me diga como criar minha filha. No entanto, é claro que as escolhas educacionais só podem ser exercidas livremente quando as informações fornecidas aos pais são honestas e abrangentes.
Acho que uma campanha de informação justa sobre o impacto das telas no desenvolvimento com diretrizes claras seria um bom começo: nada de telas para crianças de até seis anos de idade e não mais do que 30-60 minutos por dia.
BBC News Mundo: Se essa orgia digital, como você a define, não para, o que podemos esperar?
Desmurget: Um aumento das desigualdades sociais e uma divisão progressiva da nossa sociedade entre uma minoria de crianças preservadas desta “orgia digital” — os chamados alfas do livro de Huxley —, que possuirão, através da cultura e da linguagem, todas as ferramentas necessárias pensar e refletir sobre o mundo, e uma maioria de crianças com ferramentas cognitivas e culturais limitadas — os chamados gamas na mesma obra —, incapazes de compreender o mundo e agir como cidadãos cultos.
Os alfas frequentarão escolas particulares caras com professores humanos “reais”. Já os gamas irão para escolas públicas virtuais com suporte humano limitado, onde serão alimentados com uma pseudo-linguagem semelhante à “novilíngua” de (George) Orwell (em 1984) e aprenderão as habilidades básicas de técnicos de médio ou baixo nível (projeções econômicas dizem que este tipo de empregos serão super-representados na força de trabalho de amanhã).
Um mundo triste em que, como disse o sociólogo Neil Postman, eles vão se divertir até a morte. Um mundo no qual, através do acesso constante e debilitante ao entretenimento, eles aprenderão a amar sua servidão. Desculpe por não ser mais otimista.
Talvez (e espero que sim) eu esteja errado. Mas simplesmente não há desculpa para o que estamos fazendo com nossos filhos e como estamos colocando em risco seu futuro e desenvolvimento.
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Vários estudos têm mostrado que, quando o uso de televisão ou videogame aumenta, o QI diminui, afirma o neurocientista Michel Desmurget — Foto: Getty Images
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Para os mais novos, saibam que o celular, quando surgiu, era artigo para resolver os anseios aqui registrado na sua 1a ligação,
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Num momento em que podemos interagir com uma IA que ouve, fala e vê como se fosse uma pessoa (ex. da Apple, da Google e da OpenAI), podendo em muitos…
Continua em: Como parar a IA?

Hoje é o dia em que foi inventada a lâmpada elétrica, em 1879, por Thomas Edison.
O que seria de nós sem as lâmpadas, não? Mas não é sobre isso que falaremos, e sim sobre gênios!
Leonardo Da Vinci é famoso por sua genialidade e inúmeras invenções revolucionárias (além, claro), da Mona Lisa, sua pintura marcante. Mas Thomas Edison não fica atrás, veja suas invenções (extraído da Wikipedia):
THOMAS EDISON
Thomas Alva Edison (Milan, Ohio, 11 de Fevereiro de 1847 — West Orange, Nova Jérsei, 18 de Outubro de 1931) foi um empresário dos Estados Unidos que patenteou e financiou o desenvolvimento de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. O Feiticeiro de Menlo Park (The Wizard of Menlo Park), como era conhecido, foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção.
Na sua vida, Thomas Edison registrou 2.332 patentes. O fonógrafo foi uma de suas principais invenções. Outra foi o cinematógrafo, a primeira câmera cinematográfica bem-sucedida, com o equipamento para mostrar os filmes que fazia. Edison também aperfeiçoou o telefone, inventado por Antonio Meucci, em um aparelho que funcionava muito melhor. Fez o mesmo com a máquina de escrever. Trabalhou em projetos variados, como alimentos empacotados a vácuo, um aparelho de raios X e um sistema de construções mais baratas feitas de concreto.
Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se a lâmpada elétrica incandescente, o gramofone, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone. Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX. Teve também um papel determinante na indústria do cinema.
Em 1969 foi incluído no Automotive Hall of Fame.

Imagem extraída de: https://www.timetoast.com/timelines/historia-da-eletricidade–11
Mesmo anônimo, você é rastreado online 👀💻🔍 #PrivacidadeDigital #SegurancaOnline #BrowserFingerprinting #linkezine 🔒 O post 🕵️♂️💻 Abas anônimas…
Continua em: 🕵️♂️💻 Abas anônimas? Nem tanto: entenda como seus dados são capturados 🔍

Geração Z revive CDs e câmeras em busca de vida offline 📷 #GeraçãoZ #Tecnologia #Comportamento #linkezine 💿 O post 📼 Jovens redescobrem o passado:…
Continua em: 📼 Jovens redescobrem o passado: a febre das velhas tecnologias 🎧

