– As pedras de Carlos Miguel Aidar estão caindo na cabeça de muita gente no SPFC…

Existe um ditado popular que diz:

“Não jogue pedra para cima, pois ela pode cair na sua própria cabeça”.

Quando Carlos Miguel Aidar era presidente do São Paulo, de maneira arrogante, desdenhou do Palmeiras dizendo que “estava se apequenando” (enquanto comia uma banana), falando da estrutura e das dívidas.

Hoje, o faturamento do Palmeiras é quase bilionário, possui ótima estrutura e as contas estão em dia. Já o SPFC… está na mesma situação do Palmeiras naquele período (senão, pior), com escândalos de seus dirigentes da área social, do futebol profissional e da base.

Em um lugar com a preocupação máxima com o compliace, o presidente do clube Julio Casares já teria renunciado, não?

Mas a grande pergunta que fica é: qual nome são-paulino, que seja competente, que transmita honestidade e que traga credibilidade, poderá estar à frente do Tricolor Paulista hoje?

Os áudios vazados do escândalo do camarote da Shakira, cá entre nós, são vexatórios…

 Foto: Felipe Rau/Agência Estado

– As pedras de Carlos Miguel Aidar estão caindo na cabeça de muita gente no SPFC…

Existe um ditado popular que diz:

“Não jogue pedra para cima, pois ela pode cair na sua própria cabeça”.

Quando Carlos Miguel Aidar era presidente do São Paulo, de maneira arrogante, desdenhou do Palmeiras dizendo que “estava se apequenando” (enquanto comia uma banana), falando da estrutura e das dívidas.

Hoje, o faturamento do Palmeiras é quase bilionário, possui ótima estrutura e as contas estão em dia. Já o SPFC… está na mesma situação do Palmeiras naquele período (senão, pior), com escândalos de seus dirigentes da área social, do futebol profissional e da base.

Em um lugar com a preocupação máxima com o compliace, o presidente do clube Julio Casares já teria renunciado, não?

Mas a grande pergunta que fica é: qual nome são-paulino, que seja competente, que transmita honestidade e que traga credibilidade, poderá estar à frente do Tricolor Paulista hoje?

Os áudios vazados do escândalo do camarote da Shakira, cá entre nós, são vexatórios…

 Foto: Felipe Rau/Agência Estado

– Nuances diversas de Palmeiras e Flamengo:

Minha coluna do Jornal de Jundiaí de hoje: falamos de gestão, “espanholização” do futebol brasileiro e outras situações.

Prestigie!

(Página 2, coluna Opinião).

bomba.jpg

– O que está acontecendo com o São Paulo FC?

O SPFC chega às vésperas de terminar o Brasileirão com quase R$ 1 bi em dívidas, 70 lesões de atletas e 6×0 no lombo, para o Fluminense.

Pior: o desprestígio político, já que a tabela do Paulistão 2026 mostra: o Tricolor do Morumbi jogará seguidamente, a partir da estreia, 3 jogos fora de casa, sendo 2 clássicos: (Mirassol , Corinthians e Palmeiras).

“Perderam o medo” do São Paulo Futebol Clube?

– Osmar Stabile e Júlio Casares falaram o quê?

A CBF promoveu um encontro sobre assuntos diversos de futebol (Summit), e, para falar de gestão no futebol, Osmar Stabile e Júlio Casares, respectivamente os presidentes do Corinthians e do São Paulo FC, foram os convidados para a apresentação de suas experiências aos convidados.

Cá entre nós: com campanhas medíocres nas competições e dívidas bilionárias (e não é força de expressão), o que poderiam dizer, ensinar ou pregar?

Esse é o futebol brasileiro

– O que está acontecendo com o São Paulo FC?

O SPFC chega às vésperas de terminar o Brasileirão com quase R$ 1 bi em dívidas, 70 lesões de atletas e 6×0 no lombo, para o Fluminense.

Pior: o desprestígio político, já que a tabela do Paulistão 2026 mostra: o Tricolor do Morumbi jogará seguidamente, a partir da estreia, 3 jogos fora de casa, sendo 2 clássicos: (Mirassol , Corinthians e Palmeiras).

“Perderam o medo” do São Paulo Futebol Clube?

– A entrevista de Crespo… não deveria ser do presidente?

Só hoje ouvi a entrevista de Hernán Crespo, treinador do São Paulo FC, falando sobre a realidade financeira do clube.

Perfeito! Mas quem deveria falar isso, era o presidente Júlio Casares.

Abaixo:

“Não é fácil fazer o que eles (Abel Ferreira e Filipe Luis) estão fazendo. Mas acho que são situações diferentes (com a do São Paulo). Se você for olhar, você pensa que vamos estar lutando lá em cima com Palmeiras e Flamengo? Não… Eles têm anos e anos de investimento. Então é impossível cortar o caminho. Tem que ter calma, brigar por aquilo que a gente pode brigar. Isso está longe da história do São Paulo? Sim, sim.

“Quando falei, quatro anos atrás, ganhar só o Paulistão é algo muito pequeno para o São Paulo. Sabem quantas vezes o São Paulo ganhou o Paulistão nos últimos vinte anos? Sabem quantas? Uma. É a realidade. Pés no chão, entender a situação. É assim. Vamos lutar? Sim, mas estamos falando, neste momento, de Palmeiras e Flamengo em outra dimensão na América do Sul. Não podemos, neste momento, nos comparar todo dia. Na história? Sim, ufa! Mas a realidade, hoje, é outra. É ter calma, humildade e trabalhar para diminuir esse ‘gap’ o mais rápido possível”.

– Qual o futuro do Paulista FC?

Falamos sobre os últimos acontecimentos desta semana (leilão, reunião, SAF, Fausto e FGTS).

Acesse o vídeo em: https://youtu.be/e6kS5sW_UHk?si=6DLRsHd-G3Om6P_l

– Clubes Associativos ou Times Empresas?

A nova “cara” do futebol de base: os tradicionais clubes associativos perdem espaço para as agremiações profissionais.

Veja as Quartas de Final do Paulistão Sub 17: surgem o Grêmio de Presidente Prudente, Ibrachina da Capital, Sfera de Salto e Red Bull Bragantino. Palmeiras, Guarani, Juventus e SPFC são os demais times “ainda clubes”. Santos e Corinthians não estão entre os 8…

Aqui, fica a minha ressalva: o problema não é ser clube, associação, SAF ou empresa LTDA. É ter competência administrativa, independente do modelo de gestão.

Aliás, também no Sub 15 vemos clubes empresa fazendo um bom trabalho:

Graphic titled PAULISTA SUB-15 Quartas de final displays eight team logos in triangular shapes arranged in two rows of four: top row Palmeiras green emblem, Corinthians black and white shield, Juventus red and black stripes, São Paulo red white black tricolor; bottom row Red Bull Bragantino red bull icon, Ferroviária green and white, Santos black and white stripes, Sfera blue and white emblem; includes 1902 watermark at bottom.

– Contrata-se treinador pelo afeto?

Jorge Sampaoli é o novo treinador do Atlético Mineiro. Em suas últimas campanhas (ao contrário dos anos em que estava no auge), fez trabalhos ruins e sempre arranjando confusão. O que leva o Galo de Minas Gerais contratá-lo? Seria… saudosismo?

O futebol brasileiro não é coerente na contratação de treinadores. Não há filosofia definida, o que faz, por exemplo, o Santos FC ter técnicos arrojados e outros conservadores no mesmo ano. De Diniz a Carille em pouco tempo. Ou o Fluminense, ao trocar (olhe ele de novo) Diniz por Mano Menezes.

Voltando ao Atlético: Cuca, vitorioso no clube, voltou mesmo não estando em boa fase. Agora, o mesmo acontece com Sampaoli. E pior: contrato até final de 2027! Qual o valor da multa? Afinal, em algum momento até essa data, ela terá que ser paga. Mas a pergunta é: o que credencia o treinador argentino hoje? Seu gênio difícil de se lidar nos corredores, certamente não é.

