– Semana de apenas 3 dias?

Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, bilionário dono da Claro, Net e Embratel, declarou que gostaria que as pessoas trabalhassem 3 dias por semana. Ele acredita que assim todos teriam mais tempo para a família, e com cabeça “fresca”, teriam mais disposição e boas ideias.

Tal pensamento vai de encontro com as ideias do italiano Domenico de Masi, que há 20 anos defende a ideia do “Ócio Criativo” (descansado, as pessoas criam mais, segundo ele).

Detalhe: será que Slim colocaria em prática em suas empresas tal proposta? Lembrando que ele próprio é workaholic…

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– A Crise do Interior por Culpa do Etanol

prosperidade do Interior Paulista com o agronegócio parece ter sido freada. A região de Ribeirão Preto, chamada antes de “Califórnia brasileira” e atualmente de “Vale do Silício do Etanol” sofre com o baque econômico.

Veja abaixo, extraído de Revista Exame, pg 40-42, ed 1042

COLHEITA DE PREJUÍZOS

Por Alexa Salomão e Daniel Barros

Se você quiser ser dono de uma usina, pegue um talão de cheques e passe o dia em Sertãozinho. É com essa frase que os empresários do setor de açúcar e álcool gostam de explicar a importância desse município no interior paulista. Apesar de estar a 350 quilômetros da capital e ter pouco mais de 100 000 habitantes, Sertãozinho ficou conhecida como o Vale do Silício do etanol. Lá estão usinas, canaviais e, especialmente, as principais indústrias de equipamentos para a montagem e a manutenção do parque sucroalcooleiro nacional. Quando o setor vai bem, Sertãozinho vai ainda melhor. Mas, se vai mal, a cidade se torna um retrato bem definido dos problemas. E o que ocorre neste momento.

”Chegamos a crescer mais do que a China”, diz Nerio Costa, ex-prefeito que se candidatou à reeleição e perdeu, segundo sua própria avaliação, por causa da retração econômica que se abateu durante sua gestão. “Mal sentei na cadeira de prefeito e veio a crise – um a um, cada segmento da cadeia foi pisando no freio, até que todo o setor ficasse em compasso de espera.”

Poucos setores no país tiveram tanto glamour na década passada quanto o de etanol. O combustível verde (para alguns entusiastas, verde e amarelo) foi apontado como o substituto do petróleo. Dispostos a participar de sua produção no Brasil, investidores de todo o mundo compraram usinas aqui. A participação de estrangeiros subiu de 3%, em 2006, para 33%, hoje. A petroleira anglo-holandesa Shell, o grupo agrícola francês Louis Dreyfus e a produtora de açúcar indiana Shree Renuka são apenas algumas das empresas de outros países presentes na produção nacional.

Em 2008, no auge da euforia etílica, o setor recebeu 10 bilhões de dólares em investimentos. De lá para cá, 41 usinas fecharam as portas. Já foram para o ralo 45 000 postos de trabalho no setor – o equivalente a 5% dos empregos. Um estudo do banco Itaú BBA sinaliza que as perdas podem estar só no começo: 90 dos 147 grupos empresariais em operação no Centro-Sul do país têm dívidas elevadas e metade corre o risco de fechar as portas. São negócios que já foram referência, como o grupo João Lyra, do deputado de mesmo nome, que tem usinas em Alagoas e Minas Gerais em recuperação judicial. Alexandre Figliolino, diretor do Itaú BBA para etanol e cana-de-açúcar, tem uma analogia particular para explicar a situação: “Os usineiros são como antílopes fugindo de um leão”, diz Figliolino. “O leão pegou os antílopes mais frágeis. Agora, começa a alcançar os fortes, e isso coloca em risco a saúde do setor.”

É o que se vê em Sertãozinho. No campo, o panorama é de queda na produtividade. “As pessoas reclamam que o agricultor chora demais, mas a situação aqui é dramática”, diz Luiz Carlos Tasso Júnior, produtor em Sertãozinho. Tasso caminha pelo canavial queixando-se de que não tem dinheiro nem para tratar direito o solo, muito menos para investir na aquisição de veículos. Usa tratores emprestados de um amigo e o ajuda a pagar o financiamento. A colheita é feita pela usina que comprar a cana. Em 2007, seus 120 hectares produziram 92 toneladas de cana por hectare. Na última safra, o resultado caiu para 74 toneladas. “Fiz dívida para refinanciar dívidas”, diz Tasso. “Hoje, só quitaria todas se vendesse tudo que tenho, até a casa onde moro.” Dados globais da produção mostram que essa é a realidade de boa parte de médios e pequenos agricultores de cana.