Acordar cedo para aproveitar um mundo sem tanta tecnologia tem sido uma tendência. Mas e quando você não é “produtivo” ou “relaxante” o suficiente neste período do dia?
Benefícios e malefícios de levantar às madrugadas, extraído de: https://www.linkedin.com/feed/news/o-clube-das-5h-pode-não-ser-para-você-4980964/
O CLUBE DAS 5 HORAS PODE NÃO SER PRA VOCÊ
por Paulo Tobias
O hábito de levantar às 5h para aproveitar melhor o dia vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo corporativo. Para essas pessoas, acordar antes de o sol nascer facilita criar um “estado de fluxo” por permitir um tempo sem interrupções de ruídos do ambiente ou da tecnologia.
Mas especialistas em sono alertam que o hábito não é para todo mundo: cada pessoa tem seu próprio relógio biológico e não respeitá-lo pode provocar problemas como cansaço, ansiedade, depressão, doenças gastrointestinais, perda de concentração e lapsos de memória. Assim, se você é uma pessoa vespertina se esforçando para madrugar, está sabotando seu horário mais frutífero.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
Já reparou como tem gente que escreve de maneira violenta, arrogante ou odiosa nas redes sociais? Ou que publica uma vida inexistente de beleza e felicidade?
Pra quê?
Muitos ofendem o próximo com palavrões via Twitter, coisa que pessoalmente não fariam. Outros usam do Facebook para destilar veneno por X ou Y (na política isso acontece demais). No Instagram, um mundo de belas paisagens, sorrisos e outras coisas que encantam – quando, vez ou outra, surge um idiota ameaçando você de qualquer coisa que nunca se imaginou!
Novamente: pra quê?
Parece que nesse âmbito, as Redes Sociais tornaram-se a arquibancada do século XXI, onde se permite e se pode tudo! Pensa-se que é terra de ninguém, maltrata-se por qualquer coisa, se difama por bobagem e desrespeita-se a opinião alheia.
Uma derradeira vez: pra quê?
Por muitas vezes, as Redes Sociais se tornam Antissociais, nos levando a pensar: por quê estamos inseridos nelas?
E você: por quê está? Precisa mesmo delas?
Conheço muita gente que está fora e não sente necessidade de estar. Muitas vezes, penso: vale a pena abandoná-las… mas aí você repensa sobre os contatos que tem, as atividades profissionais que possam ser exercidas através delas e pela comodidade / diversão de estar nesse mundo virtual. E desiste de sair!
Enfim: use com moderação, sem deixar que se torne um vício. Não as faça como algo obrigatório, desconfie das publicações que ali existam e cuidado com suas postagens, pois, afinal, dependendo do teor, haters podem surgir. E aí você se cansará delas.

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem conhecer, favor informar para crédito na postagem.
O novo iPhone custa R$ 10.500,00! E, acredite, mais de R$ 6.500,00 são de impostos.
Pode?
Abaixo, extraído do Blog do iPhone, em: https://blogdoiphone.com/financas/iphone-air-brasil-impostos/
IPHONE AIR NO BRASIL CUSTA MAIS DE R$ 6.520,00 DE IMPOSTOS.
Você não leu errado. Do preço que você paga em um iPhone novo, mais de 60% do valor não vai para a Apple. Isso a gente já sabe há anos, mas quando vemos o valor numérico, assusta.
Não é a toa que o Brasil sempre figura como um dos países com o preço mais alto de iPhone.
Neste artigo, vamos mostrar um exemplo real da compra de um iPhone Air de 256 GB, detalhando os tributos pagos, e também explicar como funciona a cobrança de impostos no Brasil — que varia de estado para estado.
Fizemos o teste e encomendamos um iPhone Air de 256 GB no Brasil, com entrega em Brasília. Por ser parcelado, pagamos o preço cheio: R$ 10.499.
E aqui vem o choque: na nota fiscal, é possível ver que, desse valor, R$ 6.520,33 são só de impostos. Isso significa que quase dois terços do que você desembolsa vão direto para os cofres públicos.
Olha só como ficou a divisão:
No fim das contas, a carga tributária chega a 62,1% do preço do iPhone. É de cair o queixo.
Pra entender melhor:
No exemplo de Brasília, a alíquota interna é de 18%.
Como o iPhone saiu de São Paulo (onde a alíquota interestadual é de 12%), o DF cobrou a diferença de 6%. Esse cálculo deu os R$ 1.679,84 extras no boleto de impostos.
Aí que está: não existe um valor único de imposto para todo o Brasil. Cada estado tem sua própria regra de ICMS, e isso impacta diretamente no preço final.
Ou seja, o imposto varia de acordo com o CEP de quem compra.
Pior que não. Entra governo, sai governo e o preço do iPhone sempre sofreu pesados impostos de importação.
Usuários de iPhone já conhecem há décadas o conceito de “tarifaço“, pois sempre pagaram mais por comprar o aparelho no Brasil.
Até mesmo Steve Jobs já reclamava dos impostos brasileiros na importação de eletrônicos, chamando de “política maluca de taxação super alta“.
Bom, se fizermos a matemática dessa história toda, concluímos que a Apple Brasil acaba ficando apenas com R$ 3.979 por este iPhone Air, que é bem menos do preço do mesmo modelo nos Estados Unidos.
É insano.
Tudo isso deixa claro aquilo que muitos já sabem: o grande vilão do preço do iPhone no Brasil é a carga tributária altíssima.
No caso do nosso iPhone Air de 256 GB, R$ 6.520 de um total de R$ 10.499 foram parar em impostos. E dependendo de onde você mora, esse número pode ser ainda maior ou menor, mas sempre alto.
Enquanto isso não muda, o brasileiro segue pagando um dos preços mais altos do mundo para ter um iPhone novo no bolso.

