– CNBB critica Baixo Nível Moral da TV em Reality Show

 

Por Reinaldo Oliveira, extraído de CNBB.org

 

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Consep-CNBB) divulgou uma nota no final da tarde desta quarta-feira, 16, manifestando-se sobre o “baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão”.  Os bispos citam especialmente os reality shows “que têm o lucro como seu principal objetivo”. Após destacar a importância da TV para a sociedade brasileira, reconhecida pelo prêmio “Clara de Assis de Televisão”, promovido pela CNBB anualmente, os bispos lamentam que “serviços prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral” sejam “ofuscados” por programas como os reality shows. Para os bispos, os reality shows “atentam contra a dignidade da pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira”. A nota se dirige tanto às TVs quanto ao Ministério Público, aos pais, mães, educadores, anunciantes e publicitários, e convida todos a refletir sobre sua responsabilidade em relação à qualidade dos programas na televisão. Leia abaixo, a íntegra da nota.

 

NOTA DA CNBB SOBRE ÉTICA E PROGRAMAS DE TV

 

Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados reality shows, que têm o lucro como seu principal objetivo. Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito. Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso país e os importantes serviços por ela prestados à sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente. Lamentamos, entretanto, que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira. Cônscios de nossa missão e responsabilidade evangelizadoras, exortamos a todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal na sociedade, sempre no respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a Sociedade. Dirigimo-nos, antes de tudo, às emissoras de televisão, sugerindo-lhes uma reflexão mais profunda sobre seu papel e seus limites, na vida social, tendo por parâmetro o sentido da concessão que lhes é dada pelo Estado. Ao Ministério Público pedimos uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva, identificando os evidentes malefícios que ela traz em desrespeito aos princípios basilares da Constituição Federal (Art. 1º, II e III). Aos pais, mães e educadores, atentos a sua responsabilidade na formação moral dos filhos e alunos, sugerimos que busquem através do diálogo formar neles o senso crítico indispensável e capaz de protegê-los contra essa exploração abusiva e imoral. Por fim, dirigimo-nos também aos anunciantes e agentes publicitários, alertando-os sobre o significado da associação de suas marcas a esse processo de degradação dos valores da sociedade. Rogamos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, luz e proteção a todos os profissionais e empresários da comunicação, para que, usando esses maravilhosos meios, possamos juntos construir uma sociedade mais justa e humana. 

 

(Fonte: cnbb.org.br)

– Resolvendo o Problema da Pobreza Próximo às Sedes da Copa

 

As agências internacionais informam: em Março, haverá a Copa do Mundo de Críquete em Bangladesh.

 

Tradicional e popular esporte no Sudeste Asiático, o Críquete visitará um dos locais mais pobres do mundo, com aproximadamente 700 mil pessoas esmolando nas redondezas de Chittagong, a região metropolitana que será sede do evento (lembremo-nos que Bangladesh é um país extremamente pobre e populoso).

 

Para resolver o problema da mendicância durante a competição, a Prefeitura local encontrou uma saída: doará US$ 2.00 para que cada mendigo circule por outras praças… (lembrando que 2 dólares aos bengaleses tem um poder aquisitivo diferente do que a nós).

 

É ou não “tapar o sol com a peneira”?

 

Talvez algum dirigente faça isso também em alguma cidade-sede para a Copa do Mundo de 2014…

E você, o que acha de tal inusitada resolução de problema? Deixe seu comentário: