Eu gostei desse quadro: as habilidades de um líder, tão necessárias para o dia-a-dia corporativo.
A pergunta é: conseguimos desenvolvê-las a contento?
Muito bom: um quadro ilustrativo, abaixo, de como os líderes podem usar a Hierarquia das Necessidades de Maslow em prol da motivação dos funcionários.
Tal material deveria ser distribuído para todos os CEOs...
Veja só:
Resistir com serenidade ou ser pressionado e não se afetar psicologicamente.
Ter resiliência é a virtude dos dias atuais?
RESILIÊNCIA, A PALAVRA DA MODA
Por Walcyr Carrasco
De tempos em tempos uma palavra ou expressão entra em moda. Todo mundo fala sem saber exatamente o que é. Quando eu tinha meus 20 anos e estudava História na Universidade de São Paulo, a expressão de ordem era “má consciência”. Significava genericamente a consciência pesada do burguês diante de seus lucros, por explorar o proletariado. Estendia-se a todos que, de alguma maneira, não se alinhassem com a crítica esquerdista a qualquer coisa neste mundo. Demorei um pouco para perceber que os ricos não tinham má consciência, a não ser alguns herdeiros desajustados. A maior parte prefere desfrutar os lucros em iates, casas de praia luxuosas, restaurantes, roupas, carros a refletir sobre a exploração do proletariado. A expressão deixou de ser usada. Nas últimas décadas, termos psicológicos entraram para o cotidiano. As pessoas usam a psicologia sem a menor noção do que estão falando. Você certamente já ouviu alguém dizer:
– Ele fez isso por ser traumatizado com o pai.
Pobre Freud, deve se retorcer na cova! Peça para explicar o que é traumatizado. Gagueira total. Mas a palavra trauma entrou para o vocabulário como quem fala de alface, abóbora, cenoura. Há menos tempo, a palavra foi psicótico. Leigos não sabem bem o que é psicopatia. Mas ouviram falar que, em cada dez, um ser humano é psicopata. Seu vizinho, talvez. Mais: ouviram também que nem todos os psicopatas são assassinos, mas têm uma lacuna na emoção. São capazes de usar sua generosidade para se aproveitar de você. Tornou-se comum dizer:
– Acho que ele é meio psicopata.
Meio?
A palavra da moda é resiliência. Primeiro pensei que era xingamento. Depois, que talvez fosse algo bom. Enfim, fui ao Google. Na Wikipédia, resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, sem entrar em surtos psicológicos (no sentido primário, é a capacidade de um material se deformar sob pressão e depois voltar à forma original, em vez de ficar deformado, quebrar-se ou romper-se). Ou seja, é algo bom. Descobri que sou o próprio exemplo da resiliência. Em situações de estresse, desligo a reação emocional. Fico calmo, calmíssimo. Certa vez, um amigo desmaiou no corredor de um hotel na Turquia, tarde da noite. Tranquilo, fui pegar a chave do meu quarto, aberto, para poder voltar. Depois achei a chave dele em seu bolso. Abri a porta de seu quarto. Consegui, não sei ainda como (resiliência muscular?), levá-lo até a cama. Havia se cortado no supercílio. Lavei seu rosto. Ao acordá-lo, conversei. Faltava um dia para voltar. Seria melhor um hospital turco ou esperar a volta ao Brasil? Ele explicou: era uma doença não diagnosticada. Ele desmaia, de repente. Esperamos a volta. A doença não foi diagnosticada até hoje, mas ele está bem. Em nenhum momento senti a menor tensão. Isso é resiliência! Ainda bem, porque antes me achava psicopata. Uma palavra pode aliviar a vida de alguém!
A origem da palavra é latina. Vem do verbo resilire, que significa ricochetear, pular de volta. Em inglês, acrescenta-se o significado de “capacidade de recuperação após um golpe”. Tornou-se o diamante das novas técnicas motivacionais e psicológicas (o diamante é duro, e não resiliente, porque não se deforma, ou seja, não “aprende” com o golpe). Tornar alguém mais resiliente é fazê-lo mais apto às dificuldades da vida. Os conceitos já faziam parte do cotidiano da terapia. A palavra resiliência foi traduzida apressadamente. Antes bombou nos países de língua inglesa. Lá, era um termo comum. Aqui, tornou-se novidade.
E a última é agregar algo. Um amigo psicólogo disse:
– Não quero trabalhar só a resiliência. Ao superar a situação, a pessoa avança. Aquilo que poderia ser uma experiência desagradável torna-se um fator positivo de crescimento.
Seria uma espécie de resiliência plus?
Escrevi este texto porque queria saber o que é resiliência. Descobri que é uma espécie de guarda-chuva para vários conceitos. Resiliência pessoal, empresarial… tornou-se uma panaceia no campo da superação (outra palavra na moda).
Talvez a palavra “resiliência” ainda não tenha chegado ao seu cotidiano. Chegará. Moda é moda. Mas não faça questão de tornar-se um expert. As pessoas gostam de usar palavras inteligentes, mesmo sem saber bem o que é. Tranquilo. Palavras e expressões supostamente sábias são como cor de esmalte. Saem de moda. Depois vem outra.
Tempos atrás, Graziele Oliveira da Revista Época (ed 19/11/2012, pg 74-75) trouxe uma interessante matéria sobre a redução de gerentes no ambiente de trabalho.
Tal nível hierárquico conta com menos profissionais, que são mais cobrados e ganham consequentemente mais importância.
No texto, há até uma “receita” do bom gerente:
A RECEITA DO BOM GERENTE
O bom gestor atende aos anseios da equipe, mas segue também algumas ações fundamentais:
FORMAR – O bom chefe incentiva e facilita que o funcionário estude. No dia a dia, faz com que os integrantes da equipe ganhem experiência relevante
INFORMAR – Ele mantém cada um informado sobre seus objetivos e meios, a qualidade do trabalho feito e o que é preciso mudar.
DELEGAR – Permite que os integrantes da equipe assumam novas responsabilidades e desafios adequados.
DEFENDER – Assume responsabilidades e mostra-se parte da equipe frente à empresa e aos superiores, nos bons e maus momentos.
ANIMAR – Mantém o ambiente leve e animado. Age com educação e atenção real às necessidades de cada integrante da equipe.
Imagem extraída de: https://www.bbc.com/worklife/article/20140606-bad-boss-the-terror-at-the-top
Pense na seguinte situação constrangedora: Você é o chefe e tem que demitir um amigo!
O que fazer?
Uma matéria bacana sobre sugestões do assunto, no link: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-demitir-um-amigo
COMO DEMITIR UM AMIGO
Objetividade e concisão são palavras de ordem para este momento delicado
Por Talita Abrantes
Já se foi o tempo em que mercado de trabalho era sinônimo de hierarquias rígidas e comportamentos para lá de sisudos. A chegada da Geração Y às empresas, entre outros fatores, determinou relações menos formais, mais amigáveis e, de certa forma, mais leves.