(matéria de Ale Salvatori).
Google Cloud traz Gemini 2.5 e TPUs v6 ao Brasil, expande Summit e lança novas soluções de IA. #GoogleCloud #Inovação #linkezine 🚀 O post 🚀 Google …
Continua em: 🚀 Google Cloud acelera no Brasil com IA, novas TPUs e expansão nacional 🌎

O novo iPhone custa R$ 10.500,00! E, acredite, mais de R$ 6.500,00 são de impostos.
Pode?
Abaixo, extraído do Blog do iPhone, em: https://blogdoiphone.com/financas/iphone-air-brasil-impostos/
IPHONE AIR NO BRASIL CUSTA MAIS DE R$ 6.520,00 DE IMPOSTOS.
Você não leu errado. Do preço que você paga em um iPhone novo, mais de 60% do valor não vai para a Apple. Isso a gente já sabe há anos, mas quando vemos o valor numérico, assusta.
Não é a toa que o Brasil sempre figura como um dos países com o preço mais alto de iPhone.
Neste artigo, vamos mostrar um exemplo real da compra de um iPhone Air de 256 GB, detalhando os tributos pagos, e também explicar como funciona a cobrança de impostos no Brasil — que varia de estado para estado.
Fizemos o teste e encomendamos um iPhone Air de 256 GB no Brasil, com entrega em Brasília. Por ser parcelado, pagamos o preço cheio: R$ 10.499.
E aqui vem o choque: na nota fiscal, é possível ver que, desse valor, R$ 6.520,33 são só de impostos. Isso significa que quase dois terços do que você desembolsa vão direto para os cofres públicos.
Olha só como ficou a divisão:
No fim das contas, a carga tributária chega a 62,1% do preço do iPhone. É de cair o queixo.
Pra entender melhor:
No exemplo de Brasília, a alíquota interna é de 18%.
Como o iPhone saiu de São Paulo (onde a alíquota interestadual é de 12%), o DF cobrou a diferença de 6%. Esse cálculo deu os R$ 1.679,84 extras no boleto de impostos.
Aí que está: não existe um valor único de imposto para todo o Brasil. Cada estado tem sua própria regra de ICMS, e isso impacta diretamente no preço final.
Ou seja, o imposto varia de acordo com o CEP de quem compra.
Pior que não. Entra governo, sai governo e o preço do iPhone sempre sofreu pesados impostos de importação.
Usuários de iPhone já conhecem há décadas o conceito de “tarifaço“, pois sempre pagaram mais por comprar o aparelho no Brasil.
Até mesmo Steve Jobs já reclamava dos impostos brasileiros na importação de eletrônicos, chamando de “política maluca de taxação super alta“.
Bom, se fizermos a matemática dessa história toda, concluímos que a Apple Brasil acaba ficando apenas com R$ 3.979 por este iPhone Air, que é bem menos do preço do mesmo modelo nos Estados Unidos.
É insano.
Tudo isso deixa claro aquilo que muitos já sabem: o grande vilão do preço do iPhone no Brasil é a carga tributária altíssima.
No caso do nosso iPhone Air de 256 GB, R$ 6.520 de um total de R$ 10.499 foram parar em impostos. E dependendo de onde você mora, esse número pode ser ainda maior ou menor, mas sempre alto.
Enquanto isso não muda, o brasileiro segue pagando um dos preços mais altos do mundo para ter um iPhone novo no bolso.

(matéria de Ale Salvatori).
Quem é o consumidor que realmente vai gastar as riquezas da Economia Global? Os Boomers, a Geração X ou os Millenials?
Muito bacana o artigo que compartilho abaixo, extraído de: https://www.istoedinheiro.com.br/consumidor-conectado-exigente-e-ansioso/
CONSUMIDOR CONECTADO, EXIGENTE E ANSIOSO
por Cecília Andreucci
Altamente digitalizado, pressionado por uma montanha de informações, consumidor desconfia das organizações e da propaganda
Não há mais como falar de consumo sem falar de tecnologia – aliás poucas coisas hoje escapam desta proposição. Nós, brasileiros, somos os mais ávidos por novas tecnologias, inovação e por consumir toneladas de informação disponibilizadas na rede (mesmo ficando ansiosos com tudo isso). O uso de smartphones disparou e nos colocou como uma das nações mais digitalizadas. Somos prodígios nas redes sociais, mas nos preocupamos muito com a possibilidade de nossos dados serem hackeados. E há razões concretas para essa preocupação. Especialistas concordam que não é uma questão de “se” os sistemas de informação serão atacados, mas “quando” e em “qual” proporção. Ninguém está protegido.
Essas informações foram reforçadas pelo presidente global para consumo e varejo de uma grande consultoria internacional em evento recente. Ele apresentou o resultado de uma ampla pesquisa sobre as profundas mudanças nas motivações, atitudes e expectativas do consumidor nesse século, realizada em oito países, dentre eles o Brasil.
O resultado de cada país retrata, naturalmente, seu momento social, econômico e político, mas seguem muitas tendências globais, dentre elas o protagonismo da internet como fonte de informação, a preocupação crescente com a segurança de dados pessoais, a expectativa por qualidade e conveniência, e experiências mais intuitivas e personalizadas.
Outro aspecto pesquisado foi a confiança nas instituições, que atinge 47%. As menos confiáveis são organizações governamentais e as de propaganda – 37% e 26%, respectivamente. Essa última poderia também ser explicada por uma sociedade cada vez mais letrada na disciplina, que nunca desconfiou tanto da comunicação publicitária. Bancos e empresas de saúde gozam o mais alto nível de confiança, ainda que não seja tão alto assim (aproximadamente 60%). No Brasil, saímos fora da curva, abaixo da média, em instituições governamentais, energia e serviços de utilidade pública. Fácil de entender. E confiamos mais nas empresas de tecnologia que os demais países, talvez porque façamos muito uso delas.
E, resultado dos nossos últimos anos complicados, desenvolvemos uma cultura de barganha, passamos por um down trade, procurando produtos com melhor custo-benefício. Com isso, baixamos nosso padrão de consumo. Também reportamos o mais alto nível de preocupação com a aposentadoria (em termos financeiros). E vemos como principal indulgência na vida, a boa comida, o que é bastante frugal.
Outra perspectiva interessante da apresentação tratou da nova demografia etária do planeta e suas peculiaridades em termos de motivação, atenção, conexão, uso do tempo e gastos. Apesar de os Boomers (pessoas nascidas entre anos 40 e meados dos anos 60) terem acumulado muita riqueza, é a geração seguinte, a X, que deve herdá-la e gastá-la. Estima-se que um trilhão de dólares. Geralmente negligenciada pelas estratégias de marketing, é apelidada de geração-sanduíche ou geração-esquecida. A primeira a cuidar de seus pais e de seus filhos simultaneamente, sofre mais pressões por recursos e tempo. Apesar de terem nascidos antes da internet, são bastante digitalizados. Produtos e serviços devem refletir essa realidade.
Dentro da mesma casa que vive um “X”, há uma grande chance de viver um Millennial (nascido entre 1980 e 1999) e um “Z” (nascido depois de 2000). As nativas digitais cresceram na era da explosão das tecnologias de computação e de comunicação. Para a “Z” tudo ocorre, porém, numa dimensão e velocidade mais acentuadas. Se os Millennials queriam conhecer todas as possibilidades digitais, a geração “Z” chegou para fazer a curadoria, criar, projetar e mixar todas as mídias, conteúdos e experiências. Com baixíssima concentração, demandam que sejam seduzidos em segundos, ou outro estímulo vai atraí-los rapidamente.
Nessa casa hipotética, todos seguem se influenciando mutuamente, diariamente.
Não é fácil para a liderança das organizações capturar as necessidades destes grupos. Especialmente porque, como eu, muitos são da geração X, os imigrantes digitais. Para além das pesquisas e consultorias, que contribuem muito, aqueles que convivem de perto com as três outras gerações que habitam o planeta devem ter maior chance de sucesso.
(*) Cecília Andreucci é conselheira de administração, mercadologista e doutora em comunicação.