Pense: até o Fortaleza, que tem sido elogiado, sofre para acertar. Teve 4 anos com Vojvoda e 10 jogos com o improvável Renato Paiva

A culpa de tudo isso deve ser a estrutura do clube. Não ter um diretor de futebol afiado com a história ou tendência da agremiação, que defina uma linha de trabalho perene, é a causa. Não precisa ser como a La Masia do Barcelona, mas algo que defina norte. E, sabemos, poucos têm.

Será que só eu creio que Sampaoli vai arranjar uma confusão e não chegará até dezembro de 2027?

IN ENGLISH –

Jorge Sampaoli is the new head coach of Atlético Mineiro. In his last campaigns (unlike the years he was at his peak), he’s had poor results and has always caused trouble. What led the “Galo” of Minas Gerais to hire him? Could it be… nostalgia?

Brazilian football isn’t consistent in hiring coaches. There’s no defined philosophy, which is why, for example, Santos FC has daring coaches and then conservative ones in the same year. From Diniz to Carille in a short time. Or Fluminense, when they switched (look, him again) Diniz for Mano Menezes.

Returning to Atlético: Cuca, a winner at the club, came back even when he wasn’t in a good phase. Now, the same thing is happening with Sampaoli. And what’s worse: a contract until the end of 2027! What’s the buyout clause? After all, at some point before that date, it will have to be paid. But the question is: what qualifies the Argentine coach today? His difficult-to-deal-with personality behind the scenes certainly isn’t it.

Think about it: even Fortaleza, which has been praised, struggles to get it right. They had 4 years with Vojvoda and 10 games with the unlikely Renato Paiva.

The blame for all of this must be the club’s structure. Not having a director of football who is in tune with the club’s history or tendencies, who defines a perennial work plan, is the cause. It doesn’t have to be like Barcelona’s La Masia, but something that provides a sense of direction. And, we know, few have that.

Am I the only one who believes that Sampaoli will cause trouble and won’t make it to December 2027?

– Contrata-se treinador pelo afeto?

Jorge Sampaoli é o novo treinador do Atlético Mineiro. Em suas últimas campanhas (ao contrário dos anos em que estava no auge), fez trabalhos ruins e sempre arranjando confusão. O que leva o Galo de Minas Gerais contratá-lo? Seria… saudosismo?

O futebol brasileiro não é coerente na contratação de treinadores. Não há filosofia definida, o que faz, por exemplo, o Santos FC ter técnicos arrojados e outros conservadores no mesmo ano. De Diniz a Carille em pouco tempo. Ou o Fluminense, ao trocar (olhe ele de novo) Diniz por Mano Menezes.

Voltando ao Atlético: Cuca, vitorioso no clube, voltou mesmo não estando em boa fase. Agora, o mesmo acontece com Sampaoli. E pior: contrato até final de 2027! Qual o valor da multa? Afinal, em algum momento até essa data, ela terá que ser paga. Mas a pergunta é: o que credencia o treinador argentino hoje? Seu gênio difícil de se lidar nos corredores, certamente não é.

Pense: até o Fortaleza, que tem sido elogiado, sofre para acertar. Teve 4 anos com Vojvoda e 10 jogos com o improvável Renato Paiva

A culpa de tudo isso deve ser a estrutura do clube. Não ter um diretor de futebol afiado com a história ou tendência da agremiação, que defina uma linha de trabalho perene, é a causa. Não precisa ser como a La Masia do Barcelona, mas algo que defina norte. E, sabemos, poucos têm.

Será que só eu creio que Sampaoli vai arranjar uma confusão e não chegará até dezembro de 2027?

IN ENGLISH –

Jorge Sampaoli is the new head coach of Atlético Mineiro. In his last campaigns (unlike the years he was at his peak), he’s had poor results and has always caused trouble. What led the “Galo” of Minas Gerais to hire him? Could it be… nostalgia?

Brazilian football isn’t consistent in hiring coaches. There’s no defined philosophy, which is why, for example, Santos FC has daring coaches and then conservative ones in the same year. From Diniz to Carille in a short time. Or Fluminense, when they switched (look, him again) Diniz for Mano Menezes.

Returning to Atlético: Cuca, a winner at the club, came back even when he wasn’t in a good phase. Now, the same thing is happening with Sampaoli. And what’s worse: a contract until the end of 2027! What’s the buyout clause? After all, at some point before that date, it will have to be paid. But the question is: what qualifies the Argentine coach today? His difficult-to-deal-with personality behind the scenes certainly isn’t it.

Think about it: even Fortaleza, which has been praised, struggles to get it right. They had 4 years with Vojvoda and 10 games with the unlikely Renato Paiva.

The blame for all of this must be the club’s structure. Not having a director of football who is in tune with the club’s history or tendencies, who defines a perennial work plan, is the cause. It doesn’t have to be like Barcelona’s La Masia, but something that provides a sense of direction. And, we know, few have that.

Am I the only one who believes that Sampaoli will cause trouble and won’t make it to December 2027?

– Uma verdade sobre Ética!

Olhe só: a transparência nas relações profissionais é fundamental para o desenvolvimento correto do trabalho.

Veja essa lição de gestão:

– As 6 regras de reuniões, segundo Jeff Bezos:

Boas dicas para que as reuniões não sejam improdutivas e enfadonhas.

Olhe aí como funciona na Amazon de Jeff Bezos:

– Pesadelo na Cozinha (Burguer One): aula de “desadministração”.

As funções clássicas do Administrador de Empresas são: Planejar, Organizar, Liderar e Controlar!

Ao assistir esse episódio de “Pesadelo na Cozinha”, veremos: elas… não existem!

Boa opção aos professores em sala de aula: discutir as funções com esse vídeo.

Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qnoQKSimMzY

 

– Na hierarquia organizacional:

Na prática, como se diferenciam os níveis hierárquicos em uma empresa?

Bem didático, na imagem:

– Quem será verdadeiramente o dono da SAF do Botafogo?

Barbaridade, que rolo…

Antes, a SAF do Botafogo era tocada por John Textor. Por ser considerado “má gestor”, a Eagle (da qual ele faz parte) quer destitui-lo, pois o fundo ARES, investidor da Eagle, quer o controle.

Quem vai mandar: Textor ou Eagle?

Mas agora surge um novo ator no mercado: o próprio clube, o Botafogo FR, alegando que investidores poderosos sondaram para arrendar o Botafogo SAF.

Afinal, qual será o futuro do Glorioso?

Entenda esse imbrolho, aqui: https://ge.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2025/08/14/botafogo-diz-que-robustos-investidores-mostram-interesse-em-comprar-a-saf.ghtml

IN ENGLISH –

Wow, what a tangled mess…

Previously, Botafogo’s SAF was run by John Textor. Deemed a “poor manager,” Eagle, who was the American’s “main partner,” wants to remove him.

Who will be in charge: Textor or Eagle?

But now a new player has emerged: the club itself, Botafogo FR, claiming that powerful investors have probed the possibility of leasing the Botafogo SAF.

So, what will the Glorioso’s future be?

Understand this imbroglio here: https://ge.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2025/08/14/botafogo-diz-que-robustos-investidores-mostram-interesse-em-comprar-a-saf.ghtml

– O ilusório mundo das SAFs brasileiras…

Em um primeiro momento, as SAFs foram endeusadas em nosso país. Milionários investidores com sede de negócios compraram os departamentos de futebol dos clubes. E aí vem a primeira correção: não compraram, mas arrendaram por tempo limitado.

Aí reside o grande questionamento: quando se negociou, alguém perguntou qual seria o retorno sobre o investimento previsto (ROI)? Ou como se concretizariam os projetos desejados?

É muito pueril imaginar que alguém colocaria dinheiro em um time de futebol “apenas para ajudar”, e não vai querer uma contrapartida. Negociadores espertos não perdem dinheiro, eles ganham! E muitos, de maneira anti-ética, não o fazem honestamente. É óbvio: muitos fazem desonestamente.

Segundo Amir Somoggi, da Sports Value, somente em 2024, as SAFs totalizaram R$ 1,3 bi de prejuízo! E a pergunta é: como a conta fechará? Ou não fechará?

Lembrando: as SAFs não são donas, mas arrendatárias. Se eu compro uma SAF e não pago os credores, quem seria o fiador, ou o co-partícipe?

