Gestão
– E se ninguém soubesse nada do seu clube?
O marketing esportivo bem sucedido precisa de divulgação da agremiação, seja de que esporte for. Sem ela, nada acontece.
Times grandes querem espaço nos programas esportivos. Os torcedores anseiam ouvir (as coisas boas e ruins) do seu clube de coração.
A impressão que eu tenho é de que, se alguma equipe não quer que se fale dela, talvez não queira que o torcedor veja o que seus cartolas fazem.
Se um dia isso acontecesse, daria para chamar quem teve a ideia de “desinteligente”, afinal, tentar censurar a imprensa é “deixar a bola pingando” para se mostrar (ou não mostrar) como se age com a transparência e democracia na gestão.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida. Quem souber, informar para crédito no post.
– E São Paulo x Palmeiras não acaba!
As declarações dos cartolas de São Paulo e Palmeiras foram boas, entre ontem e hoje.
Leila disse um monte de coisa… (tudo correto). E a nota de Casares, idem! Afinal, os excessos foram expostos dos dois lados.
Os dois têm razão, por um ponto de vista. E ao mesmo tempo, ambos estão errados.
Segue a vida no futebol brasileiro…
Arte: Estadão.com
– Tudo em ordem no Ituano.
Faz tempo que não passava em frente ao Novelli Jr. O Galo Ituano, desde que o Juninho Paulista assumiu, tem feito ótimas campanhas.
Aliás, há vários clubes do Interior Paulista se destacando por ótimas gestões: Mirassol, Novorizontino…
Há de se ter credibilidade e competência!

– O Corinthians e a nova diretoria: piorou ainda mais? Sinais…
É óbvio que estando com menos de um mês de trabalho, não se pode “carimbar” que uma gestão é ruim ou boa. Mas os sinais assustam…
O Coringão está completamente atrapalhado. Relembre:
- O diretor Rubão disse que a farra de Flamengo e Palmeiras acabou.
- Tentavam trazer Gabigol sem dinheiro.
- Anunciaram um patrocínio enorme de uma Casa de Apostas, mas a multa do patrocinador anterior, a ser paga por ele, na verdade não era, e sim pelo próprio Corinthians. E o presidente não sabia… (ou se confundiu).
- Não conseguiu contratar jogador do Talleres, pois os argentinos sabem da má fama de pagador.
- Perdeu Lucas Veríssimo, que foi apresentado como reforço e já estava lá, continuando os treinos e se preparando para jogar (“picou a mula” para o Catar pela bobeada do Timão em pagar o Benfica).
- Trouxe Matheusinho, treinou e acabou devolvendo.
- Cássio, após a derrota para o Ituano, falou umas verdades e a diretoria nem puxar a orelha pode.
Fico pensando: quando houve aquele debate na TV Gazeta, onde os candidatos se mostraram “desastrosos”, ninguém pensou que esse cenário seria provável?
Aqui, para relembrar algumas barbaridades: https://professorrafaelporcari.com/2023/10/16/andre-e-augusto-no-estilo-andres-o-debate-dos-candidatos-a-presidencia-do-corinthians/
Vale a pena clicar no link acima, para observar: os sinais eram claros!
Que o Corinthians se acerte logo, pois o ano parece que será difícil. Logo, logo, vão começar a pedir cabeça de treinador e o filme se repetir (como no ano passado). Afinal, em alguém a “bucha” sempre estoura, e o elo mais fraco é o que sustenta o técnico.
– O cadastro positivo é bem melhor que o SPC, Corinthians!
O presidente do Corinthians Augusto Melo, na apresentação da Casa de Apostas que se tornou o patrocinador master do Timão, até que fez um discurso “tecnicamente correto”: falou de ponderação, de pagar as contas, de não ter dívidas e de outras coisas louváveis.
Porém…
Apesar da fala, exageros como “iludir sobre Gabigol” e outras sandices continuam por aí. E isso traz problemas! Por exemplo, o Santos Laguna não quer liberar Félix Torres pela fama de mau pagador. Pudera, Rojas, que há pouco tempo chegou, já reclama de atraso de 5 milhões de reais!
Um time, quando ganha “fama ruim”, se complica. Ninguém quer vender para ele, com medo de não receber. Ao contrário, fazer negócio com o Flamengo, hoje, é sinal de dinheiro em caixa, por ser um bom pagador.