Imagem extraída do link acima:
Crescem cada vez mais os golpes pela Internet. Alguns nacionais outros estrangeiros. Chegam a ser ridículos! Sempre os recebo, mas alguns, traduzidos por máquinas, são risíveis!
Abaixo alguns exemplos:
Caro amado
Com todo o respeito,
Eu sou a senhora, Jessie Daniel que sofreu envelhecimento. Sou viúva que sofre de doença de longa duração (câncer). Atualmente, estou internada em um hospital privado. Eu tenho algumas informações que eu herdei de meu falecido marido Daniel Wright, que morreu mais tarde em um acidente de trânsito.
Quando meu marido estava vivo, ele depositou a quantia de US $ 3.500.000.00 (três milhões e quinhentos mil dólares) em um banco. Atualmente, esse dinheiro ainda está no banco.
Meu médico me disse que eu não iria durar os próximos três meses, devido ao problema do câncer. Eu preciso de uma pessoa temente a Deus e muito honesto e organização que pode usar estes fundos para a obra de Deus. Meu falecido marido deu instruções de que este fundo deve ser utilizado para fins de caridade, como a construção de escolas, orfanatos, lares, hospitais, etc.
Tomei esta decisão porque não têm qualquer filho que herdará esse dinheiro e eu w formiga Go estaria misericordioso comigo e aceite minha alma. Com Deus todas as coisas são possíveis. Por favor, se você seria capaz de utilizar esses fundos para a obra de Deus gentilmente me responda.
Eu quero que você me enviar a seguinte informação é como abaixo.
O seu nome completo ————————-
Seu endereço ——————————–
Seu País ————————————
Your Age ————————————
Profissão ———————————–
Seu sexo ————————————
Assim que eu receber a sua resposta vou dar-lhe o contacto do Banco. Eu também irá emitir uma carta de autoridade que vai provar que o presente beneficiário deste fundo.
Na esperança de receber a sua resposta. Permanecer abençoado no Senhor.
Obrigado,
Sra Jessie Daniel
Outros são menos nocivos, mas tanto quanto idiotas pela tradução das máquinas/programas usados pelos aproveitadores:
Olá,
Bom dia, eu sou Larissa e a minha empresa é Qingdao Zhengshengyuan industry Co.Ltd, que é uma empresa profissional de plástico.
Forneço materiais de plástico, o preço é barato, mas tem boa qualidade.
Por favor comunica comigo.
Obrigada
Larissa
Qingdao Zhengshengyuan industry Co.,Ltd.
Telefone: +86-0532-66828111
Fax: +86-0532-66828111
skype: zsyindustry
Endereço: No.27 Estrada deFulong de Cidade de Qingdao de Província de Shandong da China.
Pior são aqueles que tem aviso de “chave de segurança do banco”, anexos e outros truques para instalar cavalos de tróia.
Uma grande curiosidade: os inventores disso são descobertos? Presos? Punidos?

Se você tem notado um aumento de publicações estranhas e aleatórias no seu feed do Facebook, saiba que não está sozinho. Cada vez mais usuários …
Continuo em: Spam no Facebook: Por Que o Seu Feed Está Poluído com Conteúdo Aleatório?