Há contas mirabolantes. O Botafogo SAF, por exemplo, atual campeão da Libertadores da América, com todos os prêmios que recebeu, amargurou R$ 300 milhões de prejuízos. O Atlético Mineiro SAF, que atrasou o pagamento dos salários dos jogadores (que protestaram mostrando “bolsos vazios”) é de propriedade dos 4 homens mais ricos de Minas Gerais. O Bahia SAF teve prejuízo (mas aí o dono é bilionário, o Grupo City, representando o Fundo Soberano dos Emirados Árabes, que parece usar o futebol não para ter lucro, mas para sportwashing) e não se importa em perder dinheiro – e honra todos as contas.

O Cruzeiro SAF lucrou o quê? Nada. E o Red Bull Bragantino? Esse não é SAF, é propriedade privada, e o seu intuito é investir em atletas jovens e fazer publicidade (e teve um balanço positivo, além do aumento do valor de mercado).

Não nos deixemos levar pelo excesso de otimismo ou de pessimismo: o Corinthians, que não é SAF, bateu a casa de R$ 2,4 bilhões em dívidas. O SPFC quase R$ 980 mi. Mas Palmeiras e Flamengo, grupos associativos que reorganizaram suas gestões, ao contrário: estão arrecadando muito dinheiro.

Percebamos: não é o modelo do negócio que importa, mas a competência e a honestidade das pessoas. Por mais que alguém possa dizer que os investidores turbinam os seus times, alguém tem que pagar a conta, que muitas vezes, não é paga. E essa bola de neve estourará quando chegar ao fim o tempo de contrato. Ou, em muitos casos, antes: vide a 777 no Vasco da Gama.

Se SAFs de clubes de apelo enorme, com torcedores-consumidores espalhados por todo o Brasil, não conseguem fechar no azul, fica a pergunta: e nas pequenas SAFs?

Ninguém questiona John Textor como ele lucra com o Botafogo, ou ainda: se o percentual que o clube leva da SAF para quitar dívidas, está sendo honrado (e isso é muito importante: as SAFs devem destinar percentuais aos clubes – mas se ao invés de lucrar e dividir o dinheiro, eu tenho prejuízo… dividirei o quê? Repartirei mais contas a pagar? Traga essa realidade, insisto, aos pequenos clubes. E nesse ponto, abordo: foi prometida uma SAF ao Paulista Futebol Clube em Jundiaí, onde ninguém sabe ao certo os valores, não se tem certeza das garantias, tampouco como se projeta lucro num time que está nas divisões de baixo. E a pergunta mais complicada: o estádio Jayme Cintra será em comodato, ou alguém irresponsavelmente toparia vender ao investidor EXA Capital o único patrimônio do clube? Mais do que isso: como lucraria com o time de futebol? Ou por trás de tudo isso, está apenas o interesse de compra do estádio para uma arena de eventos e a agremiação esportiva seria apenas uma desculpa? E depois dos 10 anos de SAF, jogaria de favor em que lugar?

São perguntas que ninguém faz ao interessado, e que são de interesse público. O torcedor tem direito em saber (e já faz mais de um ano da formalização do interesse, onde a diretoria alegou que havia uma tratativa iniciada há meses…). A propósito, a diretoria do Paulista deveria rever a negociação: afinal, de tanto tempo, o time que estava na 5ª divisão estadual, subiu para a 3ª (portanto, vale mais).

Dos grandes aos pequenos clubes, as SAFs interessadas precisariam ser mais investigadas, interpeladas e controladas pelas autoridades. Quando a bolha estourar, aí será tarde…

Enfim: o problema ou a solução não é a SAF, mas os gestores.

IN ENGLISH –

At first, SAFs were deified in our country. Millionaire investors with a business appetite bought the football departments of clubs. And here comes the first correction: they didn’t buy them, but leased them for a limited time.

Therein lies the big question: when the deal was made, did anyone ask what the projected return on investment (ROI) would be? Or how the desired projects would be realized?

It’s very naive to imagine that someone would put money into a football team “just to help” and not want something in return. Smart negotiators don’t lose money; they make money! And many, in an unethical way, don’t do it honestly. It’s obvious: many do it dishonestly.

According to Amir Somoggi, from Sports Value, in 2024 alone, SAFs totaled R$ 1.3 billion in losses! And the question is: how will the bills be paid? Or will they not be?

Remember: SAFs are not owners, but lessees. If I buy an SAF and don’t pay the creditors, who would be the guarantor, or the co-participant?

There are fantastic figures. Botafogo SAF, for example, the current champions of the Copa Libertadores de América, with all the prize money they received, amassed R$ 300 million in losses. Atlético Mineiro SAF, which delayed the payment of players’ salaries (who protested by showing “empty pockets”) is owned by the 4 richest men in Minas Gerais. Bahia SAF had losses (but its owner is a billionaire, the City Group, representing the Sovereign Wealth Fund of the United Arab Emirates, which seems to use football not to make a profit, but for sportswashing) and doesn’t mind losing money—and honors all its accounts.

What did Cruzeiro SAF earn? Nothing. And Red Bull Bragantino? This isn’t an SAF, it’s private property, and its purpose is to invest in young athletes and do advertising (and it had a positive balance sheet, in addition to an increase in market value).

Let’s not get carried away by excessive optimism or pessimism: Corinthians, which is not an SAF, hit R$ 2.4 billion in debt. SPFC is at almost R$ 980 million. But Palmeiras and Flamengo, associative groups that reorganized their management, on the contrary: are raising a lot of money.

Let’s understand: it’s not the business model that matters, but the competence and honesty of the people. As much as someone might say that investors boost their teams, someone has to pay the bill, which is often not paid. And this snowball will burst when the contract term ends. Or, in many cases, before: see the case of 777 at Vasco da Gama.

If SAFs of enormous appeal, with fan-consumers spread throughout Brazil, cannot get into the black, the question remains: what about the small SAFs?

No one questions how John Textor makes a profit with Botafogo, or even: if the percentage that the club receives from the SAF to pay off debts is being honored (and this is very important: SAFs must allocate percentages to the clubs – but if instead of profiting and dividing the money, I have a loss… what will I divide? Will I share more bills to pay? Bring this reality, I insist, to the small clubs. And at this point, I address: an SAF was promised to Paulista Futebol Clube in Jundiaí, where no one knows for sure the values, there is no certainty about the guarantees, nor how profit is projected for a team that is in the lower divisions. And the most complicated question: will the Jayme Cintra stadium be on a commodatum basis, or would someone irresponsibly agree to sell the club’s only asset to the EXA Capital investor? More than that: how would they profit from the football team? Or behind all this, is there just an interest in buying the stadium for an events arena and the sports club would just be an excuse? And after 10 years of SAF, where would they play as a favor?

These are questions that no one asks the interested party, and which are of public interest. The fan has the right to know (and it has been more than a year since the formalization of the interest, where the board claimed that a negotiation had been initiated months ago…). By the way, the Paulista board should review the negotiation: after all, in so much time, the team that was in the 5th state division has moved up to the 3rd (therefore, it’s worth more).

From the large to the small clubs, the interested SAFs would need to be more investigated, questioned, and controlled by the authorities. When the bubble bursts, it will be too late…

In short: the problem or the solution is not the SAF, but the managers.

– Quem será verdadeiramente o dono da SAF do Botafogo?

Barbaridade, que rolo…

Antes, a SAF do Botafogo era tocada por John Textor. Por ser considerado “má gestor”, a Eagle (da qual ele faz parte) quer destitui-lo, pois o fundo ARES, investidor da Eagle, quer o controle.

Quem vai mandar: Textor ou Eagle?

Mas agora surge um novo ator no mercado: o próprio clube, o Botafogo FR, alegando que investidores poderosos sondaram para arrendar o Botafogo SAF.

Afinal, qual será o futuro do Glorioso?

Entenda esse imbrolho, aqui: https://ge.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2025/08/14/botafogo-diz-que-robustos-investidores-mostram-interesse-em-comprar-a-saf.ghtml

IN ENGLISH –

Wow, what a tangled mess…

Previously, Botafogo’s SAF was run by John Textor. Deemed a “poor manager,” Eagle, who was the American’s “main partner,” wants to remove him.

Who will be in charge: Textor or Eagle?