A questão é: o Corinthians está como aquela mulher afamada, que sai da “Casa de Tolerância” e diz que quer mudar de vida. Por mais correta que ela seja, levará tempo para que os vizinhos creiam que ela é uma nova pessoa…
Do SPC ao Cadastro Positivo, quanto tempo o Coringão levará?
– As Folhas Salariais dos Clubes de Futebol no Brasileirão 2023:
As folhas salariais mostram: alguns clubes fizeram muito, com pouco; e quem tinha muito, fez pouco.
Veja, pela ordem, os valores dos times (reparem no Cuiabá, classificado para a Sulamericana, e no Red Bull Bragantino, para a Libertadores, que não gastaram abusivamente):
Flamengo – R$ 35 milhões
Palmeiras – R$ 20 milhões
Corinthians – R$ 18 milhões
São Paulo – R$ 15 milhões
Atlético – R$ 14 milhões
Santos – R$ 12 milhões
Grêmio – R$ 12 milhões
Botafogo – R$ 11 milhões
Inter – R$ 11 milhões
Cruzeiro – R$ 8 milhões
Vasco – R$ 8 milhões
Fluminense – R$ 7,5 milhões
Athletico – R$ 6,7 milhões
Fortaleza – R$ 6 milhões
América – R$ 5,6 milhões
Red Bull Bragantino – R$ 5,2 milhões
Bahia – R$ 4,9 milhões
Coritiba – R$ 3,9 milhões
Goiás – R$ 3,3 milhões
Cuiabá – R$ 3,3 milhões
(extraído do UOL, no link em: https://www.bol.uol.com.br/esporte/2023/12/14/veja-quanto-os-times-gastaram-por-cada-ponto-conquistado-no-brasileirao.htm).
Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
– As Folhas Salariais dos Clubes de Futebol no Brasileirão 2023:
As folhas salariais mostram: alguns clubes fizeram muito, com pouco; e quem tinha muito, fez pouco.
Veja, pela ordem, os valores dos times (reparem no Cuiabá, classificado para a Sulamericana, e no Red Bull Bragantino, para a Libertadores, que não gastaram abusivamente):
Flamengo – R$ 35 milhões
Palmeiras – R$ 20 milhões
Corinthians – R$ 18 milhões
São Paulo – R$ 15 milhões
Atlético – R$ 14 milhões
Santos – R$ 12 milhões
Grêmio – R$ 12 milhões
Botafogo – R$ 11 milhões
Inter – R$ 11 milhões
Cruzeiro – R$ 8 milhões
Vasco – R$ 8 milhões
Fluminense – R$ 7,5 milhões
Athletico – R$ 6,7 milhões
Fortaleza – R$ 6 milhões
América – R$ 5,6 milhões
Red Bull Bragantino – R$ 5,2 milhões
Bahia – R$ 4,9 milhões
Coritiba – R$ 3,9 milhões
Goiás – R$ 3,3 milhões
Cuiabá – R$ 3,3 milhões
(extraído do UOL, no link em: https://www.bol.uol.com.br/esporte/2023/12/14/veja-quanto-os-times-gastaram-por-cada-ponto-conquistado-no-brasileirao.htm).
Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
– Um Conselho fiscaliza o clube, para o torcedor saber o que acontece.
A necessidade de um clube de futebol ser transparente e a função fiscalizatória de um Conselho: a fala do jornalista Wanderley Nogueira, referente à gestão do Palmeiras, é perfeita ao Paulista FC.
Ouça e avalie: https://youtu.be/MR7aHXVGL_U?si=w0V3_EijdUj5TnoG
– 3 pontos da desastrosa fase corintiana:
O Corinthians foi eliminado pelo Fortaleza pela Copa Sulamericana, sendo a 2ª derrota de Mano Menezes no comando do Timão (embora tenha apenas 5 dias de trabalho). Mas vale observar:
1. Matías Rojas será um novo Matías Defederico? Jovem atleta, considerado promessa – mas que custou caro e nunca jogava (por lesão ou por condição técnica). Entre multa, salário e luvas, Rojas custou quase 50 milhões de reais. Está valendo tê-lo contratado?