“A visão de chefe e empregado já é obsoleta. O que existe mais é uma relação de parceria”, afirma Cintia Cursino, diretora da BPI do Brasil. Com este tom, os vínculos de amizade entre chefia e funcionários se tornaram mais comuns.
Se por um lado, essa tendência contribui para rotinas de trabalho mais estimulantes, por outro pode tornar mais dolorosa uma das situações mais delicadas da rotina corporativa: a hora da demissão.
Mais dia menos dia, independente da geração a que pertence, todo chefe terá que demitir alguém. Mas como agir se o funcionário também for seu amigo? Especialistas ensinam:
1. Coloque os limites. Antes
A fórmula básica para minimizar os efeitos devastadores da demissão sobre a sua amizade? Desde sempre estabelecer limites e respeitá-los. Embora a máxima “amigos, amigos; negócios à parte” denote uma pitada de frieza, ela deve ser, sim, a base deste tipo de relacionamento corporativo.
“É preciso saber ser chefe, se colocar como profissional”, afirma Cintia. “Se você diferenciar a relação de amizade com a profissional será mais fácil”.
Separar as duas relações, contudo, não é tudo. “Se a pessoa for um bom chefe, provavelmente, já alinha as expectativas, dá feedback, investe na formação”, diz Vera Martins, professora da Fundação Vanzoline e autora do livro “Seja assertivo!”.
Em outros termos, ao longo de toda experiência profissional compartilhada com o amigo, o chefe deve se portar de modo que a demissão não será uma surpresa para o funcionário.
2. Seja direto, objetivo e conciso
Esse tom profissional deve ser a base do anúncio da demissão. Vocês até podem ser amigos, mas, lembre-se, neste momento, você é o chefe com a missão de informar que a relação profissional terá um ponto final.
A melhor forma de fazer isso? “Você tem que pegar a emoção e deixar de lado. Se você deixar que seu sistema límbico tome conta, você não será firme, nem empático. Ao contrário. Pode até ser agressivo para poder se defender”, explica Vera.
A dica básica para conseguir este feito é transmitir uma mensagem objetiva, concisa e direta. “Tenha, no máximo, quinze minutos de conversa. Deixe os motivos claros, mostre que é uma decisão da empresa”, diz Cintia.
Se você estiver muito inseguro para fazer isso, comunique a demissão junto com alguém do RH da empresa ou com uma consultoria especializada. Com isso, anuncie a demissão e deixe o profissional, que também é seu amigo, com pessoas mais neutras no assunto.
3. Não se desculpe, nem acuse
Pedidos de desculpas e muitas justificativas da sua parte não cabem para a ocasião. “No momento da demissão, você deve assumir a postura de representante da empresa”, diz Cintia.
Evidentemente, seu amigo ficará chateado com a notícia. Mas todo processo será contaminado se você abrir espaço para que ele exponha todas as suas emoções. “Esta não é a hora para você amparar, para ser o ombro amigo”, diz a especialista.
Depois do expediente, você até pode assumir este papel de amigo. Mas, durante a conversa, você é o chefe, o representante da empresa com a missão de anunciar uma decisão corporativa. Ponto.
No extremo oposto, também não vale apontar o dedo para o colega recém demitido. “Jamais fale ‘se você tivesse feito o que eu falei, agora, não seria demitido’, por exemplo”, diz Vera. “Até na hora da demissão precisamos ser generosos e mostrar empatia”.
Dependendo do caso, se for necessário, negocie com a empresa algum benefício para o funcionário demitido de modo a aliviar os efeitos deste período de transição. Vale desde oferecer um serviço de outplacement até manter o plano de saúde dele por um tempo. Mas, atenção: não vale fazer isso apenas porque o funcionário em questão também é seu amigo.
“A demissão é uma situação de frustração e exclusão. O amigo está num clima ruim de sair por baixo. A melhor coisa a fazer? Ser verdadeiro e reforçar o que ele tem de bom”, afirma Vera.
4. Sim, você vai sofrer
Agora, não se iluda ao pensar que estes passos são a fórmula perfeita para limar a culpa e o sofrimento que a situação pode trazer para você. No mínimo, eles podem tornar a situação menos delicada, mas, as especialistas afirmam, não irão eliminar o desconforto que a demissão de um amigo traz.
A fórmula para sobreviver ao contexto? “Seja maduro e conte com a maturidade das pessoas”, diz Cintia.
Analise o contexto e as reações antes de retomar o contato com seu, agora, apenas amigo. “É uma coisa de respeito. Dê um tempo para ele deglutir o fato”, aconselha Vera.

Imagem extraída de: https://www.sbie.com.br/blog/como-demitir-um-amigo-sem-afetar-seu-relacionamento-de-amizade/, de Depositphotos.com / Dutko
Li uma entrevista muito bacana do psicoterapeuta, filósofo e educador australiano Richard Robbins na Revista Época. Ele fala bastante coisa sobre Equilíbrio Emocional, como, por exemplo, da relação dos jovens e seus problemas cotidianos.
Para o professor, os jovens, quando incomodados por dificuldades no cotidiano, precisam de estabilidade emocional para produzirem. E defende que se crie nas universidades uma disciplina voltada para o “Ensino de Emoções” a fim de maiores ganhos econômicos e produtividade na sociedade.
É dele a frase:
“Jovens são esponjas que assimilam rapidamente atitudes que se mostram eficazes para eles.”
Interessante. Mas… será que isso vale somente aos jovens?
Certamente, aos jovens de espírito também!

Imagem extraída de: https://blog.psiqueasy.com.br/2018/10/18/como-aproveitar-as-oportunidade-de-aprendizado/
Um importante assunto: como as empresas “pensam” a avaliação de seus empregados e como eles recebem essa sondagem.
Um ótimo material, em: https://jrsantiagojr.medium.com/as-avaliações-de-desempenho-sob-o-ponto-de-vista-dos-colaboradores-ccccf694db4a
AS AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO SOB O PONTO DE VISTA DOS COLABORADORES
por José Renato Sátiro Santiago

PUBLICADO ORIGINALMENTE NA REVISTA HARVARD BUSINESS REVIEW EM OUTUBRO DE 2016
Pesquisa indica que as empresas precisam alinhar o discurso com a prática.
A existência de iniciativas relacionadas à análise da performance de equipes e colaboradores é tema constante nas organizações e costuma esbarrar em certas questões de difícil solução. Uma delas, talvez a mais crítica, é a identificação de eventuais diferenças entre analisar a performance dos colaboradores e avaliar os resultados obtidos pelas atividades por eles realizadas. Há inúmeros fatores que podem influenciar o sucesso ou o fracasso em alcançar metas preestabelecidas. A ação dos colaboradores, por meio de sua dedicação e de competências, é “apenas” um deles. Vale lembrar que nem sempre equipes motivadas e de excelente desempenho atingem as metas estabelecidas pela empresa. O principal objetivo do estudo apresentado neste artigo é identificar as práticas do mercado brasileiro adotadas por algumas empresas para avaliar seu desempenho e processos, bem como o desempenho e atividades de seus colaboradores pela percepção deles próprios da efetividade dessas práticas no seu dia a dia.
