“Juiz Ladrão, vai sair de camburão”
Ontem, após o jogo Vitória 4 X 2 Santos, o atleta santista Neymar colocou no micro-blog de relacionamento social twitter essa mensagem, em referência ao árbitro Sandro Meira Ricci, que houvera apitado a partida.
Se um atleta ofende o árbitro após a partida, ainda dentro do campo, pode receber o cartão vermelho. Se for na escadaria que dá acesso ao vestiário, o árbitro pode relatar o ocorrido, sem a aplicação do cartão (e terá o mesmo peso).
Claro que Neymar nem jogou ontem. Claro que estamos em uma democracia. Claro que a liberdade de expressão deve ser inquestionável. Mas… fico pensando: ninguém fala ao menino Neymar, cujo futebol vale 35 milhões de euro, que é prudente não falar isso?
Parece piegas ou discurso politicamente correto em excesso, mas cá entre nós: imaginem o clima na próxima partida em que se encontrarem (se se encontrarem…). Os árbitros são profissionais (embora não sejam reconhecidos como tais na lei), não devem ter espírito de vingança ou guardar mágoa. Entretanto, são humanos. Vai que…
Entenderam?
Custa muito o departamento de futebol do Santos contratar um profissional para orientar esses garotos? Valem tanto, e custaria tão pouco. Não uma babá, mas, digamos, um “reeducador social”?
A grande preocupação, não só válida para o futebol, é de que quando se ganha muito dinheiro sem preparo para tal, a pessoa perde a noção da responsabilidade e respeito ao próximo. Não tem limites sociais, e vale tudo! O deslumbramento é inevitável para despreparados.
Me parece que o Jorge Henrique também reclamou da arbitragem via Twitter. A moda está pegando?
O que você acha disso: Jogador pode ou não falar pelo Twitter o que ele queria falar pessoalmente ao árbitro? Deixe sua opinião!
Ops: sobre os lances de pênaltis a favor do Corinthians e contra o Santos:
– AVA X COR: Jorge Henrique caiu por força do toque do seu adversário? Se sim, é pênalti. Mas se ele sente o toque e abandona a jogada a fim de cavar o pênalti, mesmo podendo continuar o lance, não se marca nada. Lance chato para o Péricles Bassols Cortês (é verdade que o histórico do Jorge Henrique não ajuda muito, embora ninguém pode apitar fazendo mal julgamento do atleta).
– VIT X SAN: Edu Dracena tinha tempo de tirar a mão da bola na hora em que ela foi chutada? Ele pôs a mão na bola ou a bola bateu nele? Tinha distância suficiente para se esquivar da bola? Respeito o excelente Sandro Meira Ricci, mas em casa, do sofá, eu não daria. Mas como ele estava em campo, suado, sentindo o calor da partida e próximo do lance, não critico a sua decisão, embora não concorde.

É legal escutar exatamente o que o jogador quer falar, sem que usem máscara, respondendo as perguntas com discurso estudado. Mas, educação e respeito cabem em qualquer lugar, principalmente vindo de sujeitos que são ou se tornarão exemplos/ídolos, para muitos.
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