2. Aliás, parece ser desastrosa a gestão financeira de Duílio Monteiro Alves. Veja a chegada do novo treinador: Mano Menezes tem contrato de 2 anos e 3 meses, com multa de 10 milhões de reais. Quem aceitou tal acordo, levou em conta que estamos em Outubro (mês 10) e o Corinthians já teve 5 treinadores? Como fazer um contrato maior do que 2 anos, em um time cuja média de permanência dos últimos 5 técnicos foi de 2 meses? Parece que quer gastar com indenizações…
3. Por último: na derradeira entrevista do atual presidente, ele declarou que “há candidato da oposição prometendo coisas que quebrariam o clube”. Ué, mas como o Corinthians está agora?
– O pacífico e democrático protesto dos torcedores do Paulista FC.
A torcida do Paulista FC está promovendo um novo protesto contra a atual diretoria, para dia 11 de setembro.
Na última segunda-feira, torcedores se reuniram de forma impressionantemente exemplar! Cantaram o Hino, se organizaram, estenderam faixas e pediram a saída do presidente e demais membros – mas tudo de forma ordeira.
De maneira democrática, vale toda a manifestação. Tanto que a grande imprensa repercutiu positivamente.
Nesse mundo violento e bipolar, a torcida do Galo de Jundiaí está sendo exemplo de como se manifestar. E convida as pessoas para esse novo evento, conforme o banner abaixo:
– Gestão Profissional no Futebol dá bons resultados.
Vejo muita gente falando sobre números no futebol sem interpretar dados. Uma das coisas recentes é: “não dá para entender porque a Red Bull gasta tanto dinheiro num projeto como o do Bragantino”.
Ora, já falamos em outras postagens aqui sobre Projeto de Marketing, Valor Institucional e outras nuances que mostram as estratégias empresariais de vanguarda nesse caso. Contando, ainda, com o excelente trabalho na comunidade local.
Enfim: se você for simplório e achar que existe a obrigação de ganhar títulos a qualquer custo, estará ainda com a mentalidade de outros tempos da bola. E para entender uma gestão responsável, um recorte da respeitada Pluri Consultoria abaixo:
– O Processo contínuo dos rebaixamentos do Paulista FC e a necessidade de se reinventar.
O Galo da Japi, depois da queda para a 5ª divisão, precisa de um choque de gestão, de reconstrução. Afinal, a sequência de rebaixamentos não é de hoje, mas pós-Copa do Brasil.
Depois da tristeza de sábado, racionalmente, uma discussão para “refundação simbólica” do Paulista, em: https://youtu.be/uVK7xfS6pJA.
– A Recuperação Judicial do Guarani FC.
Na semana passada, o Guarani de Campinas teve homologada a sua recuperação judicial (a antiga “concordata”). O valor das pendências do Bugre é de quase R$ 60 milhões de reais, e alguns dados me chamaram a atenção.
Algumas pendengas:
Ao treinador Vágner Mancini (que trabalhou no clube há muito anos atrás), o GFC deve mais de 1 milhão de reais; ao técnico Osmar Loss, que ficou poucos meses no clube, deve R$ 359 mil; além de outros treinadores (como Marcelo Chamusca, mais conhecido do grande público) e o preparador físico Lino Fachini.
Outras contas: à empresa de água da cidade de Campinas (a SANASA), a dívida é de aproximadamente R$ 950 mil! Também há valores a pagar ao ex-presidente Beto Zini, inúmeros empresários de atletas e vários clubes de futebol.
Outro nome: o advogado João Zanforlin, tão conhecido no meio esportivo, é credor de R$ 342.000,00.
Claro, há muitos jogadores, como o centroavante Thiago Ribeiro (que faz bastante tempo que passou por lá).
Cá entre nós: como pagar tal conta?
Triste realidade do futebol brasileiro… o clube campineiro, tão importante no Interior Paulista, é o espelho atual de muitas outras agremiações.
Aqui, a matéria completa: https://blogdopaulinho.com.br/2023/03/31/justica-homologa-recuperacao-judicial-do-guarani-confira-credores-e-valores/

Imagem extraída de: https://guaranifc.com.br/c/governanca/
– Uma SAF nem sempre é a solução. Quando elas “perdem o encanto”:
Olá amigos. Trago uma matéria abaixo de Rodrigo Mattos, do UOL (citação abaixo) sobre os repasses que a SAF do Botafogo não está cumprindo (e que deveria), a fim de reduzir a dúvida do clube.