But now a new player has emerged: the club itself, Botafogo FR, claiming that powerful investors have probed the possibility of leasing the Botafogo SAF.

So, what will the Glorioso’s future be?

Understand this imbroglio here: https://ge.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2025/08/14/botafogo-diz-que-robustos-investidores-mostram-interesse-em-comprar-a-saf.ghtml

– O ilusório mundo das SAFs brasileiras…

Em um primeiro momento, as SAFs foram endeusadas em nosso país. Milionários investidores com sede de negócios compraram os departamentos de futebol dos clubes. E aí vem a primeira correção: não compraram, mas arrendaram por tempo limitado.

Aí reside o grande questionamento: quando se negociou, alguém perguntou qual seria o retorno sobre o investimento previsto (ROI)? Ou como se concretizariam os projetos desejados?

É muito pueril imaginar que alguém colocaria dinheiro em um time de futebol “apenas para ajudar”, e não vai querer uma contrapartida. Negociadores espertos não perdem dinheiro, eles ganham! E muitos, de maneira anti-ética, não o fazem honestamente. É óbvio: muitos fazem desonestamente.

Segundo Amir Somoggi, da Sports Value, somente em 2024, as SAFs totalizaram R$ 1,3 bi de prejuízo! E a pergunta é: como a conta fechará? Ou não fechará?

Lembrando: as SAFs não são donas, mas arrendatárias. Se eu compro uma SAF e não pago os credores, quem seria o fiador, ou o co-partícipe?

Há contas mirabolantes. O Botafogo SAF, por exemplo, atual campeão da Libertadores da América, com todos os prêmios que recebeu, amargurou R$ 300 milhões de prejuízos. O Atlético Mineiro SAF, que atrasou o pagamento dos salários dos jogadores (que protestaram mostrando “bolsos vazios”) é de propriedade dos 4 homens mais ricos de Minas Gerais. O Bahia SAF teve prejuízo (mas aí o dono é bilionário, o Grupo City, representando o Fundo Soberano dos Emirados Árabes, que parece usar o futebol não para ter lucro, mas para sportwashing) e não se importa em perder dinheiro – e honra todos as contas.

O Cruzeiro SAF lucrou o quê? Nada. E o Red Bull Bragantino? Esse não é SAF, é propriedade privada, e o seu intuito é investir em atletas jovens e fazer publicidade (e teve um balanço positivo, além do aumento do valor de mercado).

Não nos deixemos levar pelo excesso de otimismo ou de pessimismo: o Corinthians, que não é SAF, bateu a casa de R$ 2,4 bilhões em dívidas. O SPFC quase R$ 980 mi. Mas Palmeiras e Flamengo, grupos associativos que reorganizaram suas gestões, ao contrário: estão arrecadando muito dinheiro.

Percebamos: não é o modelo do negócio que importa, mas a competência e a honestidade das pessoas. Por mais que alguém possa dizer que os investidores turbinam os seus times, alguém tem que pagar a conta, que muitas vezes, não é paga. E essa bola de neve estourará quando chegar ao fim o tempo de contrato. Ou, em muitos casos, antes: vide a 777 no Vasco da Gama.

Se SAFs de clubes de apelo enorme, com torcedores-consumidores espalhados por todo o Brasil, não conseguem fechar no azul, fica a pergunta: e nas pequenas SAFs?

Ninguém questiona John Textor como ele lucra com o Botafogo, ou ainda: se o percentual que o clube leva da SAF para quitar dívidas, está sendo honrado (e isso é muito importante: as SAFs devem destinar percentuais aos clubes – mas se ao invés de lucrar e dividir o dinheiro, eu tenho prejuízo… dividirei o quê? Repartirei mais contas a pagar? Traga essa realidade, insisto, aos pequenos clubes. E nesse ponto, abordo: foi prometida uma SAF ao Paulista Futebol Clube em Jundiaí, onde ninguém sabe ao certo os valores, não se tem certeza das garantias, tampouco como se projeta lucro num time que está nas divisões de baixo. E a pergunta mais complicada: o estádio Jayme Cintra será em comodato, ou alguém irresponsavelmente toparia vender ao investidor EXA Capital o único patrimônio do clube? Mais do que isso: como lucraria com o time de futebol? Ou por trás de tudo isso, está apenas o interesse de compra do estádio para uma arena de eventos e a agremiação esportiva seria apenas uma desculpa? E depois dos 10 anos de SAF, jogaria de favor em que lugar?

São perguntas que ninguém faz ao interessado, e que são de interesse público. O torcedor tem direito em saber (e já faz mais de um ano da formalização do interesse, onde a diretoria alegou que havia uma tratativa iniciada há meses…). A propósito, a diretoria do Paulista deveria rever a negociação: afinal, de tanto tempo, o time que estava na 5ª divisão estadual, subiu para a 3ª (portanto, vale mais).

Dos grandes aos pequenos clubes, as SAFs interessadas precisariam ser mais investigadas, interpeladas e controladas pelas autoridades. Quando a bolha estourar, aí será tarde…

Enfim: o problema ou a solução não é a SAF, mas os gestores.

– Cuidado quando assumir um cargo de liderança…

O que um líder NÃO DEVE FAZER ao assumir um novo cargo de liderança, na imagem:

– Os números impressionantes do futebol brasileiro, em valores, explicando a liderança dos clubes na América do Sul (comparando com os europeus).

Com a Copa do Mundo de Clubes, descobrimos que não estamos tão longe do que estávamos dos europeus, e que estamos bem a frente dos rivais argentinos. mais do que isso: que somos um ótimo mercado de futebol!

Calma: os números, que são frios, explicam. E o respeitado Amir Somoggi nos explica:

(Extraído de: https://www.linkedin.com/posts/amirsomoggi_sucesso-dos-clubes-brasileiros-na-copa-do-activity-7346870422254039040-CwpG/?utm_source=share&utm_medium=member_ios&rcm=ACoAAAfYyaUB79SiZOXAYT3-JkVtGtrP1U_H7Ts)

CLUBES BRASILEIROS DO MUNDIAL EM NÚMEROS

Sucesso dos clubes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes explicado em números. Brasil pode ser um novo mercado depois desse evento.

A Copa do Mundo de Clubes da FIFA chegou às quartas de final, com grandes jogos e uma grande certeza, o futebol brasileiro se valorizou com a competição.

Modelo brasileiro de gestão de futebol
Clubes brasileiros geraram em 2024 US$ 1,8 bi, sendo US$ 1,4 bi em receitas operacionais e gastam US$ 0,9 bi em salários.

Brasil é a 7ª liga em receitas, 6ª em salários, mas é o maior formador de jogadores do planeta. No Brasil é relativamente barato ter times de alta qualidade.

Times de elite do Brasil como Clube de Regatas do Flamengo, S.E. Palmeiras, SAF BOTAFOGO e Fluminense Football Club têm gastos salariais infinitamente menores que os europeus, mas muito alto para o padrão de todo o continente americano.

Alguns fatores que explicam a qualidade dos times brasileiros:
✅ No Brasil é muito mais barato que na Europa montar times competitivos, salários do Palmeiras são 9X menores que do PSG.
✅ Brasil forma jogadores e vende os maiores talentos, mas fica com jogadores de alta qualidade.
⁠✅ Embora clubes no Brasil. paguem salários menores que na Europa, são bem maiores que os demais mercados sul-americanos, atraindo muitos talentos de muitos países.

Continua em: https://www.linkedin.com/pulse/success-brazilian-clubs-fifa-club-world-cup-explained-amir-somoggi-jiknf?utm_source=share&utm_medium=member_ios&utm_campaign=share_via

IN ENGLISH – With the Club World Cup, we discovered that we are not so far behind the Europeans, and that we are well ahead of our Argentine rivals. More than that: we are a great football market!

Don’t worry: the numbers, which are cold, explain it. And the respected Amir Somoggi explains:

(Extracted from: https://www.linkedin.com/posts/amirsomoggi_sucesso-dos-clubes-brasileiros-na-copa-do-activity-7346870422254039040-CwpG/?utm_source=share&utm_medium=member_ios&rcm=ACoAAAfYyaUB79SiZOXAYT3-JkVtGtrP1U_H7Ts)

BRAZILIAN CLUBS IN THE WORLD CUP IN NUMBERS

The success of Brazilian clubs in the Club World Cup explained in numbers. Brazil could be a new market after this event.