Em 2008, o setor colhia 85 toneladas por hectare. Na safra passada, a média estava em 68 toneladas por hectare – uma queda de 20%. “O valor da cana caiu, mas o preço dos insumos aumentou e as usinas cobram mais pela colheita”, diz Manoel Ortolan, presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil. Os associados da entidade representam quase um terço da produção nacional. No ano passado, as margens passaram a ser negativas. O custo de produção fechou em 68 reais por tonelada de cana, mas o preço da cana ficou em 64 reais por tonelada.

O aperto na indústria sucroalcooleira começou recentemente. De 2008 a 2012,81 projetos de usinas foram postos de pé no país. Para dar conta da demanda, a indústria de Sertãozinho cresceu. O número de empresas passou de 500 para 700. A cidade absorveu mais de 3 000 profissionais e chegou a empregar 47 000 trabalhadores. Nos últimos dois anos. o número de postos retrocedeu aos níveis de 2008. Na região, que compreende sete cidades, o emprego acumula queda de 2% nos últimos 12 meses. Na indústria, o faturamento caiu até 70%.

A Smar, especializada na produção de sistemas de automação, perdeu 100 funcionários no último ano e não repôs nenhum. Nos meses mais críticos, paga os operários, mas pede aos executivos que esperem um pouco mais para receber os salários. Tem feito um esforço para manter os 120 engenheiros, responsáveis por criar novas tecnologias. Foram eles que garantiram nos Estados Unidos o registro de mais de 50 patentes, expostas como troféus em quadros nos escritórios da empresa. Entre seus orgulhos está um sistema de injeção que movimenta os motores do porta-aviões USS John F. Kennedy, da Marinha americana. Em 2009, a Smar trabalhava em três turnos, mas há meses opera com ociosidade de 30% da capacidade. “Cerca de 20% de meus clientes faliram”, diz o chileno Eduardo Munhoz, diretor comercial da divisão de açúcar e etanol da Smar. “Não dá para substituí-los da noite para o dia.”

Lucros no exterior

Para contornar as perdas, as empresas lutam por um espaço no concorrido e minguado mercado externo. É o caso da TGM. Especializada na fabricação de turbinas, neste momento tem 92% do faturamento garantido por exportações para Ásia, América Central e União Europeia. Waldemar Manfrin, sócio-diretor da TGM, tem orgulho em mostrar as estruturas gigantescas que produz para o mundo. “Em Brasília, dão incentivos para fogões, geladeiras e carros”, diz Manfrin. “Já o nosso setor foi esquecido. Se não exportássemos, estaríamos encrencados.” Em 2003, a TGM faturou 80 milhões de reais. No auge da euforia com o etanol, o resultado bateu quase em 700 milhões. Em 2012, ficou perto de 200 milhões graças às exportações.

Os efeitos negativos começaram a chegar ao comércio. Na Barão do Rio Branco, uma rua aprazível com árvores e canteiros de flores, que concentra o varejo de Sertãozinho, as lojas têm mais funcionários do que clientes. As vendas esfriaram desde a virada do ano. A Paulmem, loja tradicional de vestuário prestes a completar 40 anos, passou a década registrando aumentos de dois dígitos nas vendas, ano a ano. Em 2012, teve o primeiro Natal com alta de apenas um dígito: 6%.

Desde então, as vendas esfriaram mais. Para complicar, o novo empreendimento da família Ribeiro, dona da Paulmem, vai mal das pernas. O Shopping da Moda, inaugurado em outubro, ainda opera no vermelho. No fim de abril, a família desativou o estacionamento coberto para transformá-lo numa área de saldões. “O Dia das Mães foi bem fraquinho”, diz Erika Ribeiro, sócia do Shopping da Moda. “Agora, esperamos que os produtos mais baratos atraiam os clientes e melhorem as vendas.”

Como Sertãozinho depende da retomada do setor de etanol no resto do país, o comércio local pode ter de esperar. “Não há encomendas para a construção de usinas”, diz Antônio Eduardo Tonielo Filho, presidente da associação que reúne fabricantes de equipamentos para o setor de etanol. “São elas que impulsionam os elos da cadeia.” O mau humor que impera no setor espalhou-se pelo Brasil. O estado de Goiás, por exemplo, foi tomado pela euforia dos investidores a partir de meados dos anos 2000.