E aí que está a grande discussão: vender seu futebol profissional (em forma de SAF) para um Terceiro, não é sinônimo de sucesso e fim das pendengas financeiras. Vamos a algumas observações:
1- O Botafogo-RJ (que vendeu 90% da sua SAF a John Textor, investidor americano que tem participação no Benfica-POR e é dono do Crystal Palace-ING e Lyon-FRA), como citado acima, não tem repassado 20% das receitas como a lei manda. Ele prefere tentar fazer acordos paralelos com os credores, descumprindo a lei. Fora isso, há uma mágoa de parte da torcida que enfim entendeu que uma SAF é baseada em negócios, e que dos clubes que Textor possui, não necessariamente o Fogão terá um investimento para ganhar títulos.
2- O Cruzeiro-MG vendeu 90% da sua SAF por 10 parcelas anuais de 40 milhões de reais (se bobear, quase o valor de um jogador de ponta) ao Ronaldo Nazário. Ao invés de pagar a dívida da Raposa no percentual de 20%, pediu recuperação judicial (a antiga concordata) e os acordos não aconteceram ainda, por conta da burocracia da Justiça.
3- O Vasco-RJ vendeu sua SAF ao grupo 777 (70% a R$ 700 milhões), e está pagando as dívidas no limite de 20% das receitas. Porém, não está incluindo os aportes financeiros que os investidores fazem, mas somente as arrecadações com venda de atletas e outras receitas.
Fica o detalhe: esses clubes endividados precisaram de uma SAF para pagar as contas. Flamengo e Palmeiras, que se reinventaram financeiramente (após os choques de gestão promovidos por Eduardo Bandeira de Melo e Paulo Nobre, respectivamente, profissionalizando a administração dos seus clubes), não precisam de SAF.
Mas há outros casos de clubes-empresas bem sucedidos (que não optaram pelo modelo SAF), com contas saneadas e nova filosofia de trabalho: o Bahia, que foi adquirido pelo Grupo City (do Manchester City) e o Bragantino (pela Red Bull). Isso também é uma tendência.
Em outra dimensão, há pequenos clubes-empresas voltados à formação de atletas, que possuem um dono e que tem gestões louváveis (e que se espalham pelo Brasil, abrindo mão do futebol profissional e se dedicando a comercializar “pé-de-obra”: o Metropolitano (de Campo Limpo Paulista-SP), o Sphera (de Salto-SP) e tantos outros. Esses, não querem sócios, são empresas de futebol. Porém, nem sempre ser empresa quer dizer ótimo resultado esportivo: vide o Audax, de propriedade do Sr Mário Teixeira (o número 3 do Bradesco) que foi vice-campeão paulista anos atrás e em 2023 foi rebaixado para a 4ª divisão.
Evidentemente, os modelos SAFs são diferentes de S.A. que o mundo conhece, como Bayern de Munique-ALE, que tem participação societária da Adidas, do Manchester United-ING (ações majoritárias da Família Glaze, que também é dona do Tampa Bay-USA, da NFL). Por fim, há outros modelos, os “clubes-estado” (fazendo a alusão de cidade-estado) como o Newcastle e o PSG (respectivamente, com dinheiro da Arábia Saudita e do Catar).
Aqui no Brasil, na virada dos anos 1990/2000, criamos modelos de parcerias: Co-Gestão (como Palmeiras e Parmalat), Arrendamento de Equipe (como Etti e Paulista de Jundiaí) e Terceirização do Departamento Profissional (HMTF e ISL com Corinthians e Flamengo).
Devido a pindaíba que os clubes estão (especialmente os pequenos), aceita-se atualmente qualquer suposto “investidor” (por mais aventureiro que seja) a fim do time não quebrar de vez. Desde parceiros que são simplesmente empresários que colocam seus jogadores no elenco, até treinadores que trazem seu “combo de atletas”. Pior: há quem se associe com qualquer um, sem se preocupar com a idoneidade do sócio, e vende sua SAF. Vide, recentemente, o caso do Gama-DF, que “despejou a sua SAF” e entrou na Justiça para revê-la (vide aqui: https://wp.me/p4RTuC-IM0).
Como se vê, a SAF não é um “sonho dourado”.
Sugiro a leitura do artigo: “A Mágica do Investidor”, por César Grafietti, no InfoMoney, em: https://www.infomoney.com.br/colunistas/cesar-grafietti/a-magica-do-investidor-no-futebol/
Sobre a SAF do Botafogo FR, extraído de: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/rodrigo-mattos/2023/03/18/nem-todos-os-clubes-repassam-20-da-receita-para-dividas-como-manda-lei.htm
NEM TODOS OS CLUBES REPASSAM 20% DA RECEITA PARA DÍVIDAS COMO MANDA A LEI.