The freelance life is often painted as a dream of independence: working from anywhere, choosing your clients, and enjoying flexible hours. But anyone…
Continua em: How ChatGPT Can Make Freelance Life Easier

Artificial intelligence has arrived at a turning point. Just a few years ago, most people thought of AI as something reserved for tech giants, …
Original em: Why ChatGPT Is Here to Stay: A Freelancer’s Perspective

Controle de dados e algoritmos ameaça direitos e democracia no mundo digital 🔐🌍 #ProteçãoDeDados #DemocraciaDigital #linkezine O post 🔐📊 Dados, …
Continua em: 🔐📊 Dados, algoritmos e democracia: quem controla sua vida digital? 🤔🌍

Perplexity oferece US$ 34,5 bi pelo Chrome do Google 🌐💻 #Tecnologia #Perplexity #linkezine O post Perplexity surpreende e oferece US$ 34,5 bi para …
Continua em: Perplexity surpreende e oferece US$ 34,5 bi para comprar Chrome do Google 🚀

In recent years, cloud data management tools such as Google Drive, Dropbox, and OneDrive have become essential tools for businesses and organisations…
Continua em: What’s Wrong with Google Drive, Dropbox and One Drive?

Veja que interessante: a Telesp Celular começava a operacionalizar o telefone celular, 32 anos atrás.
Eu me lembro bem: era caríssimo. Assinatura de 40 dólares, fora o custo das tarifas (realizadas e recebidas)!
Qual foi o seu primeiro celular?

Imagem extraída de: https://coopermiti.com.br/museu/aparelho-celular-motorola-startac/
Há 8 décadas, o mundo se assustava com o poderio dos EUA e sua bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima.
O poder devastador dela impressionou: prédios e pessoas eram desintegrados! E os efeitos da radiação perpetuam até hoje.
Reflita: se uma bomba fez isso há tanto tempo, imagine com a atual tecnologia e com a quantidade de ogivas existentes…
Independente de quem era vilão ou mocinho na 2a Guerra Mundial, todo conflito deve priorizar sempre o diálogo.

IN ENGLISH, by Gemini IA –
Eighty years ago, the world was shocked by the power of the U.S. and its atomic bomb dropped on the Japanese city of Hiroshima.
Its devastating power was impressive: buildings and people were disintegrated! And the effects of the radiation persist to this day.
Reflect on this: if one bomb did that so long ago, imagine what’s possible with today’s technology and the number of warheads in existence…
Regardless of who was the hero or villain in World War II, all conflict must always prioritize dialogue.
Veja que interessante: li sobre Claire Wardle, a diretora de uma ONG chamada First Draft, que combate a informação falsa. Disse ela a respeito da proliferação de Fake News no nosso cotidiano:
“Podemos culpar as redes sociais, a nossa mãe e os Governos pela desinformação. Queremos uma solução fácil, que é culpar o Facebook. Mas todos somos responsáveis pela crise da informação”.
E não é verdade? Quantas vemos ingenuamente damos crédito a notícias falsas? Ou perdemos tempo em ler mentiras, fatos inverídicos e tantas bobagens’?
Já ouvi um amigo dizendo que “a culpa é da tia do What’sApp”, mostrando a figura daquela senhora simples, pura, e que replica fake news com a melhor das boas intenções sem saber! E isso é uma realidade indiscutível: quantos não são enganados e enganam os outros involuntariamente?