Inaugurou 11 usinas em 2008. Hoje, há mais de 40 projetos aprovados no estado, com incentivo fiscal garantido. Quinze deles contam até com licenciamento ambiental e podem iniciar o plantio da cana. Todos, porém, estão engavetados.
Já a cidade de Rolândia, vizinha a Londrina, no Paraná, entrou numa crise severa. A usina da cooperativa Corol foi um símbolo do progresso da cidade de 58 000 habitantes. Chegou a empregar 6% da força de trabalho local e a responder por 5% da receita da prefeitura. Em 2011, a usina foi à falência com uma dívida de 600 milhões de reais. Apenas 20% de seus empregados foram absorvidos em usinas da região. “No Paraná e em boa parte do Brasil, a indústria do etanol está localizada em pequenos municípios, que dependem fortemente da atividade”, diz Miguel Tranin, presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Paraná. “Quando a usina se vai, boa parte da riqueza local se perde.”

O governo piorou a crise

O inferno astral do setor de etanol tem muitas razões. A crise financeira internacional cortou o crédito das usinas no momento em que estavam endividadas e comprometidas com fusões e expansões. O preço do petróleo caiu e a promessa de aumento das exportações de etanol para substituir o combustível fóssil não vingou. Problemas climáticos comprometeram a produção de cana. O tempo, a mãe natureza e as leis de mercado cuidariam de resolver questões como essas. Mas o que realmente jogou o setor de joelhos foi a política. Ao assumir a Presidência, Dilma Rousseff decidiu segurar o preço da gasolina e, assim, combater a inflação. A estratégia corroeu os resultados da Petrobras e, de quebra, tirou a competitividade do etanol. Em 2008, metade da frota nacional rodava com etanol. Hoje, só 20% dos veículos são abastecidos com álcool.

No fim de abril, o governo anunciou um pacote de ajuda ao setor, com a redução de tributos e a criação de novas linhas de financiamento. A UNICA, entidade que congrega as usinas, emitiu uma nota agradecendo a iniciativa, mas reivindicou ações de longo prazo. Segundo um político ligado ao setor, o governo ameaçou suspender o pacote se não tivesse o apoio oficial da UNICA. Uma semana depois, a entidade soltou uma nova nota, apoiando o pacote – e sem nenhuma menção a eventuais problemas. Não há, porém, como aplacar o descontentamento de quem sofre com a nova realidade do etanol. “As medidas não fazem cócegas nas empresas”, afirma Carlos Liboni, secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho. “O que está em jogo é maior do que vender álcool no posto: precisamos de uma política clara e de longo prazo para dar segurança aos investidores.”

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– Lula e a Demagógica Declaração sobre a Eliminação da Inglaterra

Está em todos os sites importantes o que o ex-presidente Lula declarou durante a convenção do PT, neste final de semana:

É a primeira vez que uma equipe de futebol perde por excesso de qualidade dos nossos estádios. A Inglaterra não estava acostumada a jogar em um campo da qualidade dos que temos aqui

Aí é sacanagem… até para ser demagogo há limites! Será que o Lula perdeu a noção do ridículo?

Do jeito que vai, só falta ele dizer, em caso de conquista do hexacampeonato da Seleção Brasileira, que foi por causa da Dilma.

Dirá?

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– Arre que o Serviço está no fim!

Ufa!

Quase no fim do expediente de trabalho… Nada melhor do que curtir a família daqui a pouco.

Quer tarde de descanso melhor do que criar personagens divertidos, apenas com a inocência no coração?

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– Nenhuma Punição aos Vândalos Black Blocs?

Na última 5a feira, marginais depredaram uma agência de veículos e bancos em São Paulo. Além das manifestações black blocs, comemoravam um ano das suas ações.

A Secretaria de Segurança Pública, através do Dr Grella, houvera afirmado que fez um acordo com os líderes do movimento para que a PM acompanhasse a manifestação de longe, e, em troca, não haveriam depredações.

Deu no que deu: quem está na cadeia? Ninguém…

É o que dá negociar com bandido. Ou vai dizer que isso é ato ‘democrático e cidadão’?