Uma parte dos clubes grandes brasileiros não tem destinado 20% de sua receita para o pagamento de dívidas na Justiça como prevê a lei da SAF. As vendas de jogadores, por exemplo, em sua maioria não têm sido descontadas para atender credores. E há problemas na prestação de contas das arrecadações de clubes.
Há quatro grandes clubes brasileiros que recorreram ao sistema de centralização de dívidas (RCE) pela lei da SAF. Vasco, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense, sendo este último sem se transformar em empresa. As situações dos quatro são diversas.
Pelo artigo 10º da lei 14.193, as SAFs têm que destinar “20% (vinte por cento) das receitas correntes mensais auferidas pela Sociedade Anônima do Futebol, conforme plano aprovado pelos credores, nos termos do inciso I do caput do art. 13 desta Lei”.
No caso do Botafogo, o clube virou SAF e teve 90% das ações vendidas para o norte-americano John Textor. O clube não paga há quatro meses a Justiça trabalhista e tenta agora um novo acordo com os credores — a penhora está suspensa. Vendas de jogadores como Jeffinho não foram descontadas da receita. Caso não ocorra um acordo, volta a penhora sobre receitas do clube.
Nesta sexta-feira, o Botafogo anunciou um acordo com os credores para voltar a pagar a dívida. “O Botafogo, representantes dos credores trabalhistas e o Sindicato dos Clubes (Sindeclubes) chegaram a um consenso nesta sexta-feira (17) sobre as bases de uma nova proposta de encaminhamento das dívidas trabalhistas, que será apresentada à Justiça do Trabalho na próxima semana.” Não foram divulgadas as condições do acerto.
Advogados de credores já pediram prestação de contas por parte do Botafogo sobre os valores de sua receita bruta para saber se os repasses anteriores eram corretos. Não receberam os documentos. O Botafogo informa que se manifesta nos autos sobre processo.
Há o mesmo pedido por parte de advogados de credores em relação ao Vasco, cuja SAF foi comprada pelo grupo 777, no processo judicial para pagamento de suas dívidas. O clube apresentou alguns documentos com dados parciais de meses sobre suas receitas, segundo consulta do blog na ação.
O Vasco garante que tem destinado 20% de sua receita corrente mensal para os processos nas Justiça trabalhista e cível. Pelos dados disponíveis, é de fato a SAF que mais faz repasses do que os outros clubes e indica cumprir a meta prevista na lei. O clube explicou:
“Além disso, o bom desempenho dentro e fora do campo também corrobora para o sucesso do RCE do Vasco. Com o retorno à Série A e valorização da marca, as receitas aumentaram e, consequentemente, os repasses ao RCE. Em outubro de 2022, durante o segundo mês de constituição do Vasco SAF, R$ 1.140.354,00 foram destinados ao pagamento do RCE, sendo R$ 855.262,50 para o trabalhista (75%) e R$ 285.087,50 para o cível (25%). Já em janeiro 2023, no primeiro mês após o retorno à Série A, o repasse total foi de R$ 4.270.213,00, sendo R$ 3.202.660,00 para o trabalhista (75%) e R$ 1.067.553 para o cível (25%).”
Sem documentos completos, os credores entendem que não conseguem saber se os 20% de receita têm sido de fato pago. Agora, em março, o clube pagou com atraso de dez dias uma parcela de R$ 2,6 milhões.
Considerando esses dois repasses em 2023, seriam cerca uma média de R$ 3,4 milhões por mês de repasse, valor bem superior aos outros times. No total, daria R$ 41 milhões por ano. Isso significaria que o Vasco chegaria a receita anual em torno de R$ 200 milhões. É um valor baixo, mas compatível com a receita do Vasco pré-SAF. Um ponto questionado por advogados de credores é que os aportes da 777 Partners não entram na conta.
No caso do Cruzeiro, o clube optou por desistir de um Regime Centralizado de Execuções e iniciou um processo de recuperação judicial. Ainda precisa fechar um acordo com os credores para que isso se confirme. Na Recuperação Judicial, não vale a regra de 20% de destinação da receita para pagar dívidas. E o clube fará propostas de descontos das dívidas para os credores.