O mercado globalizado tem contribuído para o significativo aumento da competitividade entre as empresas, o que pode ser considerado um dos motivos das frequentes reduções de margem em boa parte dos produtos e serviços oferecidos no mercado de forma geral. O motivo deste cenário decorre do princípio básico da lei da oferta e da procura. Quanto maior a oferta, o que costuma ser provocado pelo aumento de players, maior a queda dos preços. Por isso a gestão das margens em patamares aceitáveis se faz presente, principalmente no que diz respeito à produtividade. Ela foi o tema central de uma pesquisa realizada junto a organizações atuantes no Brasil de diversos setores.
A primeira questão buscou identificar a percepção dos funcionários da relevância dada pela alta administração à avaliação de desempenho. Para evitar eventuais distorções e/ou direcionamentos, não houve com os respondentes nenhum alinhamento prévio de conceitos, práticas e/ou iniciativas relacionadas ao tema. Também não se levou em conta nenhuma distinção referente às formas de contratação.

Mais de 65% dos respondentes indicaram que a alta administração explicita preocupação na adoção de ações voltadas para a avaliação de desempenho (ver quadro 2). Durante as discussões, constatou-se que parte significativa desse entendimento se deveu à necessidade, segundo o que divulgaram os dirigentes das empresas, de contar com equipes de trabalho mais enxutas que não somente atinjam melhores índices de produtividade, mas principalmente que estejam alinhadas e comprometidas com as metas e objetivos estabelecidos. Constatou-se também uma estreita ligação entre avaliação de desempenho e aumento de produtividade. Por mais paradoxal que possa parecer, não há nenhuma comprovação científica, acadêmica ou prática que permita garantir que a simples adoção da prática da avaliação de desempenho resulte em mudança nos índices de produtividade. Do ponto de vista meramente analítico, não deixa de ser surpreendente que quase 30% dos respondentes não se deram conta de que a alta administração explicita preocupação pelo tema. Dessa forma, é possível especular que existem instrumentos de avaliação de desempenho que os colaboradores não percebem como valorizados pela alta administração. Se verdadeira esta hipótese, as empresas podem estar perdendo tempo e energia em programas aparentemente sem grande valia.
Verificou-se que, para a análise de desempenho, quase 80% das organizações costumam utilizar questionários e reuniões. Dentro deste espectro, tal resultado, especificamente, permite concluir que pouco se inovou nos meios, instrumentos e formatos adotados. É improvável que os ares inovadores que constituem importante combustível para a evolução do atual mundo corporativo não tenham propiciado a geração de novos modelos e propostas que possam cumprir a meta de avaliar colaboradores e simultaneamente substituir os já manjados formulários com perguntas e as pouco produtivas reuniões. Talvez isso explique também as respostas relativas à periodicidade das avaliações. Em 76% das empresas pesquisadas, as avaliações são semestrais ou anuais (ver quadro 3). Este índice constitui um grande paradoxo, pois onde o tempo é uma questão cada vez mais crítica, os ciclos evolutivos mais curtos e a cobrança por resultado algo tão presente, seria natural contar com menores intervalos entre as análises de desempenho.


As respostas suscitaram a seguinte pergunta: que outros objetivos uma empresa pretende alcançar ao desenvolver iniciativas voltadas para avaliação de suas equipes e processos? O entendimento de que ela servirá “apenas” para atender à necessidade de aumento da produtividade organizacional não obteve a mesma ressonância quando se perguntou se essas iniciativas são consideradas como critério de evolução profissional: 42% do universo pesquisado indicou que não (ver quadro 4). A disparidade conceitual entre avaliação de desempenho, aumento produtividade e evolução profissional existe na prática e costuma ser citada pelas empresas quando se discute o tema meritocracia. Durantes as discussões com os respondentes, a sinalização de haver outros critérios utilizados como referências para o crescimento profissional serviu para firmar o desalinhamento entre o discurso da adoção da meritocracia e a prática vigente nas empresas pesquisadas. Com relação à meritocracia, nota-se que há reais diferenças entre o discurso propagado pelas empresas e a prática, uma vez que os próprios funcionários, nas últimas questões, indicaram haver outros critérios que subsidiam a evolução profissional (ver quadro 5).

Outra percepção foi de que as empresas em geral não utilizam de forma significativa a potencialidade dos eventuais bons frutos, tais como planos de capacitação e outras iniciativas voltadas para melhorias de processo, que podem ser colhidos graças à adoção de práticas de avaliação. Segundo 50% dos respondentes, isso ocorre porque essas práticas nem sequer são vistas como critério para promover o crescimento profissional, muito menos para propiciar outros tipos de benefício. Mas o pior deste cenário é o empate técnico entre os que entendem que as iniciativas de avaliação são utilizadas para planejar o crescimento profissional e os que nem souberam reconhecer essa possibilidade: respectivamente 29,5% e 28,6%. É possível que os critérios adotados pelas organizações para definir as políticas de remuneração e premiação dos colaboradores expliquem o alto índice de rejeição às avaliações. Isso explica também, como apontado anteriormente, o efetivo distanciamento dos conceitos que fundamentam a prática da meritocracia. Para 18% dos respondentes, não há nenhum critério objetivo para tal. Esse índice, se somado ao dos que não souberam informar quais são os critérios, chega ao patamar de quase 30%, isto é, de cada três empresas, uma não expõe de forma clara os critérios adotados para avaliar o desempenho dos colaboradores. Mais desolador ainda é verificarmos que 38% dos entrevistados sinalizaram que a afinidade com a chefia imediata é a grande chave para o crescimento profissional na empresa. Apenas 30% aproximadamente indicaram o desempenho, individual ou em grupo, como critério para definir políticas de ascensão profissional dos funcionários.
Outra questão também muito discutida durante a pesquisa diz respeito às iniciativas propostas pelas organizações para promover a discussão ou troca de ideias entre as equipes de colaboradores com o intuito de avaliar os desempenhos. Notou-se que mais de metade das empresas costuma promover o feedback entre as áreas e 20% apenas estimulam encontros informais entre os colaboradores. Estas indicações sinalizam que boa parte das organizações, 73%, costuma realizar ações que potencializam a integração entre as equipes como forma de buscar a melhoria de desempenho, o que, sem dúvida alguma, é promissor.
A surpresa: apenas 16% dos respondentes percebem que a área de recursos humanos participa de forma direta, através de reuniões, das iniciativas voltadas à discussão do desempenho dos colaboradores. Embora não estivesse presente de forma explícita em nenhuma das questões apresentadas, foi interessante notar a percepção do afastamento do RH na promoção dessas discussões, o que difere muito do que acontecia em outros tempos, quando havia uma imediata associação do tema com práticas geridas pelos profissionais dessa área.