Puro crime, anarquismo e vagabundagem.

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– Inspiradora Mensagem Dominical de Amor e Segurança!

É de uma excepcional beleza o Evangelho de hoje (Mt 10, 26-33). Nos convida a sermos corajosos e confiantes na Providência Divina!

Um trecho:

Disse Jesus: ‘Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais’.

Pois é… e a gente lamentando a vida por tantas bobagens, não?

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– Não votará mas reclamará?

Pesquisas mostram: os adolescentes do país não estão preocupados com as Eleições.

Sabia que de cada 4 jovens de 16 e 17 anos (cuja obrigatoriedade de votar não existe), apenas 1 tirou título de eleitor?

Vai mudar o país como?

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– Balanço dos 10 dias de Copa: Arbitragens, Clima e Destaque dos Jogos e Atletas.

Depois de uma grande quantidade de jogos da Copa do Mundo, como avaliar a competição?

O ambiente é ótimo! Todos os problemas de infraestrutura, atrasos nas obras, superfaturamento e desvios de verbas foram esquecidos (mas não deveriam) pelas ótimas partidas de futebol. Dá para contar nos dedos os pouquíssimos jogos entediantes, pois, verdade seja dita, não dá para desligar o televisor.

Na maior parte dos jogos, uma equipe marca o gol e na sequência o outro desforra e a disputa fica aberta. As torcidas não param de cantar um minuto sequer e as imagens dos estádios com a exuberante paisagem brasileira ajudam a vingar o bordão de que essa é a “Copa das Copas”. Talvez pelos times da América do Sul estarem avançando e o sangue latino mais exacerbado? Pode até ser.

Destaque para jogadores que estão decidindo e jogando bem: Robben, Van Persie, Benzema… Aliás, Benzema é o “artilheiro azarado”, pois deixou de ter 3 gols na sua conta: contra Honduras chutou ao gol e depois da lambança do goleiro tentando fazer a defesa foi creditado como gol contra. Perdeu um gol na cobrança de pênalti contra a Suíça e no mesmo jogo, nos acréscimos, partindo para o ataque, fez o gol quase no instante em que o insensível juizão apitava o final da partida (e o gol não valeu).

Mas há destaque para outros jogadores que estão literalmente “salvando a Pátria”: Messi que o diga contra o Irã e Klose contra Gana.

Aliás, Klose marcou e igualou o recorde de tentos marcados em Mundiais do Fenômeno R9. O gozado é que parece não ter existido tanto incômodo por parte da torcida brasileira. No tempo em que o artilheiro era imortalizado como “RRRRonaldinho”, todos amavam o jogador. Hoje, como empresário Ronaldo Nazário, o carisma parece ter se perdido.

Mas não são apenas os jogadores que tem decido os jogos. A arbitragem também!

Nishimura que o diga no Brasil x Croácia (pênalti inexistente em Fred), Mirolad Mazic em Argentina x Irã (pênalti não marcado de Zabaleta em Dejagah) e o neozelandês Peter O’Leary em Nigéria x Bósnia (anulando o gol por impedimento mal marcado do seu assistente).

E o mais curioso: nenhum erro contra grandes Seleções! Parece que os países pequenos sofrem pela camisa deles não ser tão tradicional…

Lembrando ainda: o bandeirinha colombiano que anulou dois gols mexicanos estava escalado para o jogo entre Coréia do Sul x Argélia, mas foi dispensado.

Sejamos justos: alguns erros técnicos dos árbitros passaram desapercebidos em grandes jogos e não foram tão discutidos pela boa qualidade e emoção das partidas. Disciplinarmente, algumas atuações ficaram a desejar na não aplicação de cartões. Isso me parece mais uma orientação da Comissão de Arbitragem: não vulgarizar advertências e expulsões. Aí deve-se tomar cuidado: poupar cartão é bom até onde não descumpre a regra.

O certo é que as duas grandes atuações de Sandro Meira Ricci (sem patriotismo ou corporativismo) me fazem dizer que, junto com seus assistentes Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gassen, são credenciais para apitar uma finalíssima, caso o Brasil seja eliminado nas 4as-de-final (que é a fase na qual a FIFA dispensa muitos árbitros pelo critério da neutralidade). E avalie: os bandeiras brasileiros não erraram nada, fizeram seu dever ajudando o árbitro, que não vacilou na marcação ou não de pênaltis e outras infrações. Sem contar o fator sorte: apitou dois bons jogos e o trio entrou para a história com a primeira “confirmação de gol pela tecnologia” da história.