O Fluminense, único que não é SAF, é um clube que já tem acordo com os credores nas Justiças trabalhista e cível desde janeiro de 2022. Esse acordo prevê o pagamento de R$ 1,5 milhão mensal, em um total de R$ 18 milhões por ano.
“É uma parte R$ 1,2 milhão para a Justiça trabalhista, R$ 300 mil para a cível”, contou o diretor jurídico do Fluminense, Marcelo Ahmed. “Esse valor é um compromisso mensalmente, independente do que é a prática. É como se fosse um valor renegociação de dívida.”
O acordo não representa 20% da receita do Fluminense. Em 2021, o valor bruto foi R$ 333 milhões. Mas advogados de credores gostaram do acordo porque ele traz regularidade aos pagamentos. É permitido fazer esse tipo de acordo que se sobrepõe à lei.
Questionado, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) informou que os clubes deveriam incluir na conta do RCE todas as receitas, inclusive a venda de jogadores. “É uma manobra dos clubes. Para questões tributárias, as vendas não estão incluídas, mas a venda conta para a receita corrente. Até porque dá um booster para o pagamento das dívidas dos credores. Receita é receita”, disse ele.
Para ele, clubes que têm dívida muito alta não deveriam recorrer ao RCE, e sim à recuperação judicial.

Imagem extraída de: https://www.infomoney.com.br/colunistas/cesar-grafietti/a-magica-do-investidor-no-futebol/
– Quando alguém desvia o foco com “Agenda Positiva”.
O jornalista Mauro Cezar Pereira usou um termo pouco comum no vocábulo do futebol, mas que foi perfeito: a “agenda positiva de um clube na imprensa”.
Basicamente, é quando o time está endividado, não consegue resultados, enrolado politicamente, cometendo bobagens, mas faz divulgações de “ações bacanas” a fim de disfarçar os problemas. Pode ser criar uma polêmica, divulgar uma notícia boa, ou qualquer outra coisa que mascare o momento crítico.
Eu chamo isso de: tergiversar! E esse é o termo apropriado: enrolar, disfarçar, mudar o foco.
Veja esse curto vídeo, onde ele está falando do Corinthians, mas que você pode mudar para seu clube do coração e avaliar se serve para ele também…
– E se ninguém soubesse nada do seu clube?
O marketing esportivo bem sucedido precisa de divulgação da agremiação, seja de que esporte for. Sem ela, nada acontece.
Times grandes querem espaço nos programas esportivos. Os torcedores anseiam ouvir (as coisas boas e ruins) do seu clube de coração.
A impressão que eu tenho é de que, se alguma equipe não quer que se fale dela, talvez não queira que o torcedor veja o que seus cartolas fazem.
Se um dia isso acontecesse, daria para chamar quem teve a ideia de “desinteligente”, afinal, tentar censurar a imprensa é “deixar a bola pingando” para se mostrar (ou não mostrar) como se age com a transparência e democracia na gestão.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida. Quem souber, informar para crédito no post.
– O desfecho de Metropolitano e Paulista.
Conforme a linha cronológica abaixo (são informações):
- Na 6ª feira, o Metropolitano FC e o Paulista FC acordaram verbalmente que o time do CEO Vinícius Pontes assumiria o Sub 20 do Galo Jundiaiense para a temporada de 2023, e que haveria a possível gestão do Metrô no departamento profissional em 2024. O final de semana serviria para a redação da minuta de contrato, afinando os detalhes e colocando no papel o discutido em Jayme Cintra, resolvendo pendengas finais.
- No sábado/ domingo, diante de algumas repercussões negativas de torcedores e de detalhes da própria negociação (o Paulista emitiu uma nota e o Metropolitano não emitiu), repensou-se o negócio.
- Na 2ª feira, de acordo com Adilson Freddo durante o Programa Papo Reto (ao vivo), Vinícius Pontes conversou com ele por telefone e confirmou que naquela data iria à tarde procurar a diretoria do Paulista, encerrando a negociação.
- Na 3ª feira, a mesma fonte confiável das informações iniciais, que permitiu apurar a veracidade dos fatos, confirmou que o Metropolitano (que foi procurado pelo Paulista para o negócio), se retirou.
Agora, opinião:
- Não é fácil negociar no futebol. Há de se ter muita confiança na transparência entre os envolvidos. Hoje, as empresas buscam práticas de Compliace e ESG (basicamente, o cumprimento de regras, leis, condução ética, políticas positivas e imagem responsável entre parceiros). O Metropolitano está próximo de alcançar uma determinada certificação de excelência em gestão, e talvez isso tenha pesado.