Historicamente, nas empresas, sempre se entendeu que quaisquer atividades relacionadas às pessoas, como carreira, capacitação e benefícios, estariam mandatoriamente acompanhadas, quando não geridas, por profissionais de recursos humanos. Embora o arcabouço dessas atividades, compreendidas dentro desses limites, tenha aumentado de forma relevante ao longo dos anos, o que fez crescer, e muito, a relevância e o papel da área de recursos humanos nas organizações, acabou por provocar a redução de sua presença em temas muito importantes, como avaliação de desempenho.
Uma análise prévia, fundamentada durante as discussões, permite sugerir que houve realmente mudança desse ponto de vista e que a avaliação de desempenho passou a ser compreendida como algo que não precisa ser gerido e/ou acompanhado necessariamente pela área de recursos humanos. Essa percepção pode, por mais estranho que pareça, ser considerada uma boa notícia para os profissionais desse setor, por indicar que cabe à área de recursos humanos um papel mais amplo, uma visão sistêmica sobre a gestão das pessoas nas empresas.
É, portanto, salutar promover um ambiente interno efetivamente competitivo que clame, com maior frequência, por melhores resultados e metas ainda mais audaciosas. Isso só será possível quando todas as áreas da organização passarem a adotar iniciativas e critérios objetivos para avaliar o desempenho de suas equipes. Dentro deste espectro, eventualmente poderá caber a uma área específica, quem sabe até mesmo recursos humanos, o papel de facilitador das atividades de avaliação, com base na formação de uma visão sistêmica e alinhada às premissas e intentos operacionais e estratégicos definidos pela alta administração. Desta forma, caberia às diversas áreas de uma empresa definir e realizar as avalições de seus profissionais a partir de diretrizes e orientações das equipes de recursos humanos — o contrário do que historicamente se fazia, quando era atribuição apenas da área de RH controlar e operacionalizar tais ações.
Por outro lado, cabe considerar o aumento do risco de haver certa falta de alinhamento entre os critérios a serem adotados por cada uma das áreas da empresa, uma vez que, segundo esta proposta, não caberá mais a uma área específica a responsabilidade pela análise de desempenho. Sendo assim, pode-se imaginar o surgimento de dúvidas quanto à metodologia mais adequada, aos instrumentos mais pertinentes, à periodicidade a ser estabelecida e, por fim, quanto ao modo como as análises de desempenho deverão estar estreitamente alinhadas
a uma política de reconhecimento e evolução profissional do colaborador. Esses processos e instrumentos estão sendo atualmente reavaliados por muitas empresas que não empregam mais apenas as avaliações de desempenho anuais.
Não há respostas definitivas para tais dúvidas, mas sim apenas a certeza de haver um caminho ainda a ser percorrido que passa necessariamente pela disseminação conceitual, que deve começar prioritariamente pela alta administração, e passa também pela estruturação de um processo que permeie todas as áreas da organização.
Fonte http://hbrbr.com.br/as-avaliacoes-de-desempenho-sob-o-ponto-de-vista-dos-colaboradores/
Eu li no LinkedIn, e vi que a postagem impulsionou-se por si só pelo conteúdo: uma recrutadora postou sobre o que a empresa que ela representava buscava dos futuros funcionários. Em meio aos comentários dos candidatos e as exigências, uma pessoa respondeu sobre o que um funcionário esperava da empresa. Foi interessante e permitiu que surgisse uma interessante reflexão!
Leia, abaixo (extraído da própria Rede Social das duas pessoas, pois o conteúdo foi público):
ANDRESSA PALTIANO escreveu:
Procura-se:
Profissionais que permaneçam com a mesma energia e comprometimento do dia da entrevista de emprego.
Que entendam que o momento é de crise e que nesta hora mais do nunca precisamos dar o máximo para sairmos dessa juntos.
Que saibam que as vezes precisamos dar um passo atrás pra pular 3 logo ali.
Que leiam a postagem de vagas até o final e com a devida atenção.
Acima de tudo, que estejam afim de fazer a diferença e não o mais do mesmo.
Se você atender aos requisitos acima, me manda teu cv inbox!MICHELE MENEZES respondeu:
Procuro:
Empresas que estejam alinhadas em sua cultura x discurso.
Que entendam que em um momento de crise não se deve reduzir em dois terços o salário.
Que não se aproveite da vulnerabilidade do candidato para propor um salário de fome.
Que realmente coloquem como requisito o que será necessário para a vaga.
Que estejam dispostas a investir no funcionário que trabalhará para aumentar seus lucros.
Se você tiver uma empresa assim, enviarei meu currículo!

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
IN ENGLISH –
I read on LinkedIn, and saw that the post went viral on its own because of its content: a recruiter posted about what the company she represented was looking for in future employees. Amidst the comments from candidates and the requirements, one person responded about what an employee expected from the company. It was interesting and sparked a great reflection!
Read below (excerpted from the two people’s own Social Media, as the content was public):
ANDRESSA PALTIANO wrote:
Looking for:
Professionals who maintain the same energy and commitment from the day of the job interview.
Who understand that we are in a time of crisis and that now more than ever we need to give our all to get out of this together.
Who know that sometimes we need to take a step back to jump three right ahead.
Who read the job posting all the way to the end and with due attention.
Above all, who are keen on making a difference and not just doing more of the same.
If you meet the requirements above, send me your CV in my inbox!
MICHELE MENEZES responded:
I’m looking for:
Companies whose culture and discourse are aligned.
Who understand that in a time of crisis, one should not reduce salaries by two-thirds.
Who do not take advantage of a candidate’s vulnerability to propose a starvation wage.
Who truly list as a requirement what will be necessary for the position.
Who are willing to invest in the employee who will work to increase their profits.
If you have a company like that, I will send my resume!
Quer desmotivar uma equipe ou perder um grupo? Seja grosseiro, politicamente incorreto ou diga alguma das frases abaixo (extraído de: https://forbes-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/forbes.com.br/carreira/2022/08/se-voce-e-lider-exclua-essas-frases-do-seu-vocabulario/?amp)
SE VOCÊ É LÍDER, EXCLUA ESSAS FRASES DO SEU VOCABULÁRIO:
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. “Já vai embora? Está desmotivado?” Talvez você já tenha ouvido alguma dessas frases, ainda que em tom jocoso, seja no ambiente corporativo ou fora dele. “As palavras importam”, diz Darlene Price, autora do best seller “Well Said! Presentations and Conversations That Get Results” (“Bem Dito! Apresentações e conversas que geram resultado”, em tradução livre), sobre comunicação corporativa com impacto positivo. E é por isso que frases como essas estão cada vez menos frequentes no trabalho. Os líderes devem se atentar à forma como se comunicam com sua equipe se quiserem criar um ambiente agradável – e, consequentemente, que dê resultados.