É claro que o Brasil estando na decisão dois nomes ganham peso para a Final: o árbitro inglês Howard Webb ou o espanhol Carlos Velásques, já que suas seleções foram eliminadas ainda na primeira fase. Uma espécie de “prêmio de consolação” a seus países.

Enfim: nesta segunda-feira teremos Brasil x Camarões com a arbitragem sueca de Jonas Eriksson. Para mim, fraquinho. O árbitro já fez notórias lambanças na Liga dos Campeões demonstrando dificuldades na questão técnica. Disciplinarmente é razoável e fisicamente está em fase excelente (essa Copa é a dos árbitros corredores, a FIFA exigiu muito deles nesse quesito). Não questiono a experiência dele, já que tem um bom currículo, mesmo não atuando tão bem. O medo é: está capacitado para interpretar simulações e malandragem dos jogadores brasileiros?

A FIFA tem grande preocupação nesse jogo não pela arbitragem, mas pela manipulação de resultados. Explico: o chefe de segurança da entidade, Ralf Mutschke (o homem encarregado em garantir a lisura das partidas) declarou publicamente que “esse jogo é de alto risco e grande vulnerabilidade”, devido a uma possível ação de apostadores. Como Camarões já está eliminado da Copa do Mundo e seus atletas brigaram muito por dinheiro antes do embarque, não seria improvável que agentes buscassem corromper jogadores acertando que o time perca por um número X de gols, ajudando apostas ilegais.

E você: o que tem achado do Mundial até agora? Particularmente, acho que temos uma “imagem da Copa” bem marcante: a dos torcedores japoneses, após o jogo da sua Seleção, limpando a sujeira do Arena das Dunas.

É questão educacional…

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– Balanço dos 10 dias de Copa: Arbitragens, Clima e Destaque dos Jogos e Atletas.

Depois de uma grande quantidade de jogos da Copa do Mundo, como avaliar a competição?

O ambiente é ótimo! Todos os problemas de infraestrutura, atrasos nas obras, superfaturamento e desvios de verbas foram esquecidos (mas não deveriam) pelas ótimas partidas de futebol. Dá para contar nos dedos os pouquíssimos jogos entediantes, pois, verdade seja dita, não dá para desligar o televisor.

Na maior parte dos jogos, uma equipe marca o gol e na sequência o outro desforra e a disputa fica aberta. As torcidas não param de cantar um minuto sequer e as imagens dos estádios com a exuberante paisagem brasileira ajudam a vingar o bordão de que essa é a “Copa das Copas”. Talvez pelos times da América do Sul estarem avançando e o sangue latino mais exacerbado? Pode até ser.

Destaque para jogadores que estão decidindo e jogando bem: Robben, Van Persie, Benzema… Aliás, Benzema é o “artilheiro azarado”, pois deixou de ter 3 gols na sua conta: contra Honduras chutou ao gol e depois da lambança do goleiro tentando fazer a defesa foi creditado como gol contra. Perdeu um gol na cobrança de pênalti contra a Suíça e no mesmo jogo, nos acréscimos, partindo para o ataque, fez o gol quase no instante em que o insensível juizão apitava o final da partida (e o gol não valeu).

Mas há destaque para outros jogadores que estão literalmente “salvando a Pátria”: Messi que o diga contra o Irã e Klose contra Gana.

Aliás, Klose marcou e igualou o recorde de tentos marcados em Mundiais do Fenômeno R9. O gozado é que parece não ter existido tanto incômodo por parte da torcida brasileira. No tempo em que o artilheiro era imortalizado como “RRRRonaldinho”, todos amavam o jogador. Hoje, como empresário Ronaldo Nazário, o carisma parece ter se perdido.

Mas não são apenas os jogadores que tem decido os jogos. A arbitragem também!

Nishimura que o diga no Brasil x Croácia (pênalti inexistente em Fred), Mirolad Mazic em Argentina x Irã (pênalti não marcado de Zabaleta em Dejagah) e o neozelandês Peter O’Leary em Nigéria x Bósnia (anulando o gol por impedimento mal marcado do seu assistente).