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.
Os erros que a Apple iria cometer quando lançasse seu maior equívoco (para alguns concorrentes), o iPhone, foram retratados nesse artigo bem curioso.
Abaixo (extraído do BlogdoIphone.com):
O DESDÉM INICIAL DO IPHONE
O desdém inicial pelo iPhone
Muitos se arriscaram na época a prever o futuro catastrófico (SIC) do iPhone. “Especialistas” que queimaram a língua por não verem o futuro chegando.
O iPhone era tão diferente de tudo até ali que muitas mudanças foram difíceis de absorver. A falta completa de um teclado físico era uma das críticas mais usadas pelos detratores, além do fato dele ser “grande” para o padrão da época.
O CEO da Palm chegou a dizer na época “Os caras dos computadores não vão agora chegar e mostrar como se faz. Não é só chegar e fazer“.
Já um outro analista do Bloomberg não acreditava que o iPhone duraria muito tempo:
“O iPhone não é nada mais do que um brinquedo de luxo que vai apelar para alguns loucos por gadgets. Em termos de seu impacto sobre a indústria, o iPhone é menos relevante. É pouco provável que a Apple faça algum impacto neste mercado. A Apple vai vender um pouco para alguns de seus fãs, mas o iPhone não vai marcar a indústria a longo prazo.”
Michael Kanellos, da CNET, foi ainda mais categórico, prevendo o fracasso total do aparelho:
“A Apple está se preparando para lançar um novo telefone… E ele vai fracassar. As vendas deste telefone até irão disparar no começo, mas as coisas vão se acalmar e o telefone da Apple vai tomar o seu lugar nas prateleiras com as câmeras de vídeo aleatórias, telefones celulares, roteadores sem fio e outros possíveis acertos. Quando o iPod surgiu no final de 2001, ele resolveu alguns problemas importantes com MP3 players. Infelizmente para a Apple, são problemas que não existem no setor de telefonia. Os telefones celulares não são desajeitados, dispositivos inadequados. Em vez disso, eles são muito bons. Muito bons.”
Nem mesmo a Microsoft estava acreditando no que estava acontecendo. O diretor de marketing da empresa, Richard Sprague, comentou na época:
“Eu não posso acreditar nesta atenção toda que está sendo dada para o iPhone … Eu só tenho que saber quem vai querer uma coisa dessas (além do fanático religioso). Então, por favor, favorite este post e volte daqui dois anos para ver os resultados da minha previsão : eu prevejo que o iPhone não vai vender nem perto dos 10 milhões [de unidades] que Jobs prevê para 2008.”
E claro, não podemos esquecer do comentário que ficou na história, vindo da boca do então presidente da Microsoft, Steve Ballmer:
Confira um outro artigo com uma coletânea de frases ditas contra o iPhone. Aproveite também para analisar os comentários que nossos leitores fizeram há cinco anos.
IN ENGLISH –
The errors that Apple was supposedly going to make when it launched its biggest blunder (for some competitors), the iPhone, were portrayed in this very curious article.
Below (extracted from BlogdoIphone.com):
The initial disdain for the iPhone
Many at the time dared to predict the catastrophic (SIC) future of the iPhone. “Experts” who ate their words for not seeing the future coming.
The iPhone was so different from everything before it that many changes were difficult to absorb. The complete lack of a physical keyboard was one of the most common criticisms from detractors, besides the fact that it was “big” by the standards of the time.
The CEO of Palm even said at the time: “The computer guys aren’t just going to come in now and show us how it’s done. It’s not just about showing up and doing it.”
Another Bloomberg analyst didn’t believe the iPhone would last long:
“The iPhone is nothing more than a luxury toy that will appeal to a few gadget freaks. In terms of its impact on the industry, the iPhone is less relevant. Apple is unlikely to make any impact in this market. Apple will sell a few to some of its fans, but the iPhone will not make its mark on the industry in the long term.”
Michael Kanellos of CNET was even more categorical, predicting the device’s total failure:
“Apple is getting ready to launch a new phone… And it will fail. Sales of this phone will even surge at first, but things will calm down and Apple’s phone will take its place on shelves with random video cameras, cell phones, wireless routers, and other possible successes. When the iPod emerged in late 2001, it solved some important problems with MP3 players. Unfortunately for Apple, these are problems that don’t exist in the phone industry. Cell phones are not clunky, inadequate devices. Instead, they are very good. Very good.”
Not even Microsoft believed what was happening. The company’s marketing director, Richard Sprague, commented at the time:
“I can’t believe all this attention being given to the iPhone… I just have to know who would want such a thing (besides the religious fanatic). So, please, favorite this post and come back in two years to see the results of my prediction: I predict that the iPhone will not sell anywhere near the 10 million [units] that Jobs predicts for 2008.”
And of course, we can’t forget the comment that made history, coming from the mouth of the then Microsoft president, Steve Ballmer:
Check out another article with a collection of quotes made against the iPhone. Also, take the opportunity to analyze the comments our readers made five years ago.
Cada vez mais estamos dependendo da tecnologia no nosso dia-a-dia. Muitas vezes, somos reféns dela. Mas aí vem outra questão: e quando estamos viciados pelos celulares, computadores e outros eletrônicos?
Olha que assunto interessante: Clínicas para Desintoxicação Digital!
QUANTO TEMPO É NECESSÁRIO PARA UMA ‘DESINTOXICAÇÃO DIGITAL’?
DA BBC BRASIL
Na era de “ansiedade digital” em que vivemos, mais e mais pessoas optam por uma medida radical –divulgada por um movimento que começou há cinco anos nos Estados Unidos– para lidar com a dependência da internet e das redes sociais: “desconectar” de tudo.
O princípio é semelhante ao do tratamento de pessoas com adicções a substâncias químicas, a ideia de “limpar” o corpo.
E se você não lembra da última vez que foi dormir sem usar o celular pouco antes de fechar os olhos, e se faz muito tempo que não deixa de conferir as redes sociais ou sai de casa sem o telefone, pode estar precisando de uma “desintoxicação digital”.
“Desconecte para reconectar” é o lema da Digital Detox, uma das organizações que iniciaram o movimento em San Francisco (EUA), em 2012, apenas um ano antes do dicionário Oxford incluir pela primeira vez o termo “desintoxicação digital” em suas páginas.