Para ser visto como um bom líder, é interessante começar a escolher frases e palavras que fortaleçam essa imagem e usar uma linguagem que motive e inspire, e comunicar de forma construtiva e com clareza, confiança e credibilidade. “As palavras são um componente-chave da comunicação persuasiva. Um líder usa a linguagem para influenciar a mente de alguém a fim de alcançar um determinado resultado”, diz a autora.
Hoje, a autoridade não é imposta com gestos brutos e palavras ofensivas. O modelo de liderança atual cria um ambiente acolhedor, empático e de respeito entre funcionários e a gestão. “Os líderes devem ter equilíbrio emocional e sensibilidade na relação que estabelecem com sua equipe”, diz Ricardo Basaglia, CEO da companhia de recrutamento executivo PageGroup. “O gestor é muito mais cobrado por resultados, mas isso não quer dizer que ele tem o direito de colocar seus subordinados em situações constrangedoras.”
A empresa levantou 10 exemplos de frases que devem ser abolidas do vocabulário corporativo das lideranças:
1. Manda quem pode, obedece quem tem juízo!
2. Você é pago para trabalhar e não para dar opinião!
3. Aqui, funcionário tem hora para entrar, mas não tem hora para sair!
4. Quer se divertir? Vai para a Disney!
5. Você não fez mais que sua obrigação!
6. Eu sou assim e o time que se adapte a mim.
7. Na minha época era diferente, hoje é tudo mi-mi-mi.
8. Já vai embora? Está desmotivado?
9. Amizade se faz no clube.
10. Trate os assuntos como se você fosse dono, mas lembre que o dono sou eu.

Imagem de iStock – O modelo de liderança mudou e exige a criação de um ambiente acolhedor, empático e de respeito entre funcionários e a gestão.
… quem os escolhem!
Segundo o livro dos consultores em Administração Jefrrey Cohn e Jay Moran (“Por que somos tão ruins para escolher bons líderes?”), alguns fatores são decisivos. Abaixo, a lista deles:
(extraído de: http://is.gd/p5wZ61)
POR QUE HÁ TANTOS LÍDERES RUINS?
Rafael Palladino, do Banco Panamericano. Carly Fiorina, da HP. Bob Nardelli, do Home Depot. Gilberto Tomazoni, da Sadia. Bernie Ebbers, da WorldCom. Harry Stonecipher, da Boeing. Dominique Strauss-Kahn, do FMI. A lista de executivos-chefes que se mostraram inadequados, por motivos que vão de fraude e escândalos sexuais a erros de gestão ou omissão, é enorme. Tão grande que impõe a questão: é assim tão difícil escolher um bom líder para a empresa? Pelo ritmo intenso de trocas de comando – o estudo anual da consultoria Booz & Co. conclui que a rotatividade nas 2,5 mil maiores companhias abertas em 2010 foi de 11,2% –, parece que sim. Por quê?
O primeiro motivo é a pressão a que estão submetidos os executivos-chefes. Num mundo mais competitivo, em que os resultados precisam vir mais rapidamente, é natural que a rotatividade aumente. Mas um estudo psicológico de como são feitas as escolhas de líderes apontou problemas recorrentes, capazes de causar grandes prejuízos. O estudo é dos pesquisadores Jeffrey Cohn e Jay Moran, da consultoria Spencer Stuart, autores de Why Are We Bad at Picking Good Leaders? (“Por que somos ruins para escolher bons líderes?”). A seguir, as cinco principais armadilhas em que conselho e acionistas caem:
O GRANDE CARISMA DIANTE DO PÚBLICO ÀS VEZES CAMUFLA
UMA FALHA NA HABILIDADE DE SE COMUNICAR FACE A FACE
1. Síndrome da patota_Cercar-se de iguais é intrínseco ao ser humano. “Muitos executivos do alto escalão favorecem, mesmo que inconscientemente, os profissionais com histórico, experiências e características similares às suas próprias”, dizem os autores. No Banco Panamericano, Rafael Palladino, um ex-personal trainer sem diploma em administração sob cuja gestão o banco quase fechou, era primo em primeiro grau de Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos.
2. Síndrome dos holofotes_A loquacidade e o carisma, o talento de magnetizar uma plateia, costumam impressionar os selecionadores. O prestígio do CEO carismático é ainda residual da “Era Jack Welch” na GE. Casos como o de Steve Jobs, que dá verdadeiros shows nas apresentações da Apple, reforçam o mito. Porém, como advertem os autores, o grande carisma diante do público às vezes camufla uma insuficiência na comunicação íntima, face a face. “Falar em público é uma capacitação aprimorável com um coach. Já a comunicação direta com o interlocutor é algo bem mais difícil de desenvolver”, dizem.
3. Síndrome do deslocamento_Poucos CEOs foram tão demonizados na década passada quanto o autocrático Bob Nardelli, em sua desastrada passagem pela rede de varejo Home Depot. Ao tentar gerar eficiência operacional, Nardelli quase destruiu a cultura descentralizada, informal e amigável que era marca registrada da rede. O CEO chutado, obviamente, estava longe de ser um tolo. Na década de 90, fora um dos executivos mais admirados dos Estados Unidos, na General Electric. “Há casos em que as competências do executivo estão deslocadas, e não têm como ser bem utilizadas na empresa”, dizem Cohn e Moran. O caso de Nardelli era mais ou menos como exigir de um caminhão Scania a performance de uma Ferrari.
4. Síndrome do menino-prodígio_É fácil ficar impressionado com profissionais brilhantes, principalmente se forem jovens geniais. Mas esse encantamento às vezes impede de enxergar falhas grandes em outros aspectos, como a ética ou a capacidade de comunicação. O caso mais notório, na última década, foi o de Jeffrey Skilling, ex-CEO da Enron, hoje cumprindo pena de 24 anos numa cadeia americana por causa de uma bilionária fraude de “contabilidade criativa”. Precoce, Skilling era braço direito do então presidente Kenneth Lay, nos anos 90. Ajudou-o a catapultar a capitalização de mercado da Enron, de US$ 2 bilhões para US$ 70 bilhões. Tornou-se sucessor natural de Lay. Foi um desastre.
5. Síndrome do bom-moço_É o contrário da anterior, o encantamento com o executivo-modelo, querido por todos. A justificativa em geral vai para o lado de que a pessoa é uma ótima “formadora de equipes”, ou “cria sinergia”. A dura realidade, dizem os autores, é que “os melhores líderes raramente são bons membros de equipe”. O profissional “bom-moço” tem ascensão rápida na escada corporativa. Mas quase sempre dá um ótimo número 2, não número 1. Tendendo à gestão por consenso, ele costuma agregar profissionais de pensamento homogêneo.
Ter em mente essas armadilhas não vai livrar as empresas de sofrerem deslizes. Mas diminui, dizem Cohn e Moran, a possibilidade de um desastre.