The FIFA Club World Cup has reached the quarterfinals, with great games and one great certainty: Brazilian football has gained value with the competition.

Brazilian football management model
Brazilian clubs generated US$ 1.8 billion in 2024, with US$ 1.4 billion in operating revenues and US$ 0.9 billion in salaries.

Brazil is the 7th league in revenues, 6th in salaries, but it is the largest producer of players on the planet. In Brazil, it is relatively cheap to have high-quality teams.

Elite Brazilian teams such as Clube de Regatas do Flamengo, S.E. Palmeiras, SAF BOTAFOGO and Fluminense Football Club have salary expenses infinitely lower than European teams, but very high for the standard of the entire American continent.

Some factors that explain the quality of Brazilian teams:
In Brazil, it is much cheaper to assemble competitive teams than in Europe; Palmeiras’ salaries are 9X lower than PSG’s.

Brazil produces players and sells the best talents, but keeps high-quality players.
⁠ Although clubs in Brazil. Although they pay lower salaries than in Europe, they are much larger than other South American markets, attracting many talents from many countries.

Continued at: https://www.linkedin.com/pulse/success-brazilian-clubs-fifa-club-world-cup-explained-amir-somoggi-jiknf?utm_source=share&utm_medium=member_ios&utm_campaign=share_via

 

– Os números impressionantes do futebol brasileiro, em valores, explicando a liderança dos clubes na América do Sul (comparando com os europeus).

Com a Copa do Mundo de Clubes, descobrimos que não estamos tão longe do que estávamos dos europeus, e que estamos bem a frente dos rivais argentinos. mais do que isso: que somos um ótimo mercado de futebol!

Calma: os números, que são frios, explicam. E o respeitado Amir Somoggi nos explica:

(Extraído de: https://www.linkedin.com/posts/amirsomoggi_sucesso-dos-clubes-brasileiros-na-copa-do-activity-7346870422254039040-CwpG/?utm_source=share&utm_medium=member_ios&rcm=ACoAAAfYyaUB79SiZOXAYT3-JkVtGtrP1U_H7Ts)

CLUBES BRASILEIROS DO MUNDIAL EM NÚMEROS

Sucesso dos clubes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes explicado em números. Brasil pode ser um novo mercado depois desse evento.

A Copa do Mundo de Clubes da FIFA chegou às quartas de final, com grandes jogos e uma grande certeza, o futebol brasileiro se valorizou com a competição.

Modelo brasileiro de gestão de futebol
Clubes brasileiros geraram em 2024 US$ 1,8 bi, sendo US$ 1,4 bi em receitas operacionais e gastam US$ 0,9 bi em salários.

Brasil é a 7ª liga em receitas, 6ª em salários, mas é o maior formador de jogadores do planeta. No Brasil é relativamente barato ter times de alta qualidade.

Times de elite do Brasil como Clube de Regatas do Flamengo, S.E. Palmeiras, SAF BOTAFOGO e Fluminense Football Club têm gastos salariais infinitamente menores que os europeus, mas muito alto para o padrão de todo o continente americano.

Alguns fatores que explicam a qualidade dos times brasileiros:
✅ No Brasil é muito mais barato que na Europa montar times competitivos, salários do Palmeiras são 9X menores que do PSG.
✅ Brasil forma jogadores e vende os maiores talentos, mas fica com jogadores de alta qualidade.
⁠✅ Embora clubes no Brasil. paguem salários menores que na Europa, são bem maiores que os demais mercados sul-americanos, atraindo muitos talentos de muitos países.

Continua em: https://www.linkedin.com/pulse/success-brazilian-clubs-fifa-club-world-cup-explained-amir-somoggi-jiknf?utm_source=share&utm_medium=member_ios&utm_campaign=share_via

IN ENGLISH – With the Club World Cup, we discovered that we are not so far behind the Europeans, and that we are well ahead of our Argentine rivals. More than that: we are a great football market!

Don’t worry: the numbers, which are cold, explain it. And the respected Amir Somoggi explains:

(Extracted from: https://www.linkedin.com/posts/amirsomoggi_sucesso-dos-clubes-brasileiros-na-copa-do-activity-7346870422254039040-CwpG/?utm_source=share&utm_medium=member_ios&rcm=ACoAAAfYyaUB79SiZOXAYT3-JkVtGtrP1U_H7Ts)

BRAZILIAN CLUBS IN THE WORLD CUP IN NUMBERS

The success of Brazilian clubs in the Club World Cup explained in numbers. Brazil could be a new market after this event.

The FIFA Club World Cup has reached the quarterfinals, with great games and one great certainty: Brazilian football has gained value with the competition.

Brazilian football management model
Brazilian clubs generated US$ 1.8 billion in 2024, with US$ 1.4 billion in operating revenues and US$ 0.9 billion in salaries.

Brazil is the 7th league in revenues, 6th in salaries, but it is the largest producer of players on the planet. In Brazil, it is relatively cheap to have high-quality teams.

Elite Brazilian teams such as Clube de Regatas do Flamengo, S.E. Palmeiras, SAF BOTAFOGO and Fluminense Football Club have salary expenses infinitely lower than European teams, but very high for the standard of the entire American continent.

Some factors that explain the quality of Brazilian teams:
In Brazil, it is much cheaper to assemble competitive teams than in Europe; Palmeiras’ salaries are 9X lower than PSG’s.

Brazil produces players and sells the best talents, but keeps high-quality players.
⁠ Although clubs in Brazil. Although they pay lower salaries than in Europe, they are much larger than other South American markets, attracting many talents from many countries.

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– Corinthians: uma hora, a “fonte vai secar”!

Há coisas que assustam: o Corinthians, por exemplo, mesmo devendo bastante, trouxe Memphis Depay e abusou dos valores oferecidos ao atleta. O que era previsto, aconteceu: está devendo para o holandês (R$ 6,1 mi), que por sua vez ameaçou não se reapresentar para os treinos.

Agora, surge a história de que Coronado tem quase 10 milhões a receber! Pode?

A solução? Buscar no mercado financeiro ou se socorrer com dinheiro emprestado pelos empresários de atletas. Ou ainda: adiantar cotas da FPF, adiantar cotas de TV, e, no caso específico desse episódio, adiantar a renovação de patrocínio da Nike.

Se eu adianto o dinheiro lá na frente, não terei para receber naquela oportunidade. E quando chegar o “lá na frente”, adianto o que eu ainda nem acertei direito. Em algum momento desse círculo vicioso, a grana a receber acaba.

O que fazer, Coringão? Não é melhor repensar os gastos?

O que mais assusta: muita gente “batendo palma” para as caríssimas contratações.

– Corinthians: uma hora, a “fonte vai secar”!

Há coisas que assustam: o Corinthians, por exemplo, mesmo devendo bastante, trouxe Memphis Depay e abusou dos valores oferecidos ao atleta. O que era previsto, aconteceu: está devendo para o holandês (R$ 6,1 mi), que por sua vez ameaçou não se reapresentar para os treinos.

Agora, surge a história de que Coronado tem quase 10 milhões a receber! Pode?

A solução? Buscar no mercado financeiro ou se socorrer com dinheiro emprestado pelos empresários de atletas. Ou ainda: adiantar cotas da FPF, adiantar cotas de TV, e, no caso específico desse episódio, adiantar a renovação de patrocínio da Nike.

Se eu adianto o dinheiro lá na frente, não terei para receber naquela oportunidade. E quando chegar o “lá na frente”, adianto o que eu ainda nem acertei direito. Em algum momento desse círculo vicioso, a grana a receber acaba.

O que fazer, Coringão? Não é melhor repensar os gastos?

O que mais assusta: muita gente “batendo palma” para as caríssimas contratações.

– Gestor Reborn:

Na moda dos “bebês reborns”, surge, por sarcasmo, a analogia do Administrador de Empresas, versão Reborn.

Abaixo, extraído do LinkedIn citado na imagem:

GESTOR REBORN

🔵 Como não se tornar um “Gestor Reborn”

Você já viu um gestor que parece estar ali só de corpo presente? Que não se comunica, não dá feedback e só aparece para cobrar resultados? Pois é, essa figura carrega o apelido (nada lisonjeiro) de Gestor Reborn — como ilustrado na imagem.

