São 12 desculpas que você ouvirá de treinadores. E 6 que nunca ouvirá.
Àqueles que gostam de futebol, é inegável dizer que Paulo Cézar Caju foi uma figura ímpar na história do futebol brasileiro. É público o seu depoimento que, depois do término da sua carreira, afundou-se nas drogas lícitas e ilícitas. Há pouco tempo, amparado por amigos, recuperou-se e hoje presta relevante serviço como palestrante inveterado contra o uso de drogas. Louvável iniciativa. Tão louvável são suas colunas escritas no “Jornal da Tarde”.
Em uma delas, ele procurou abordar as desculpas dos treinadores frente as derrotas. Eis um pequeno trecho para uma grande reflexão:
“Em gerações passadas, jogávamos com uma bola chamada G18, que significa 18 gomos. Era de couro duro e dava um trabalho danado para os roupeiros durante a semana de treinos e após os jogos. Passar sebo, reforçar costuras e colocar no sol era a rotina diária. Talvez seja por isso que fazíamos questão de tratá-la com tanto carinho. E hoje ainda tenho que escutar treinadores reclamando da bola! Depois de reclamar do plantel, das arbitragens e dos gramados, agora sobrou para a bola, que hoje é desenvolvida com a melhor das tecnologias do planeta (…) Os “professores” deveriam, isso sim, ir pra campo, sem descanso, e aprimorar fundamentos e corrigir os defeitos de seus jogadores. Só assim eles vão aprender a passar, dominar e finalizar, e aí, deixar a bola feliz!”
Pois bem, rápidas considerações sobre esse trecho:
Quando o time perde, segundo Caju, é porque:
– O plantel é reduzido e limitado;
– A arbitragem prejudicou;
– O gramado é ruim;
– A bola não é boa.
Poderia, caro Caju, lembrar de outros aspectos citados pelos treineiros nas derrotas, como:
– A maratona de jogos atrapalhou o time;
– Não havia boas condições no estádio, atirou-se de tudo no campo;
– A comida do hotel trouxe indisposição alimentar;
– O frio demasiado;
– O forte calor;
– A tabela que prejudicou a seqüência de jogos;
– Os desfalques por cartões;
– Ou desfalques por convocações à Seleção.
Ufa! Cansou tanta desculpa. Mas certamente você NÃO OUVIRÁ as seguintes colocações:
– Meu time perdeu porque escalei mal;
– Meu esquema de jogo foi mal elaborado;
– Jogamos na retranca porque não queria deixar os alas avançarem;
– Errei redondamente na preleção;
– Substimei o adversário;
– Desmontei o time nas substituições.
É claro que há muita ironia neste texto. E nem podemos generalizar as reclamações dos treinadores, pois, afinal das contas, eles querem ganhar os jogos para sua sobrevivência no cargo. E estão “fazendo a parte deles”. Os jogadores, idem. Os árbitros idem, a imprensa idem. O problema é a irresponsabilidade de acusar os outros para salvar a própria pele. Se pegar os jornais de segunda-feira, qual seja ele, haverá muitas dessas reclamações em diversas páginas de diversos jogos.
Gostaria de saber sua opinião: de quem é a culpa, afinal das contas? De certo, nunca dos treinadores, segundo eles próprios.

Sem contar com o bordao: “EU GANHEI, NOS EMPATAMOS E OS JOGADORES PERDERAM” !!! KKKKKK …. O que eu jka ouvi de tecnicos na beirada de campo, seria hilario se nao fosse tragico. os caras ainda ganham para fazer estas asneiras. Agora mesmo estava vendo os jpogadores do Palmeiras convocados para o jogo de amanha em Jundiai.
5 volantes + 2 meias + 4 atacantes + 2 goleiros + 4 zagueiros + 3 laterais. Conclusao 6 para atacar e 12 para defender, ganhando 700 por mes….assim ate eu sdou tecnico.
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Professor, eu assisti uma aula sua do curso de administração, onde vc mostrou um artigo da revista exame que falava q o Hopi Hari já inaugurou quebrado no Brasil. Frente aos acontecimentos recentes neste parque, será q não poderia escrever algo sobre o assunto?
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Olá Rogério, até poderia dissertar sobre o tema. Mas o curioso é que o acidente ocorreu com os novos proprietários. Ali, pelo que a Polícia apura, foi erro humano! Supostamente um funcionário descuidado liberou a cadeira interditada.
Aguardemos a conclusão do inquérito para não cairmos no erro de achar que a crise financeira foi culpada por falta de manutenção, tampouco acusar o empregado. Aguardemos mais um pouco.
Abraços, Porcari
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