Contabilidade criativa – É a manipulação das demonstrações financeiras de empresas, aproveitando brechas na legislação para turbinar resultados. A expressão tornou-se célebre em 2001 com os escândalos contábeis da Enron e da WorldCom

Imagem extraída da Web.
Perfeita explicação: “A um chefe você obedece. Um líder você segue, procura e admira“.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
Responda rápido: quem é o grande capitão do seu clube? Aquele jogador que simboliza seu time, que ostenta a faixa e lidera em campo?
Eu pensei no meu querido Paulista de Jundiaí, e o último grande capitão foi Vágner Mancini no meio de campo, que liderava os jovens atletas em 2004. Naquela ocasião, o time do técnico Zetti perdeu a final do Campeonato Paulista para o São Caetano de Muricy Ramalho e foi vice-campeão estadual. No ano seguinte, Mancini assumiu como treinador e conquistou a Copa do Brasil (premiação da época: R$ 1 milhão).
Neymar é o grande líder em campo do Santos FC? Não é. Lamento desapontar os fãs, mas sejamos justos: o líder tem que ter controle emocional, e após 6×0 sofridos pelo Vasco da Gama, fugiu dos companheiros (órfãos de líder) e saiu chorando (alguns crêem que foi um choro midiático). O saudoso Zito deve estar revoltado lá no Céu…
Luciano ou Rafael, são capitães adequados para o São Paulo FC? E o capitão do Corinthians? Até Romero já assumiu tal função. No Palmeiras, aí sim vemos uma figura de liderança: Gustavo Goméz (pena que não é brasileiro).
O futebol brasileiro carece de natos capitães. E lembrando: capitão não é necessariamente o craque, mas o líder. Pelé foi capitaneado por Carlos Alberto Torres em 70, por exemplo.
No meio da arbitragem, os árbitros brincam que o capitão só serve para tirar o Toz e ser referência para comunicação coletiva. No “jogo-jogado”, não é bem assim entre os atletas.
Talvez a grande pergunta seja: por que não temos mais dignos capitães nas equipes? E outra: como voltar a tê-los?
Quem tiver as respostas, urgentemente deve fazer consultoria às agremiações…
IN ENGLISH –
Answer quickly: who is your club’s great captain? That player who symbolizes your team, who wears the armband and leads on the field?
I thought of my beloved Paulista de Jundiaí, and the last great captain was Vágner Mancini in the midfield, who led the young athletes in 2004. On that occasion, coach Zetti’s team lost the Campeonato Paulista final to Muricy Ramalho’s São Caetano and were state runners-up. The following year, Mancini took over as coach and won the Copa do Brasil (the prize money at the time was R$ 1 million).
Is Neymar the great on-field leader of Santos FC? He isn’t. I’m sorry to disappoint the fans, but let’s be fair: a leader must have emotional control, and after a 6-0 thrashing by Vasco da Gama, he ran away from his teammates (orphans of a leader) and left crying (some believe it was a media-savvy cry). The late Zito must be outraged in Heaven…
Are Luciano or Rafael suitable captains for São Paulo FC? And Corinthians’ captain? Even Romero has taken on that role. At Palmeiras, that’s where we see a leadership figure: Gustavo Goméz (it’s a shame he’s not Brazilian).
Brazilian football lacks natural-born captains. And remember: a captain is not necessarily the star player, but the leader. Pelé was captained by Carlos Alberto Torres in ’70, for example.
In the world of refereeing, referees joke that a captain is only useful for tossing the coin and being a reference for collective communication. In the “game played,” it’s not quite like that among the athletes.
Perhaps the big question is: why don’t we have more worthy captains on the teams? And another: how do we get them back?
Whoever has the answers should urgently consult with the clubs…
Responda rápido: quem é o grande capitão do seu clube? Aquele jogador que simboliza seu time, que ostenta a faixa e lidera em campo?
Eu pensei no meu querido Paulista de Jundiaí, e o último grande capitão foi Vágner Mancini no meio de campo, que liderava os jovens atletas em 2004. Naquela ocasião, o time do técnico Zetti perdeu a final do Campeonato Paulista para o São Caetano de Muricy Ramalho e foi vice-campeão estadual. No ano seguinte, Mancini assumiu como treinador e conquistou a Copa do Brasil (premiação da época: R$ 1 milhão).
Neymar é o grande líder em campo do Santos FC? Não é. Lamento desapontar os fãs, mas sejamos justos: o líder tem que ter controle emocional, e após 6×0 sofridos pelo Vasco da Gama, fugiu dos companheiros (órfãos de líder) e saiu chorando (alguns crêem que foi um choro midiático). O saudoso Zito deve estar revoltado lá no Céu…
Luciano ou Rafael, são capitães adequados para o São Paulo FC? E o capitão do Corinthians? Até Romero já assumiu tal função. No Palmeiras, aí sim vemos uma figura de liderança: Gustavo Goméz (pena que não é brasileiro).
O futebol brasileiro carece de natos capitães. E lembrando: capitão não é necessariamente o craque, mas o líder. Pelé foi capitaneado por Carlos Alberto Torres em 70, por exemplo.
No meio da arbitragem, os árbitros brincam que o capitão só serve para tirar o Toz e ser referência para comunicação coletiva. No “jogo-jogado”, não é bem assim entre os atletas.
Talvez a grande pergunta seja: por que não temos mais dignos capitães nas equipes? E outra: como voltar a tê-los?
Quem tiver as respostas, urgentemente deve fazer consultoria às agremiações…
IN ENGLISH –
Answer quickly: who is your club’s great captain? That player who symbolizes your team, who wears the armband and leads on the field?
I thought of my beloved Paulista de Jundiaí, and the last great captain was Vágner Mancini in the midfield, who led the young athletes in 2004. On that occasion, coach Zetti’s team lost the Campeonato Paulista final to Muricy Ramalho’s São Caetano and were state runners-up. The following year, Mancini took over as coach and won the Copa do Brasil (the prize money at the time was R$ 1 million).
Is Neymar the great on-field leader of Santos FC? He isn’t. I’m sorry to disappoint the fans, but let’s be fair: a leader must have emotional control, and after a 6-0 thrashing by Vasco da Gama, he ran away from his teammates (orphans of a leader) and left crying (some believe it was a media-savvy cry). The late Zito must be outraged in Heaven…
Are Luciano or Rafael suitable captains for São Paulo FC? And Corinthians’ captain? Even Romero has taken on that role. At Palmeiras, that’s where we see a leadership figure: Gustavo Goméz (it’s a shame he’s not Brazilian).
Brazilian football lacks natural-born captains. And remember: a captain is not necessarily the star player, but the leader. Pelé was captained by Carlos Alberto Torres in ’70, for example.
In the world of refereeing, referees joke that a captain is only useful for tossing the coin and being a reference for collective communication. In the “game played,” it’s not quite like that among the athletes.
Perhaps the big question is: why don’t we have more worthy captains on the teams? And another: how do we get them back?