Infelizmente, esse tipo de liderança ainda é comum em muitas organizações. Mas a boa notícia é: dá para fazer diferente.

✅ Liderança é proximidade. Levante da cadeira, converse com a equipe, crie conexões reais.

✅ Feedback é desenvolvimento. Não economize em conversas construtivas. Seu time precisa saber o que está indo bem e o que pode melhorar.

✅ Presença importa. Não apareça só para cobrar. Esteja presente no dia a dia, acompanhe, incentive e celebre as conquistas.

✅ Não fuja de conflitos. Resolver tensões com maturidade é papel essencial de qualquer gestor.

✅ Assuma a responsabilidade. A cultura da culpa não leva ninguém longe. Líderes inspiradores assumem erros e aprendem com eles.

🔁 O mundo do trabalho está mudando — e a liderança precisa evoluir junto.

💬 Que tipo de gestor você quer ser lembrado por ter sido?

#Liderança #Gestão #DesenvolvimentoPessoal #CulturaOrganizacional #Feedback #LiderançaHumanizada #LinkedIn

– E se o futebol tivesse mais ESG?

Cada vez mais as empresas se preocupam com práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (O ESG, que significa, em ingês: Environmental, Social and Governance). A sociedade, a reboque, também.

No futebol, um universo dito muitas vezes “paralelo” à realidade do mundo, o ESG é esquecido. E se não fosse? Como alguns dirigentes de clubes brasileiros se comportariam?

Compartilho esse ótimo artigo, extraído de: https://istoedinheiro.com.br/e-se-o-futebol-tivesse-mais-esg/

E SE O FUTEBOL TIVESSE MAIS ESG?

Fim do recesso do Brasileirão 2024 por causa da tragédia climática no Rio Grande do Sul, tempo de boas e profundas reflexões sobre ESG.

Haveria algo em comum entre os episódios recorrentes de racismo nos jogos da Copa Libertadores de América, o descaso pelo fair play financeiro entre clubes brasileiros e as investigações de manipulação de resultados em todo o mundo?

Sim, há. Se tivessem ocorrido numa empresa com ESG, os três casos seriam tratados hoje como impactos sociais (S) e de governança (G.)Exigiriam atenção especial, planos de ação e investimentos para controlar potenciais riscos operacionais, financeiros e reputacionais.

Anima-me pensar nos benefícios de uma lógica ESG aplicada a segmentos como o futebol. Não tenho dúvidas de que faria a diferença para melhor. Cuidados socioambientais, ativismo de causas públicas e políticas de proteção da ética e da transparência costumam gerar valor para todas as partes interessadas de um negócio. Investidores de SAFs, patrocinadores de camisas e transmissões, reguladores, jogadores, torcedores, trabalhadores do setor e sociedade só teriam a ganhar com uma gestão mais responsável, compliance financeiro, redução de emissões de carbono, regras anticorrupção e respeito à diversidade.

O futebol seria melhor se os clubes fossem melhores “para” o mundo. E embora esta seja uma bandeira de valor claro no século 21, ela ainda contrasta com uma velha cultura regida pela máxima de ser “o melhor do mundo” e que aceita, em nome da glória das taças, a “ética do resultado a qualquer custo” – isso significa, na prática, triunfar até mesmo contra a justiça desportiva, beneficiando-se de circunstâncias que desvirtuam as normas do jogo, desequilibram a competição e prejudicam o adversário.

A noção implícita no “ganhar a qualquer custo” – contrária ao que propõe o ESG – explica a maioria dos desvios éticos no futebol. Em sua defesa, torcedores e dirigentes aceitam, sem crítica, o juiz que erra a favor do seu clube ou ocraque que burla a regra e ainda ironiza o adversário. Normalizam atitudes que desabonam o fair play financeiro, algo que não fariam em suas próprias casas. E aceitam contratar jogadores caros, sem receitas previstas para o salário.

“Anima-me pensar nos benefícios de uma lógica ESG aplicada a segmentos como o futebol. Não tenho dúvidas que faria a diferença para melhor”

Sob a justificativa complacente de que a “cultura do futebol” tem uma moral própria, divertem-se com os refrões homofóbicos de torcidas e engrossam as vistas aos gritos racistas, mesmo sabendo que eles ferem leis e regulamentos. Passam pano para o estupro praticado por ex-craques perversos. Naturalizam a corrupção das empresas de apostas e o ato criminoso de jogadores venais que manipulam resultados de jogos –neste momento, o meia Lucas Paquetá, do West Ham, está sob investigação da Premier League inglesa por “forçar” cartões amarelos.

A bola que entra no gol não pode tudo, ensina o ESG. Existe um contexto de responsabilidades que não está separado do que acontece antes, durante e depois do jogo.

Para quem quer melhorar a gestão do futebol, recomendo começar com quatro medidas básicas de ESG.

(1) Compense o carbono emitido em jogos e treinamentos, recicle resíduos nos estádios, utilize energia renovável, implante um sistema de reuso de água;
(2) Estabeleça um programa de compliance, com auditoria, canal de denúncias e códigos de conduta para evitar desde os assédios aos deslizes financeiros;
(3) Apoie com ações socioeducacionais a base de formação dos profissionais, o elo mais frágil de sua cadeia de valor; e
(4) Utilize o vínculo com torcedores e a exposição na mídia para “educar” stakeholders para causas como a solidariedade, diversidade, economia circular e mudanças climáticas.

Ricardo Voltolini é CEO da Ideia Sustentável, fundador da Plataforma Liderança com Valores, mentor e conselheiro de sustentabilidade

Ricardo Voltolini: “A bola que entra no gol não pode tudo, ensina o ESG” (Crédito:Divulgação)

– Gestão de Programas de Responsabilidade Empresarial: Valor Estratégico para Empresas Familiares.

Para empresas familiares, cuja identidade está frequentemente entrelaçada com valores e legados transmitidos por gerações, a gestão eficaz de …

Continua em: Gestão de Programas de Responsabilidade Empresarial: Valor Estratégico para Empresas Familiares

– 3 Tips For Finding Balance As An Entrepreneur.

If you’re working as an entrepreneur, you know just how challenging it can be to work on your business while also doing other things in your life. …

Continua em: 3 Tips For Finding Balance As An Entrepreneur

– A Encruzilhada do Futebol Brasileiro.

O texto escrito pelo ex-diretor do Palmeiras Savério Orlandi, é um oásis em meio a tanta pataquada que lemos em artigos, muitas vezes, com interesses escusos, sobre os rumos do futebol brasileiro.

Vale a leitura!

Reproduzido no UOL pela Coluna do Juca Kfouri (link abaixo):

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/juca-kfouri/2025/05/14/a-encruzilhada-do-futebol-brasileiro.htm

A ENCRUZILHADA DO FUTEBOL BRASILEIRO

Por Savério Orlandi

Quando tudo indicava já adormecida e consolidada a sucessão na CBF com a eleição de Ednaldo Rodrigues, uma reviravolta trouxe novo e indigesto capítulo para a história, com o questionamento judicial do termo de acordo no qual aparentemente um dos seus signatários não dispunha do pleno gozo das faculdades mentais para firmá-lo.

O Tribunal Superior, que já homologara tal acordo, foi instado por alegações de falsidade documental e encontrou uma saída olímpica através da decisão do ministro relator nos limites da tecnicidade e daquilo que processualmente falando lhe era razoável fazer, assim devolvendo a matéria para investigação pelo Tribunal de origem no Rio de Janeiro.

Não é novidade que a entidade máxima do futebol brasileiro possua um vasto histórico de controvérsias, desmandos e desacertos. Um simples olhar para o último meio século nos evidencia, a partir da administração de João Havelange, a transformação de uma organização quase amadora em uma sólida sociedade empresarial, alavancada a partir dos anos 1970 pela forte entrada de um novo capital no futebol através dos contratos de televisão, dos fornecedores de material esportivo e da publicidade em geral, e ainda da ampliação da influência política na sua administração e trajetória.