- A repulsa de muitos torcedores e a pressão por “assinar logo” foram, evidentemente, elementos de influência. O ambiente do futebol é diverso…
- Por fim: acho que o Paulista PERDE sem um executivo como o Vinícius. Das muitas vezes que conversei com ele em outras ocasiões, sempre me pareceu uma ótima pessoa e um excelente gestor, além de ter em seu clube-empresa um modelo a ser seguido de profissionalismo.
A transparência é algo importante. Se negociadores ouvissem mais as pessoas experientes (como, por exemplo, não dar palco a aventureiros que dizem ter 100 milhões e até o apresentarem à comunidade – e não ter nada), se fossem mais assertivos (negar ao jornalista Ivan Marcos Machado de que não havia uma negociação, e ter – algo desnecessário), ou ainda não querer desmentir quem fala a verdade, provavelmente o feedback do torcedor seria melhor.
Todos nós torcemos pelo Paulista FC e queremos que saia dessa situação triste dentro e fora de campo. Mas com práticas éticas, leais ao próprio torcedor e sem tergiversar nos temas polêmicos.
Imagem extraída de: https://geoverdade.com/2018/03/30/perda-do-laboratorio/
– Uma imagem emblemática de São Bento 0x3 Red Bull Bragantino.
O Bentão caiu para a 2a divisão paulista, e o Massa Bruta / Toro Loko se classificou em primeiro colocado no seu grupo:
Uma imagem emblemática: jovens de um time organizado, ao lado de um jogador de um centenário clube com o pires na mão (como muitos no Brasil). Como será o futuro do futebol brasileiro?
Dinheiro e gestão competente serão obrigatórios.
– As novidades do Paulista FC.
Sem “disse-que-me-disse”: todos nós sabemos que o Paulista tem dificuldades financeiras há tempos. Portanto, no modelo de negócio possível, precisa fazer malabarismos para sobreviver.
Leio, converso e escuto muita informação desencontrada sobre as diversas categorias. Portanto, desfazendo “telefone-sem-fio”, bem direto:
- O Sub15 e Sub17 do Paulista será (ou melhor: continuará a ser) tocado pela Rosana Joias, um grupo empresarial sério e conhecido da nossa cidade. Nada mudou do ano passado para cá, a não ser a situação de que em 2022 o Paulista não disputou o torneio da FPF. Assim, essas categorias continuarão na mão do mesmo gestor.
- O Sub20* do Paulista será tocado pelo Metropolitano, um clube-empresa gerido pelo seu CEO Vinícius Pontes, que goza de respeito como gestor profissional. No seu clube, trabalha nos campeonatos da FPF com as categorias Sub15 e Sub17, onde busca certificações de excelência (merecidamente).
- O Profissional do Paulista será tocado pelo próprio clube. Em 2024, o Metropolitano assumirá a gestão profissional do Galo (não é venda da SAF, é terceirização / arrendamento do departamento do futebol profissional).*
*No caso do Metropolitano assumindo o Sub20 em 2023 e o Profissional em 2024, o acordo verbal ocorreu nesta 6a feira, há pouco. A concretização do negócio, obviamente, se dará com a assinatura do contrato. Portanto, está quase sacramentada a negociação, pois a minuta será redigida nesse final de semana. Só não sairá o acordo se, na hora da leitura das letras miúdas, alguém desistir ou mudar de ideia.
- O campo de jogo: as categorias de base não jogarão no Jayme Cintra, por conta do contrato com o Palmeiras, que impede jogos de amadores, amistosos profissionais e treinos do Paulista (profissional) no estádio. O uso do gramado será liberado apenas para jogos do Galo no Paulistão na 4ª divisão, pois se prevê o uso prioritário aos jogos do time feminino do Palmeiras e aos treinos das Palestrinas durante a semana (já que o gramado está sendo bancado pela SEP).
Por fim: abstenho-me de dizer o que é “bom” ou o que é “ruim”, pois não tenho cifras do negócio. Fica à avaliação do leitor.

Imagem extraída de: https://arquivosfutebolbrasil.com.br/blog/2021/01/25/clubes-de-sao-paulo-metropolitano-jundiai-futebol-clube-jundiai/