Whoever has the answers should urgently consult with the clubs…
Uma pesquisa a respeito de PERCEPÇÃO DE VALORES PRATICADOS PELAS EMPRESAS mostrou resultados interessantíssimos: segundo levantamento da consultoria Vagas.com os profissionais evitam empresas corruptas. (extraído de: Jornal de Jundiaí, caderno Modulinho Empregos).
A pergunta foi: QUAIS VALORES VOCÊ JULGA IMPORTANTE QUE UMA EMPRESA TENHA PARA QUE VOCÊ SE CANDIDATE À UMA VAGA DE EMPREGO?
Respostas:
Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
O que um líder NÃO DEVE FAZER ao assumir um novo cargo de liderança, na imagem:
E ao procurar elencar os fatores que levam funcionários a se demitirem de uma empresa, me deparo com essa interessante e didática imagem. Abaixo:

Um chato incomoda muita gente? Claro que sim.
E dois chatos? Muito mais!
Mas tem um detalhe: muitas vezes, são os chatos que nos abrem os olhos sobre alguns aspectos organizacionais, e é por isso que muitas empresas estão abrindo espaço para questionadores com total liberdade para “chatear”.
Veja, extraído de: Revista EXAME, ed 1042, pg 94, 29/05.
ODE AO CHATO
O chato é um chato. Não é o tipo de companhia que se quer para tomar um vinho, ir ao cinema ou chamar para compartilhar um jantar. O chato tem a insuportável mania de apontar o dedo para as coisas, enxergar os problemas que não queremos ver, fazer comentários desconcertantes. Por isso, é pouco recomendável ter um deles por perto nos momentos nos quais tudo o que você não quer fazer é tomar decisões. Para todos os outros – e isso envolve o dia a dia dos negócios, a hora de escolher entre um caminho e outro caminho, de fazer isso ou aquilo – é bom ter um desses cada vez mais raros e discriminados exemplares da fauna empresarial por perto.
Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Ouça alguém que discorde de você”. No início de maio, Buffett convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de sua empresa, a Berkshire Hathaway. Como executivo de um fundo de hedge, ele havia apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros que ninguém havia enxergado.
Buffett conhece o valor deste tipo de pessoa. O chato é o sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor caminho para chegar às melhores respostas. Ele não tem medo. Não se importa de ser tachado de inábil no trato com as pessoas ou de ser politicamente incorreto. Questiona. Coloca o dedo na ferida. Insiste em ser o animal pensante, quando todo mundo sabe que dá menos dor de cabeça deixar tudo como está. Acha ridículo ver o rei passar no por ai enquanto todo ao redor fingem que nada está acontecendo. O chato não se rende ao cinismo que, quase sempre, domina as relações nas grandes empresas. Ele não se conforma com a mediocridade (inclusive a própria), com as desculpas esfarrapadas, com as demonstrações de autopiedade diante de erros. E o pior: quase sempre, as coisas que o chato diz fazem um tremendo sentido. Nada pode ser mais devastador para seus críticos do que o chato, feitas as contas, tem razão.
Pobre do chefe que não reconhece, não escuta e não tolera os chatos que cruzam no caminho dele. Ele – o chefe, que frequentemente prefere ser chamado de líder – acredita que está seguro em um mundo de certezas próprias, de verdades absolutas. Ora, qualquer dono de botequim sabe que o controle total de um negócio é uma miragem. Coisas boas e ruins acontecem o tempo todo nas empresas sem que ele se dê conta. Achar que é possível estar no comando de tudo, o tempo todo, ó vai torna-lo mais vulnerável como chefe – e o mais ridículo aos olhos dos outros. E vai, mais dia menos dia, afastar definitivamente os chatos, os questionadores, aqueles que fazem as perguntas incômodas e necessárias. Sobrarão os ineptos, aqueles que, não tendo opção de pensar, ficam ali mesmo, fingindo que acreditam nas ordens que recebem e que são capazes de produzir algo que valha a pena.
Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma perspectiva de futuro. Essa espécime de profissional só prolifera em ambientes onde liberdade de pensamento e expressão é respeitada (não estou falando de democracia total ou decisão por consenso), onde a dúvida não é um mal em si, onde existe disposição, coragem e humildade para mudar de trajetória quando se parece a melhor opção. Olhe para as companhias de sucesso espalhadas pelo mundo e conte quantos questionadores há nelas – e como são tratados pelos chefes e pelo grupo. São companhias eternamente insatisfeitas, que se questionam, mas que tem a coragem de ir em frente em suas decisões quando tem convicção. Os muitos chatos que fazem parte delas questionam, ajudam a encontrar respostas e vão em frente – ainda que enxerguem os riscos onipresentes em qualquer tipo de negócio. Em seu discurso aos formandos da Universidade Stanford, Steve Jobs – o ídolo supremo dos chatos empresariais – deu a sua definição do caminho para o sucesso. Seu último conselho: “Continuem famintos. Continuem ingênuos”. Ser chato é ser ingênuo. Ser chato é ser livre.

Imagem extraída de: https://www.websticker.com/blog/im-no-salesperson-or-am-i/
Recebi este texto abaixo (em “português de Portugal”) que aborda muito bem as virtudes que podem ter os gestores em cargo de liderança que são introvertidos, tímidos e mais calados, em comparação com os extrovertidos.
Muito bom! Compartilho, extraído de: https://www.portaldalideranca.pt/conhecimento/comunicar/5443-e-um-lider-introvertido-transforme-4-fraquezas-em-pontos-fortes
É UM LÍDER INTROVERTIDO? TRANSFORME 4 FRAQUEZAS EM PONTOS FORTES
O que significa a palavra “líder”? De acordo com o Dicionário Cambridge, é alguém que está no controle de um grupo ou situação. Ou pode ser definidocomo “uma pessoa que influencia um grupo de indivíduos para alcançar um objetivo”.
No entanto, um “líder” também é comumente referido como alguém que gosta de ser o centro das atenções e, portanto, que conhece muitas pessoas, tem uma visão global e uma certa dose de agressividade saudável. De facto, muitas das palavras que usamos adquirem significados adicionais e nuances que não estão presentes nos dicionários. A palavra “líder” passou a ser associada à extroversão, embora a definição nos forneça informação sobre o que os líderes fazem mas não mencione os meios que usam para atingir os objetivos. Isto significa que um líder também pode ser introvertido, se conseguir gerir outras pessoas com sucesso. O mero facto de os introvertidos precisarem de estar sozinhos para recarregar baterias não é indicativo da sua capacidade de liderar outras pessoas, de desenvolver uma estratégia e de alocar tarefas.
Os líderes introvertidos devem assim analisar as fraquezas que podem estar no caminho de uma liderança bem-sucedida. Algumas até podem ser forças ocultas que não são valorizadas.
