Uma recente pesquisa levantou: Mais horas de aula não significam melhor aprendizado nas escolas. O que realmente faz a diferença seria: Professores com Habilidades e Assiduidade!
Extraído de Revista Época, Ed 677, pg 18-20
MAIS HORAS DE AULA MELHORAM A NOTA?
Por Camila Guimarães
O tempo em que os alunos brasileiros passam dentro da escola deve aumentar. Na semana passada, o Senado aprovou um projeto de lei que eleva de 800 para 960 horas a carga horária mínima anual dos ensinos fundamental e médio. O texto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e pela sanção presidencial. Se for aprovado, o Brasil passará a ser um dos países com maior número de horas no ano letivo do mundo a partir de 2013.
A iniciativa é relevante. Várias pesquisas mostram que o tempo que a criança passa na escola tem efeito positivo sobre seu desempenho. No entanto, a carga horária está longe de garantir, por si só, uma melhora na aprendizagem dos alunos. Em países como a Finlândia e a Coreia do Sul, campeões do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), feito pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a carga horária escolar é menor que a brasileira.
Para os alunos aprenderem mais, o uso do tempo dentro da sala de aula também precisa melhorar. Um levantamento feito pela Fundação Lemann, organização que atua para melhorar o ensino público no país, usando dados do Pisa, mostra que mais de um terço dos alunos acha que o professor demora muito para começar a aula. “É preciso olhar a sala de aula para melhorar”, diz Paula Louzano, consultora da Fundação. Há claros sinais de mau uso do tempo. Em uma pesquisa que avaliou, em 2005, a eficiência das aulas de matemática nas redes públicas do Brasil, Chile e de Cuba, o pesquisador da faculdade de Educação de Stanford, Martin Carnoy, descobriu que os alunos brasileiros gastam até oito vezes mais tempo na hora de copiar os problemas da lousa. Uma opção seria receberem parte das questões já impressas.
Há ainda a questão da ausência de professores. Os docentes brasileiros faltam demais, atrapalhando o ritmo das aulas. Há estimativas de que dez dias de falta de um professor podem diminuir em até 5%, em média, a nota do aluno em matemática. No Estado de São Paulo, a média de faltas é de 16 dias por ano (dados de 2008). Manter o aluno na escola é importante, mas ter professor assíduo e com habilidade para usar bem o tempo é ainda melhor.

Muito interessante isso. Mas eu creio que no caso do brasileiro, não são apenas os professores e os alunos… devia mudar tudo, se dentro de casa o “aluno” não tiver um incentivo forte dos pais pode se considerar que não vai muito longe. Pois o governo não da assistência alguma para quem precisa de um “up” na educação digamos assim. O necessário seria uma mudança geral, não adianta aumentar a carga horária escolar sendo que o governo ainda se preocupa em fazer leis para que presos recebam mais do que um salário mínimo; isso dentro da cadeia…
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