Em 2005, São Paulo contava com um grande leque de árbitros TOP para clássicos: Seneme, Paulo César de Oliveira, Sálvio Spínola, Cleber Abade, Anselmo da Costa, Romildo Correia e Rodrigo Martins Cintra. Dos clássicos disputados no Campeonato Paulista, raramente o sorteio fugia do nome deles.
Anselmo e Romildo pararam. No ano passado, Rodrigo Martins Cintra foi para o Nordeste; Cleber Abade encerrou a carreira. Idem para Sálvio Spínola. Assim, faz-se necessário o surgimento de novos nomes, que sejam unanimidade entre clubes, torcedores, jornalistas, especialistas e próprios árbitros (claro, entenda ‘unanimidade’ como ‘nome aceito em jogo importante’, pois ela inexiste na arbitragem).
Nomes como os dos experientes Rodrigo Braguetto ou Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza ganharam mais força; Luís Flávio de Oliveira, aspirante a FIFA, se firmou ainda mais. Flávio Guerra, de alguns clássicos, perdeu espaço. Guilherme Ceretta vem como o emergente da vez: bom árbitro, criticado por muitos pela dedicação à sua carreira de modelo (aqui, em tom de inveja de muitos), mas que precisa se manter no desempenho em alto nível. Outros, como os bons Rodrigo Guarizzo, Phillipe Lombard, Leonardo Ferreira Lima ou Robério Pereira Pires ainda não foram sorteados para o clássico das suas vidas, apesar da grande rodagem. Ainda, novos nomes como Vinícius Furlan (que já atuou em um clássico) ou Leandro Bizzio ganham força e sequência de escalas. Claro, não nos esqueçamos dos novatos, quase anônimos da grande imprensa (mas conhecidos no meio) que, apesar do pouco tempo de A1, são experientes nas divisões de acesso.
A questão é: conseguiremos ter novos nomes de árbitros, incontestáveis pelo trabalho e mérito, sendo escalados em grandes clássicos, e, principalmente, FIRMANDO no conceito de Árbitro TOP?
Eram 7 árbitros citados acima que apitavam os principais clássicos em todo o Brasil. Temos 7 nas mesmas condições hoje? Falhou-se na reposição? Não podemos nos limitar aos ótimos Seneme e família Oliveira nas finais, precisamos de mais nomes, em quantidade proporcional ao tamanho do estado de São Paulo. Na primeira rodada, novos nomes foram colocados nas escalas. Ótimo. O caminho é esse. Mas perdurará até o final? Tomara!
Por fim: nada da divulgação do Ranking 2012 dos árbitros até agora… Por que a Federação Paulista insiste em mantê-lo no formato e nas regras de hoje? Um verdadeiro tiro no pé! No modelo atual, os árbitros da elite apitam muitos jogos, enquanto que o bloco intermediário tem poucas partidas. Há um inchaço absurdo no quadro, como “se da quantidade se tirasse qualidade”. Ledo engano dos dirigentes do apito.
Aguardemos. Que 2012 seja de sucesso aos árbitros e que possam fazer valer suas instituições com força e independência, pois, provavelmente, esse é o calcanhar de Aquiles da arbitragem: a independência da sua representatividade.
Boa sorte!

Grande Professor Porcari,
Gostaria de agradecer a referência ao meu nome, dentre os TOPs da década passada, mesmo com 26, 27 anos na época. É bem verdade que naquela época eu apitava bastante, mas saibas que me espelhava mesmo em amigos como Paulinho, Seneme e Salvio. Infelizmente meu caro, a arbtiragem no Brasil é cobrada como um trabalho profissional e possui estrutura/remuneração/segurança/estabilidade/reconhecimento de amadores, vide que nem salário possuimos e que aos 45 anos somos jubilados e muitas vezes nem um “muito obrigado” recebemos. Dessa forma, os que pensam nas suas famílias e no futuro profissional são obrigados em muitos momentos de sua vida a deixar o apito. Graças a Deus e ao reconhecimento de muitos estou voltando, voltarei a apitar, não por SP, mas pela Bahia, após ter ficado um tempo de licença tanto em nível estadual quanto em nível nacional, devido a compromissos profissionais. Entretanto como tenho ainda 35 anos e muita disposição, resolvi voltar ao menos aos finais de semana, pelo menos até quando meu trabalho permitir. Estarei atuando no Baianão 2012 e na CBF após realizar as avaliações de praxe. Espero regressar aos grande jogos nacionais, como fiz ainda calouro e sem experiência, dos 23 aos 31 anos. Hoje mais maduro e com muito mais experiência do que com 26, 27 anos, período em que apitei campeonatos e mais campeonatos, decisões e mais decisões, espero poder colaborar ainda mais com a arbitragem e consequentemente com o futebol brasileiro.
Grande abraço em todos os colegas de arbitragem de SP e em todos aqueles que torcem e que sempre torceram por mim. Saudade de todos vocês.
Rodrigo Martins Cintra
Secretário Municipal de Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo da FIFA – SECOPA
Coordenação Geral da Copa do Mundo da FIFA 2014, Cidade-sede Natal RN
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A comissão de arbitragem está certa em lançar os jovens juizes, pois esta fórmula com 8 classificados garante os 4 grandes, então o índice de reclamações tende a se reduzir muito. Ou aproveita ou perde-se a chance depois.
Os grandes dos estados mais fortes (SP: Corinthians, Santos, Palmeiras, São Paulo. Rio: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco: MG: Cruzeiro e Atlético. RS: Gremio e Inter e assim vai, quando reunidos no Brasileirão é que dificulta tudo para os juízes.
Professor, divulgue a ficha dos novos juízes no seu blog.
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Árbitros que navegam neste blog, vejam o lance que aconteceu no México:
http://globoesporte.globo.com/platb/brasilmundialfc/2012/01/21/cartao-duplo-mexicano/
Abs.
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