Incrível como certas declarações governamentais são repletas de demagogia!
O preço do Etanol fugiu totalmente do controle do Governo. As exportações aumentaram, o consumo também, mas a produção ao mercado interno não cresceu na mesma proporção!
Nos últimos dias, falta etanol em algumas regiões brasileiras. Claro, não interessa vender o produto aos brasileiros, mas sim exportá-lo. Vendemos álcool de cana ao estrangeiro e compramos absurdamente álcool de milho para o não desabastecimento do país!
O Anidro, álcool que é misturado na gasolina para a venda aos consumidores, disparou de preço. Assim, o Etanol já custa mais de R$ 2,00 (em algumas localidades, passa dos R$ 2,20) e por tabela a Gasolina sobe também!
O duro é a Petrobrás dizer que está tudo bem, dizendo que os preços estão defasados se compararmos com o mercado externo e que a gasolina não vai subir, ignorando totalmente os fatores internos como, por exemplo, o álcool!
Veja abaixo a ridícula declaração do diretor de abastecimento da BR. Será que ele pensa que somos todos ignorantes? A sua fala é dessa semana:
(Extraído de: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/petrobras-promete-manter-preco-da-gasolina-apesar-da-alta-do-petroleo)
PETROBRAS NEGA AUMENTO NO PREÇO DA GASOLINA
Há um mês e meio acima da barreira dos 100 dólares o barril, a cotação internacional do petróleo passa ao largo dos preços internos dos principais combustíveis vendidos no país: gasolina, diesel e GLP. Na expectativa de uma reversão rápida do conflito no norte da África, a Petrobras mantém a intenção de não repassar a alta ao preço de refinaria.
“Nossa política aqui não vai mudar. Não há previsão de reajuste de preço, quer seja no diesel, na gasolina ou no GLP”, afirmou o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, em entrevista à Agência Estado.
O executivo argumenta que a companhia monitora a evolução internacional e trabalha com um limite para a cotação, que não quis revelar. Quando começou a seguir a política de descolamento com o mercado internacional, a estatal havia estipulado um limite de três meses para o cálculo da média de preços e a fixação de novos patamares, mas na prática não seguiu essa fórmula.
Costa, falando por hipótese, comenta que uma elevação do petróleo a 150 dólares exigiria uma reação “urgente” no mercado doméstico, mas não revela os parâmetros que estão sendo usados pela Petrobras, alegando que se trata de uma estratégia interna. “O tempo (limite para deflagrar um repasse) varia de acordo com o preço. Não dá para dizer que a cada três meses teremos uma variação em relação ao mercado internacional. Se o petróleo bater, daqui a pouco, 150 dólares o barril, obviamente vamos ter de pensar numa coisa urgente para resolver isso.”