Seu fundador, Levi Felix, trabalhava 70 horas sem descanso por semana em uma start-up, até ser hospitalizado por exaustão em 2008.
Pouco tempo depois, ele trocou seu computador por uma mochila. Foi com sua namorada viajar pelo mundo e se mudou para uma ilha remota no Sudeste Asiático.
A experiência abriu seus olhos e o inspirou a criar a sua própria empresa –dois anos e meio e 15 países depois– com a ideia de organizar retiros de ioga e meditação para ajudar as pessoas a se desconectar da tecnologia.
Desde então, o número de iniciativas para o mesmo fim não parou de crescer. Veja abaixo algumas delas e o tempo de “desintoxicação” que sugerem:
DESCANSO DIGITAL DE PELO MENOS 3 DIAS
“Vivemos em um mundo cada vez mais digitalizado”, conta à BBC Mundo Martin Talk, fundador da Digital Detoxing, uma empresa com sede no Reino Unido que “ajuda pessoas a encontrar um equilíbrio saudável entre as tecnologias digitais e o mundo não digital.”
Martin organiza “retiros digitais” para que seus clientes possam deixar o mundo tecnológico de lado por um tempo e curar seu vício digital ,”geralmente por um período mínimo de três dias.”
“As pessoas precisam de tempo para se adaptar”, diz ele. “A reação inicial é o horror de ter o telefone longe ou efeitos como a ‘vibração fantasma’ no bolso, o que os faz pensar que o dispositivo está tocando, mesmo quando ele não está lá.”
No entanto, e apesar do sofrimento inicial, Martin diz que as pessoas começam a se sentir “muito mais relaxadas” à medida que o processo avança.
“Muitos descrevem a sensação como uma respiração profunda de ar fresco. As pessoas se sentem mais envolvidas com o mundo ao seu redor”, diz o especialista.
RETIRO DE SILÊNCIO: 10 DIAS
Carla, uma jovem espanhola que mora na Holanda, teve uma experiência semelhante há apenas um mês em Mianmar. Durante 10 dias, desligou completamente seu telefone e as redes sociais e participou de um retiro de silêncio em um monastério budista. Longe da tecnologia, com o único propósito de meditar e se “reconectar” com ela mesma.
“Nos primeiros cinco dias, eu estava querendo fazendo as malas para ir embora. Foi difícil. Mas eu não desisti e decidi viver a experiência até o fim”, disse ela à BBC Mundo.
Geralmente, esse tipo de retiro não pode durar menos tempo. A experiência implica em levantar-se todos os dias às 4h00 e meditar por duas horas, tomar café da manhã, fazer meditação em grupo, comer, e meditar até o fim do dia (e ir para a cama sem jantar).
Mas como é voltar ao “mundo digital”, depois de uma experiência como essa?
“Eu me senti diferente, como se estivesse faltando alguma coisa, como se não estivesse conectada com o mundo”, diz Carla.
“Usar o celular de novo foi o mais estranho. Não tinha certeza se queria ligar de novo. Mas acho que mais pessoas deveriam ter a mesma experiência para aprender a controlar o hábito.”
Carla fala do retiro como uma provação –que ela não se arrepende de ter enfrentado.
TERAPIA DE DESCONEXÃO: AO MENOS 6 MESES
Marc Masip, psicólogo e diretor do Instituto de Psicologia Desconecta, em Barcelona, disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que “é muito difícil largar [o telefone e redes sociais], mas é muito fácil voltar a se envolver”.
Masip diz que a “intoxicação digital” é tratada como qualquer outro vício, embora, neste caso, sem substâncias relacionadas a ele, mas comportamentos.
Ele enfatiza que cada caso é diferente, mas é necessário ao menos seis meses de terapia cognitiva-comportamental para mudar de hábitos e o tratamento ser eficaz.
“Na verdade, não se trata de quanto tempo de terapia é necessário. Trata-se de averiguar por que houve tal vício e que conflitos ele causou”.
Seu programa inclui acampamentos de desintoxicação, com esportes, meditação e sessões psicológicas.
“No início, os pacientes nos dizem que têm ansiedade, mas, em seguida, se sentem mais relaxados. Eles melhoram todos os aspectos de sua vida, do trabalho às relações sociais”, explica Masop.
“A conscientização social é necessária para percebermos que temos um problema e fazer um plano individualizado para cada pessoa. Há um perfil de um viciado e um roteiro, mas cada caso é diferente.”
A parte mais difícil, diz Masop, é perceber que existe uma dependência.
ADOTAR A IDEIA: 1 DIA
Frances Booth, especialista em desintoxicação digital e autora de “The Distraction Trap: How to Focus in a Digital World” (A Armadilha da Distração: Como se Concentrar em um Mundo Digital, na tradução livre) diz que precisamos nos desconectar do mundo digital por razões de “saúde e produtividade.”
“Muitas pessoas estão estressadas e sobrecarregadas pelo excesso de informação e sofrem pela demanda de estar constantemente conectada. Precisamos alcançar um melhor equilíbrio”, disse a jornalista à BBC Mundo.
Booth aponta que fazer uma desintoxicação digital “pode ajudá-lo a recuperar o equilíbrio e, quando você retornar ao trabalho, você estará mais produtivo.”
Mas por quanto tempo é necessário?
“É incrível a diferença que pode fazer apenas um dia sem estar constantemente conectado”, diz a autora.
“Você começa a ter a noção de ter tempo para outras coisas e pensar sem interrupções constantes.”
E para descobrir se você precisa da desintoxicação, recomenda fazer a pergunta: “Você é capaz de ir até a loja da esquina sem levar seu smartphone?”
Tanya Goodin, fundadora da empresa especializada em desintoxicação digital Time To Log Off (Hora de desconectar), em Londres, diz que “inclusive uma hora ou duas são suficientes para se ‘reiniciar’ e acalmar a mente da constante estimulação digital.”
“Mas para melhores benefícios (especialmente um melhor descanso) recomendamos 24 horas”, diz à BBC Mundo.
Em seus retiros especializados, Goodin garante que os hóspedes ficam longe de “todos os dispositivos digitais” e os armazenam em um lugar reservado, a sete chaves.
Mas não há necessidade de ir a um retiro para fazer uma desconexão digital.
“Se você quiser fazer isso em casa, basta colocar todos os seus equipamentos em uma gaveta ou em um armário fechado. Não tente desconectar do mundo digital com seu celular e laptop por perto”, recomenda Goodin.
E, para ser eficaz, precisa “desligar completamente o seu telefone, tablet, computador ou qualquer outro aparelho digital. Isso significa não se conectar a redes sociais e se isolar completamente [de forma temporária] do mundo digital.”
E para quem ainda tem dúvidas sobre a necessidade ou não de se desconectar ou mesmo “desintoxicar”, Goodin oferece o seguinte conselho: “Se você perceber que você tem falta de sono e que você tem dificuldade para se concentrar ou que seu humor se deteriora sempre que você usa redes sociais, uma desintoxicação digital será, sem dúvida, de grande ajuda.”