Assim vimos a época do “onde a arena vai mal, mais um time no nacional”, o arrego no ano de 1987 que resultou na Copa União, a CPI da Nike, a derrocada de Ricardo Teixeira, o envolvimento de ex-presidentes no Fifagate, assédio sexual, o flerte inadequado com a Corte Suprema e a atual sensação de vacância pelas várias trocas havidas no comando.

E, como se não bastasse, agora com o ineditismo da possível fraude de documentos; o que veremos nos próximos tempos é certamente uma série de novas “idas e vindas” de despachos, liminares e recursos, mantendo a direção da CBF “sub judice” e o cenário de acefalia no comando e nas diretrizes da entidade, tendo no horizonte a Copa de 2026.

Para além da participação na próxima Copa do Mundo com a comprometida preparação em curso (mesmo a seleção tendo agora um novo treinador), o futebol brasileiro e a sua entidade máxima notadamente não dispõem de qualquer plano fora o fisiologismo, nem tampouco tem dimensão da responsabilidade social que tem com a nação, quem lhe outorga os símbolos e as propriedades, a seleção brasileira por exemplo: em verdade, urge um basta no continuísmo e uma guinada para reverter o quadro de letargia e clientelismo que insiste em nortear os caminhos do nosso futebol, algo que obviamente não é fácil, porém se faz imperioso.

A cooptação da totalidade das federações e dos clubes das séries A e B alcançou o ápice na eleição por aclamação ocorrida em março passado, desde quando os clubes de modo dissimulado manifestam concordância com a gestão ou, quando cobrados, sustentam que mesmo somados não reúnem quórum para pensar em mudança. Pura conveniência e vassalagem, um tipo de parceria na conduta lesa pátria por parte de quem deveria exigir as modificações na direção organizacional, fundamentalmente para permitir aos clubes que regulem e liderem por si só uma parcela do seu próprio negócio.

Nos últimos 5 anos, a estrutura da indústria do futebol tem se revigorado com os novos modelos e ferramentas que alteraram o “modo e o meio”, impactando diretamente as formas de gestão, em especial a dos clubes isoladamente (atual divisão dos direitos de TV, possibilidade de transformação em SAF, investimentos e regulamentação das Bets, novos patamares de patrocínio e premiação, entre outras novidades e ativações).

O mercado foi turbinado pelos investimentos das SAF e pelos aportes pesados das Bets, além do incremento dos direitos transmissivos após a regulamentação dos mandantes, e assim a maioria dos clubes tem experimentado um hiato episódico com uma grande afluência de recursos (o que não exclui a elevação de dívidas no período e as deficiências nos controles internos e na governança, inclusive entre os 2 ou 3 dos mais badalados).

Em que pese o auspicioso e positivo recorte econômico financeiro, algo a ser bastante comemorado, existe também seu lado perverso, pois a farta disponibilidade de recursos conduz invariavelmente à miopia, exatamente o que ocorre no âmbito das duas ligas.

E dentro delas, muito longe da unanimidade que foi alcançada para eleger o mandatário da entidade máxima do nosso futebol, nem mesmo se logrou superar definitivamente a discussão de “mais valia” promovida entre seus membros de modo contraproducente há 5 anos, frustrando o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar em todos os seus aspectos o que seria o pretendido novo mercado, cuja formação passa por embates, rupturas e a permanente interlocução com a direção da CBF, seja ela com quem for (ou vier a ser).

Há muito o que fazer para formatar um modelo viável e próspero, sendo imprescindível o alinhamento dos clubes e da CBF para trabalharem no enfrentamento de temas como a organização de alguns campeonatos por ligas, um modelo de fair play financeiro, a questão dos gramados, a obsolescência do nosso VAR, a violência, o calendário, a perda da atratividade, os efeitos mercadológicos das transições geracionais, licenciamentos conjuntos, os games e E-Sports, entre outros assuntos de estratégia e governança.

Sem contar principalmente a necessária revisão do produto para melhorar a experiência do consumo interno e para fins de exportação, afinal, não dá mais para tolerar o tanto que tem de reclamação em campo a cada partida, a constante perda do tempo de jogo e a vergonha das simulações, como tomar pontapé na canela e rolar com a mão no rosto.

É preciso que seja alterado o estado atual das coisas, a fim de subtrair o viés político na direção do futebol brasileiro possibilitando oportunidade de ressignificação da entidade máxima e do seu objeto, assim reforçando a atribuição da competência institucional das seleções brasileiras, registros e filiações, junto da permissão de organização para a Liga e reserva da organização de algumas competições com reciprocidade quanto à inclusão dos clubes que disputarem suas próprias ligas (Clube Série A/B na Copa do Brasil, p. ex.).

A hora é de evoluir, de refletir e planejar, não há mais espaço para seguirmos apenas nos valendo daquela bengala de sermos o único pentacampeão do mundo, de sermos detentores do futebol arte ou de acreditar de forma simplista que num piscar de olhos seremos “Top 3” das ligas do mundo: o momento de agir chegou e todos os atores têm responsabilidade pela mudança, sob pena de continuarmos sendo a “eterna promessa”.

*Savério Orlandi é advogado formado pela PUC em 1993, consultor jurídico e sócio filiado à Associação Brasileira dos Executivos de Futebol, além de membro da Comissão de Governança em Clubes de Futebol do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Foi diretor de futebol do Palmeiras.

**Texto originalmente publicado no portal Migalhas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

– A Encruzilhada do Futebol Brasileiro.

O texto escrito pelo ex-diretor do Palmeiras Savério Orlandi, é um oásis em meio a tanta pataquada que lemos em artigos, muitas vezes, com interesses escusos, sobre os rumos do futebol brasileiro.

Vale a leitura!

Reproduzido no UOL pela Coluna do Juca Kfouri (link abaixo):

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/juca-kfouri/2025/05/14/a-encruzilhada-do-futebol-brasileiro.htm

A ENCRUZILHADA DO FUTEBOL BRASILEIRO

Por Savério Orlandi

Quando tudo indicava já adormecida e consolidada a sucessão na CBF com a eleição de Ednaldo Rodrigues, uma reviravolta trouxe novo e indigesto capítulo para a história, com o questionamento judicial do termo de acordo no qual aparentemente um dos seus signatários não dispunha do pleno gozo das faculdades mentais para firmá-lo.

O Tribunal Superior, que já homologara tal acordo, foi instado por alegações de falsidade documental e encontrou uma saída olímpica através da decisão do ministro relator nos limites da tecnicidade e daquilo que processualmente falando lhe era razoável fazer, assim devolvendo a matéria para investigação pelo Tribunal de origem no Rio de Janeiro.

Não é novidade que a entidade máxima do futebol brasileiro possua um vasto histórico de controvérsias, desmandos e desacertos. Um simples olhar para o último meio século nos evidencia, a partir da administração de João Havelange, a transformação de uma organização quase amadora em uma sólida sociedade empresarial, alavancada a partir dos anos 1970 pela forte entrada de um novo capital no futebol através dos contratos de televisão, dos fornecedores de material esportivo e da publicidade em geral, e ainda da ampliação da influência política na sua administração e trajetória.

Assim vimos a época do “onde a arena vai mal, mais um time no nacional”, o arrego no ano de 1987 que resultou na Copa União, a CPI da Nike, a derrocada de Ricardo Teixeira, o envolvimento de ex-presidentes no Fifagate, assédio sexual, o flerte inadequado com a Corte Suprema e a atual sensação de vacância pelas várias trocas havidas no comando.

E, como se não bastasse, agora com o ineditismo da possível fraude de documentos; o que veremos nos próximos tempos é certamente uma série de novas “idas e vindas” de despachos, liminares e recursos, mantendo a direção da CBF “sub judice” e o cenário de acefalia no comando e nas diretrizes da entidade, tendo no horizonte a Copa de 2026.

Para além da participação na próxima Copa do Mundo com a comprometida preparação em curso (mesmo a seleção tendo agora um novo treinador), o futebol brasileiro e a sua entidade máxima notadamente não dispõem de qualquer plano fora o fisiologismo, nem tampouco tem dimensão da responsabilidade social que tem com a nação, quem lhe outorga os símbolos e as propriedades, a seleção brasileira por exemplo: em verdade, urge um basta no continuísmo e uma guinada para reverter o quadro de letargia e clientelismo que insiste em nortear os caminhos do nosso futebol, algo que obviamente não é fácil, porém se faz imperioso.