1. Silêncio
Se não usa a máscara de um extrovertido sociável, então não fala muito. Tal pode parecer um grande problema durante reuniões com colegas ou em negociações com parceiros. Mas veja a questão por outra perspetiva: dado que prefere ouvir a falar, está a dar mais tempo aos outros para que se mostrem. Além disso, há uma grande probabilidade de ser ótimo a fazer perguntas. Com este ponto forte, pode conquistar os colegas e aprender muito com eles.
Nas reuniões, pode redirecionar o foco de si para os restantes intervenientes e tornar-se um moderador. Assim, pode conduzir a conversa de maneira concentrada, reunir a informação necessária e pensar nela mais tarde. E não tem de se preocupar com a equipa falar por cima de si.
Por norma os introvertidos evitam falar em público. Não é porque sejam menos espertos; é porque confiam mais na memória de longo prazo, pelo que provavelmente se preparam para as reuniões de forma mais aprofundada que os extrovertidos.
2. Demasiada empatia
Em geral, as pessoas valorizam a empatia, mas este traço nem sempre é favorável para os líderes, porque os limita nos momentos em que têm de ser mais duros. No entanto, convém não esquecer que, para que uma equipa funcione da forma mais eficaz possível, os líderes precisam de equilibrar as diferentes personalidades.
Os extrovertidos geralmente confiam nas primeiras impressões. Como resultado, as pessoas talentosas podem passar despercebidas. Ou, pior ainda, outros introvertidos podem ficar mais desmotivados, sentir-se inúteis ou profissionais de segunda.
Os líderes introvertidos, graças à capacidade que têm de se colocar no lugar das outras pessoas, e serem mais propensos para a reflexão, deixam que todos os membros da equipa brilhem. E podem libertar o potencial adormecido dos colaboradores menos ativos (ou visíveis), tornando a equipa mais forte.
3. Falta de conversa de circunstância
A conversa de circunstância é um fator importante no desenvolvimento do relacionamento entre colegas. Costuma considerar-se que os introvertidos não dominam a arte de falar com os outros sem cobrir tópicos funcionais. Por norma os extrovertidos são mais habilidosos em fazer o que se apelida de conversa de café. Os introvertidos costumam precisar de mais tempo para se adaptar ao ambiente e “perceber” as outras pessoas; no entanto também podem tornar as interações mais personalizadas e interessantes para os seus interlocutores, levando a conversa de circunstância para outro nível. É isto que os torna únicos aos olhos das outras pessoas; e muitas vezes os líderes extrovertidos carecem deste tipo especial de carisma.
4. Lista de contactos pequena
Os extrovertidos acumulam contactos com facilidade. É usual conhecerem alguém que os pode ajudar ou a outras pessoas na resolução de problemas específicos. Mas será que sim? Uma grande quantidade de amigos no Facebook ou de contactos no LinkedIn não garante que todas essas pessoas estejam interessadas em cooperar.
Os introvertidos que investem mais energia na manutenção dos relacionamentos com os seus conhecidos podem contar com seu apoio. Portanto, é uma questão de qualidade versus quantidade.
Resultados
Só tem de se lembrar de que, na liderança, os resultados são o que mais importa, quer sejam alcançados por um extrovertido ou por um introvertido. Os introvertidos têm traços fortes únicos que os extrovertidos não detêm. Só têm de tentar tirar maior proveito dos mesmos.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
IN ENGLISH –
I received the text below (in “European Portuguese”) which very well addresses the virtues that introverted, shy, and quieter leaders can possess, compared to extroverts.
Very good! I’m sharing it, extracted from: https://www.portaldalideranca.pt/conhecimento/comunicar/5443-e-um-lider-introvertido-transforme-4-fraquezas-em-pontos-fortes
ARE YOU AN INTROVERTED LEADER? TURN 4 WEAKNESSES INTO STRENGTHS
What does the word “leader” mean? According to the Cambridge Dictionary, it’s someone who is in control of a group or situation. Or it can be defined as “a person who influences a group of individuals to achieve a common goal.”
However, a “leader” is also commonly referred to as someone who likes to be the center of attention and, therefore, knows many people, has a global vision, and a certain dose of healthy assertiveness. In fact, many of the words we use acquire additional meanings and nuances that are not present in dictionaries. The word “leader” has come to be associated with extroversion, although the definition provides information about what leaders do but does not mention the means they use to achieve goals. This means that a leader can also be introverted if they can successfully manage other people. The mere fact that introverts need to be alone to recharge their batteries is not indicative of their ability to lead others, develop a strategy, or allocate tasks.
Introverted leaders should, therefore, analyze the weaknesses that may stand in the way of successful leadership. Some may even be hidden strengths that are not valued.
If you don’t wear the mask of a sociable extrovert, then you don’t talk much. This might seem like a big problem during meetings with colleagues or in negotiations with partners. But look at the issue from another perspective: given that you prefer to listen rather than speak, you are giving others more time to express themselves. Furthermore, there’s a high probability that you’re great at asking questions. With this strength, you can win over colleagues and learn a lot from them.
In meetings, you can redirect the focus from yourself to the other participants and become a moderator. This way, you can guide the conversation in a focused manner, gather the necessary information, and reflect on it later. And you don’t have to worry about the team talking over you.
Typically, introverts avoid public speaking. It’s not because they are less intelligent; it’s because they rely more on long-term memory, so they probably prepare for meetings more thoroughly than extroverts.
In general, people value empathy, but this trait is not always favorable for leaders because it limits them in moments when they need to be tougher. However, it’s important to remember that for a team to function as effectively as possible, leaders need to balance different personalities.
Extroverts generally rely on first impressions. As a result, talented people might go unnoticed. Or, worse still, other introverts might become more demotivated, feel useless, or like second-rate professionals.
Introverted leaders, thanks to their ability to put themselves in other people’s shoes and their greater propensity for reflection, allow all team members to shine. And they can unleash the dormant potential of less active (or visible) employees, making the team stronger.
Small talk is an important factor in developing relationships between colleagues. Introverts are often considered not to master the art of talking to others without covering functional topics. Typically, extroverts are more skilled at what is called “coffee talk.” Introverts usually need more time to adapt to the environment and “understand” other people; however, they can also make interactions more personalized and interesting for their interlocutors, taking small talk to another level. This is what makes them unique in the eyes of other people; and often extroverted leaders lack this special type of charisma.
Extroverts easily accumulate contacts. They usually know someone who can help them or others in solving specific problems. But is that really true? A large number of Facebook friends or LinkedIn contacts does not guarantee that all those people are interested in cooperating.
Introverts who invest more energy in maintaining relationships with their acquaintances can count on their support. Therefore, it is a matter of quality versus quantity.
You just have to remember that in leadership, results are what matter most, whether they are achieved by an extrovert or an introvert. Introverts have unique strong traits that extroverts do not possess. They just have to try to make the most of them.
Li e compartilho tal verdade:
Procurando pessoas para contratar, você busca três qualidades: integridade, inteligência e energia. E se elas não têm a primeira, as outras duas matarão você.
Warren Buffett