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.
IN ENGLISH – We are becoming increasingly dependent on technology in our daily lives. Often, we are held hostage by it. But then another question arises: what about when we are addicted to cell phones, computers, and other electronics?
Here’s an interesting topic: Digital Detox Clinics!
FROM BBC BRAZIL
In the era of “digital anxiety” we live in, more and more people are opting for a radical measure – popularized by a movement that began five years ago in the United States – to deal with internet and social media addiction: to “disconnect” from everything.
The principle is similar to the treatment for people with chemical substance addictions, the idea of “cleansing” the body.
And if you can’t remember the last time you went to sleep without using your phone right before closing your eyes, and if it’s been a long time since you stopped checking social media or left home without your phone, you might be needing a “digital detox.”
“Disconnect to reconnect” is the motto of Digital Detox, one of the organizations that started the movement in San Francisco (USA) in 2012, just one year before the Oxford dictionary first included the term “digital detox” in its pages.
Its founder, Levi Felix, worked 70 hours non-stop a week at a start-up until he was hospitalized for exhaustion in 2008.
Shortly after, he traded his computer for a backpack. He traveled the world with his girlfriend and moved to a remote island in Southeast Asia.
The experience opened his eyes and inspired him to create his own company – two and a half years and 15 countries later – with the idea of organizing yoga and meditation retreats to help people disconnect from technology.
Since then, the number of initiatives for the same purpose has not stopped growing. See some of them below and the suggested “detox” time:
“We live in an increasingly digitized world,” Martin Talk, founder of Digital Detoxing, a UK-based company that “helps people find a healthy balance between digital technologies and the non-digital world,” tells BBC Mundo.
Martin organizes “digital retreats” so that his clients can put the technological world aside for a while and cure their digital addiction, “usually for a minimum period of three days.”
“People need time to adapt,” he says. “The initial reaction is the horror of having the phone away or effects like ‘phantom vibration’ in the pocket, which makes them think the device is ringing, even when it’s not there.”
However, despite the initial suffering, Martin says people start to feel “much more relaxed” as the process progresses.
“Many describe the feeling as a deep breath of fresh air. People feel more engaged with the world around them,” says the expert.
Carla, a young Spaniard living in the Netherlands, had a similar experience just a month ago in Myanmar. For 10 days, she completely turned off her phone and social media and participated in a silent retreat at a Buddhist monastery. Away from technology, with the sole purpose of meditating and “reconnecting” with herself.
“For the first five days, I wanted to pack my bags and leave. It was difficult. But I didn’t give up and decided to live the experience until the end,” she told BBC Mundo.
Generally, this type of retreat cannot last less time. The experience involves getting up every day at 4:00 AM and meditating for two hours, having breakfast, group meditation, eating, and meditating until the end of the day (and going to bed without dinner).
But what is it like to return to the “digital world” after an experience like this?
“I felt different, as if something was missing, as if I wasn’t connected to the world,” says Carla.
“Using the phone again was the strangest thing. I wasn’t sure if I wanted to turn it on again. But I think more people should have the same experience to learn to control the habit.”
Carla talks about the retreat as an ordeal – which she does not regret having faced.
Marc Masip, psychologist and director of the Disconecta Psychology Institute in Barcelona, told BBC Mundo, the BBC’s Spanish service, that “it’s very difficult to drop [the phone and social media], but it’s very easy to get back into it.”
Masip says that “digital intoxication” is treated like any other addiction, although, in this case, without related substances, but behaviors.
He emphasizes that each case is different, but at least six months of cognitive-behavioral therapy is needed to change habits and for the treatment to be effective.
“Actually, it’s not about how much therapy time is needed. It’s about finding out why there was such an addiction and what conflicts it caused.”
His program includes detox camps, with sports, meditation, and psychological sessions.
“At first, patients tell us they have anxiety, but then they feel more relaxed. They improve all aspects of their lives, from work to social relationships,” explains Masop.
“Social awareness is needed for us to realize that we have a problem and to make an individualized plan for each person. There is a profile of an addict and a roadmap, but each case is different.”
The hardest part, says Masop, is realizing that there is a dependency.
Frances Booth, digital detox expert and author of “The Distraction Trap: How to Focus in a Digital World,” says we need to disconnect from the digital world for reasons of “health and productivity.”
“Many people are stressed and overwhelmed by information overload and suffer from the demand to be constantly connected. We need to achieve a better balance,” the journalist told BBC Mundo.
Booth points out that doing a digital detox “can help you regain balance and, when you return to work, you will be more productive.”
But for how long is it necessary?
“It’s amazing the difference just one day can make without being constantly connected,” says the author.
“You start to get a sense of having time for other things and thinking without constant interruptions.”
And to find out if you need detox, she recommends asking the question: “Are you able to go to the corner store without taking your smartphone?”
Tanya Goodin, founder of the digital detox specialized company Time To Log Off in London, says that “even an hour or two is enough to ‘reset’ and calm the mind from constant digital stimulation.”
“But for better benefits (especially better rest) we recommend 24 hours,” she tells BBC Mundo.
In her specialized retreats, Goodin guarantees that guests are kept away from “all digital devices” and stored in a reserved, seven-locked place.
But there’s no need to go to a retreat to do a digital disconnection.
“If you want to do this at home, just put all your equipment in a drawer or a locked cabinet. Don’t try to disconnect from the digital world with your cell phone and laptop nearby,” Goodin recommends.
And, to be effective, you need to “completely turn off your phone, tablet, computer or any other digital device. This means not connecting to social media and completely isolating yourself [temporarily] from the digital world.”
And for those who still have doubts about the need or not to disconnect or even “detox,” Goodin offers the following advice: “If you notice that you lack sleep and that you have difficulty concentrating or that your mood deteriorates whenever you use social media, a digital detox will undoubtedly be of great help.”
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