A cooptação da totalidade das federações e dos clubes das séries A e B alcançou o ápice na eleição por aclamação ocorrida em março passado, desde quando os clubes de modo dissimulado manifestam concordância com a gestão ou, quando cobrados, sustentam que mesmo somados não reúnem quórum para pensar em mudança. Pura conveniência e vassalagem, um tipo de parceria na conduta lesa pátria por parte de quem deveria exigir as modificações na direção organizacional, fundamentalmente para permitir aos clubes que regulem e liderem por si só uma parcela do seu próprio negócio.

Nos últimos 5 anos, a estrutura da indústria do futebol tem se revigorado com os novos modelos e ferramentas que alteraram o “modo e o meio”, impactando diretamente as formas de gestão, em especial a dos clubes isoladamente (atual divisão dos direitos de TV, possibilidade de transformação em SAF, investimentos e regulamentação das Bets, novos patamares de patrocínio e premiação, entre outras novidades e ativações).

O mercado foi turbinado pelos investimentos das SAF e pelos aportes pesados das Bets, além do incremento dos direitos transmissivos após a regulamentação dos mandantes, e assim a maioria dos clubes tem experimentado um hiato episódico com uma grande afluência de recursos (o que não exclui a elevação de dívidas no período e as deficiências nos controles internos e na governança, inclusive entre os 2 ou 3 dos mais badalados).

Em que pese o auspicioso e positivo recorte econômico financeiro, algo a ser bastante comemorado, existe também seu lado perverso, pois a farta disponibilidade de recursos conduz invariavelmente à miopia, exatamente o que ocorre no âmbito das duas ligas.

E dentro delas, muito longe da unanimidade que foi alcançada para eleger o mandatário da entidade máxima do nosso futebol, nem mesmo se logrou superar definitivamente a discussão de “mais valia” promovida entre seus membros de modo contraproducente há 5 anos, frustrando o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar em todos os seus aspectos o que seria o pretendido novo mercado, cuja formação passa por embates, rupturas e a permanente interlocução com a direção da CBF, seja ela com quem for (ou vier a ser).

Há muito o que fazer para formatar um modelo viável e próspero, sendo imprescindível o alinhamento dos clubes e da CBF para trabalharem no enfrentamento de temas como a organização de alguns campeonatos por ligas, um modelo de fair play financeiro, a questão dos gramados, a obsolescência do nosso VAR, a violência, o calendário, a perda da atratividade, os efeitos mercadológicos das transições geracionais, licenciamentos conjuntos, os games e E-Sports, entre outros assuntos de estratégia e governança.

Sem contar principalmente a necessária revisão do produto para melhorar a experiência do consumo interno e para fins de exportação, afinal, não dá mais para tolerar o tanto que tem de reclamação em campo a cada partida, a constante perda do tempo de jogo e a vergonha das simulações, como tomar pontapé na canela e rolar com a mão no rosto.

É preciso que seja alterado o estado atual das coisas, a fim de subtrair o viés político na direção do futebol brasileiro possibilitando oportunidade de ressignificação da entidade máxima e do seu objeto, assim reforçando a atribuição da competência institucional das seleções brasileiras, registros e filiações, junto da permissão de organização para a Liga e reserva da organização de algumas competições com reciprocidade quanto à inclusão dos clubes que disputarem suas próprias ligas (Clube Série A/B na Copa do Brasil, p. ex.).

A hora é de evoluir, de refletir e planejar, não há mais espaço para seguirmos apenas nos valendo daquela bengala de sermos o único pentacampeão do mundo, de sermos detentores do futebol arte ou de acreditar de forma simplista que num piscar de olhos seremos “Top 3” das ligas do mundo: o momento de agir chegou e todos os atores têm responsabilidade pela mudança, sob pena de continuarmos sendo a “eterna promessa”.

*Savério Orlandi é advogado formado pela PUC em 1993, consultor jurídico e sócio filiado à Associação Brasileira dos Executivos de Futebol, além de membro da Comissão de Governança em Clubes de Futebol do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Foi diretor de futebol do Palmeiras.

**Texto originalmente publicado no portal Migalhas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

– Tudo para depois do dia 11? A questão da Governança Corporativa da CBF:

Ensino aos meus alunos da Faculdade de Administração, na disciplina de “Governança Corporativa”, que em hipótese alguma os interesses pessoais de um gestor podem sobrepujar os interesses da corporação. E é exatamente o que “não se pode”, que acontece na CBF.

Vejamos:

  • Ednaldo Rodrigues já tomou dois “nãos” de Ancelotti. A CBF aceita tomar o 3º, ou é uma questão pessoal do gestor para que seja o italiano?
  • Jorge Jesus, que está livre no mercado, foi procurado? Se a corporação precisa de um colaborador, o gestor não foi atrás por qual motivo? Seria o de… não ser do agrado de Neymar? Mas aí não é um interesse pessoal de terceiro se sobrepondo ao da CBF?
  • O outro nome da lista seria mesmo o de Abel Ferreira? Mas… é condição de quem escolhe que seja um estrangeiro? É desejo da CBF ou de Ednaldo? Por que não um treinador brasileiro? Aqui, não estamos falando xenofobicamente, mas sim da questão meritocrática: se “gringo”, que seja melhor do que os locais. Ser estrangeiro por si só não pode ser condição para dirigir a Seleção.

Enfim: até dia 11, quando o Real Madrid decidirá o seu futuro ou não (e o de Ancelotti), parece que não teremos novidades… E os interesses (ou vaidade) do gestor ficam acima dos da Confederação Brasileira de Futebol.

 

– Tudo para depois do dia 11? A questão da Governança Corporativa da CBF:

Ensino aos meus alunos da Faculdade de Administração, na disciplina de “Governança Corporativa”, que em hipótese alguma os interesses pessoais de um gestor podem sobrepujar os interesses da corporação. E é exatamente o que “não se pode”, que acontece na CBF.

Vejamos:

  • Ednaldo Rodrigues já tomou dois “nãos” de Ancelotti. A CBF aceita tomar o 3º, ou é uma questão pessoal do gestor para que seja o italiano?
  • Jorge Jesus, que está livre no mercado, foi procurado? Se a corporação precisa de um colaborador, o gestor não foi atrás por qual motivo? Seria o de… não ser do agrado de Neymar? Mas aí não é um interesse pessoal de terceiro se sobrepondo ao da CBF?
  • O outro nome da lista seria mesmo o de Abel Ferreira? Mas… é condição de quem escolhe que seja um estrangeiro? É desejo da CBF ou de Ednaldo? Por que não um treinador brasileiro? Aqui, não estamos falando xenofobicamente, mas sim da questão meritocrática: se “gringo”, que seja melhor do que os locais. Ser estrangeiro por si só não pode ser condição para dirigir a Seleção.

Enfim: até dia 11, quando o Real Madrid decidirá o seu futuro ou não (e o de Ancelotti), parece que não teremos novidades… E os interesses (ou vaidade) do gestor ficam acima dos da Confederação Brasileira de Futebol.

 

– Turno 3 de 3: Na Faculdade de Administração.

Turno 3 de 3: Estivemos nessa noite em Itu em nome da Faditu, aplicando provas aos nossos alunos universitários.

Somente com a Educação é que conseguiremos bons resultados…

– Turno 2 de 3: P2 de Franco da Rocha.

Turno 2 de 3: Estivemos nessa tarde em Franco da Rocha em nome do Sebrae, falando sobre Gestão aos reeducandos da unidade prisional de lá.

Somente com a Educação é que conseguiremos bons resultados…

– Inflacionamos demais o futebol?

Renato Gaúcho será o novo-velho técnico do Fluminense, recebendo 1,5 milhão de reais ao mês.

Nesta sua sexta passagem, o que de tão extraordinário o treinador fez para se valorizar tanto no mercado?

Aliás, reparemos: o Flu tem buscado os da “velha-guarda”: Mano, agora Renato… quando ele cair, buscará Luxemburgo ou Felipão?

O futebol brasileiro tem cada particularidade…