E o mais curioso: nenhum erro contra grandes Seleções! Parece que os países pequenos sofrem pela camisa deles não ser tão tradicional…

Lembrando ainda: o bandeirinha colombiano que anulou dois gols mexicanos estava escalado para o jogo entre Coréia do Sul x Argélia, mas foi dispensado.

Sejamos justos: alguns erros técnicos dos árbitros passaram desapercebidos em grandes jogos e não foram tão discutidos pela boa qualidade e emoção das partidas. Disciplinarmente, algumas atuações ficaram a desejar na não aplicação de cartões. Isso me parece mais uma orientação da Comissão de Arbitragem: não vulgarizar advertências e expulsões. Aí deve-se tomar cuidado: poupar cartão é bom até onde não descumpre a regra.

O certo é que as duas grandes atuações de Sandro Meira Ricci (sem patriotismo ou corporativismo)me fazem dizer que, junto com seus assistentes Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gassen, são credenciais para apitar uma finalíssima, caso o Brasil seja eliminado nas 4as-de-final (que é a fase na qual a FIFA dispensa muitos árbitros pelo critério da neutralidade). E avalie: os bandeiras brasileiros não erraram nada, fizeram seu dever ajudando o árbitro, que não vacilou na marcação ou não de pênaltis e outras infrações. Sem contar o fator sorte: apitou dois bons jogos e o trio entrou para a história com a primeira “confirmação de gol pela tecnologia” da história.

É claro que o Brasil estando na decisão dois nomes ganham peso para a Final: o árbitro inglês Howard Webb ou o espanhol Carlos Velásques, já que suas seleções foram eliminadas ainda na primeira fase. Uma espécie de “prêmio de consolação” a seus países.

Enfim: nesta segunda-feira teremos Brasil x Camarões com a arbitragem sueca de Jonas Eriksson.Para mim, fraquinho. O árbitro já fez notórias lambanças na Liga dos Campeões demonstrando dificuldades na questão técnica. Disciplinarmente é razoável e fisicamente está em fase excelente (essa Copa é a dos árbitros corredores, a FIFA exigiu muito deles nesse quesito). Não questiono a experiência dele, já que tem um bom currículo, mesmo não atuando tão bem. O medo é: está capacitado para interpretar simulações e malandragem dos jogadores brasileiros?

A FIFA tem grande preocupação nesse jogo não pela arbitragem, mas pela manipulação de resultados. Explico: o chefe de segurança da entidade, Ralf Mutschke (o homem encarregado em garantir a lisura das partidas) declarou publicamente que “esse jogo é de alto risco e grande vulnerabilidade”, devido a uma possível ação de apostadores. Como Camarões já está eliminado da Copa do Mundo e seus atletas brigaram muito por dinheiro antes do embarque, não seria improvável que agentes buscassem corromper jogadores acertando que o time perca por um número X de gols, ajudando apostas ilegais.

E você: o que tem achado do Mundial até agora? Particularmente, acho que temos uma “imagem da Copa” bem marcante: a dos torcedores japoneses, após o jogo da sua Seleção, limpando a sujeira do Arena das Dunas.

É questão educacional…

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– O Corajoso Papa do Estrelismo Zero

Já viu aquele artista considerado semi-celebridade e que se acha o maior de todos os tempos? Que evita a imprensa e foge dos seus admiradores?

O Papa Francisco é exatamente o oposto. Servo humilde de Deus, ontem (sábado 21) deu um exemplo a qualquer cristão que sonha com a fama: em meio a um vilarejo, fiéis esperavam sua passagem. E eis que ao avistar um deficiente físico, para o carro e o abençoa.

É de arrepiar!

Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=oVCrfNqQLWQ

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– O adeus a um mito do futebol: Oberdan Cattani

Oberdan Cattani faleceu aos 95 anos, e era o único jogador vivo que jogou pelo Palestra Itália antes da equipe ser obrigada a se tornar Palmeiras, devido a 2a Grande Guerra.

Os mais antigos juram: o goleiro Cattani foi o maior jogador do Palmeiras de todos os tempos, superando ídolos como Ademir da Guia e Marcos.

O tempo e a falta de registro nos impede de concordar ou discordar, mas há algo que não precisa de tais dados: o amor dele ao Palmeiras!

Dizia-se que suas mãos eram tão grandes que defendiam a bola com apenas uma mão. Será lenda ou fato?

Não importa. Descanse em paz, Oberdan Cattani.

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