Não sei por que não repercutiu na grande imprensa, mas a Justiça deu ganho de causa às vítimas de Talidomida. Esse medicamento foi utilizado para evitar enjôos na gravidez, e trouxe sérios efeitos colaterais que acabaram afetando os fetos. As crianças, assim, nasceram com sérias alterações, como braços e pernas curtas. Agora, o governo terá que indenizar as vítimas em até R$ 200 mil por danos morais.
Extraído de: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,uniao-tera-de-indenizar-vitimas-da-talidomida,404189,0.htm
União terá de indenizar vítimas da talidomida
O Tribunal Regional Federal condenou ontem a União a pagar indenização por danos morais à primeira geração de vítimas do medicamento talidomida – cerca de 360 brasileiros que nasceram com deficiências físicas, em razão de as mães terem usado a droga, comercializada no País entre 1957 e 1965 como remédio contra enjoos da gravidez. O órgão atendeu parcialmente recurso da associação de vítimas e determinou que o valor da reparação deverá ser de cem vezes o da pensão por danos físicos já recebido por elas, o que significará reparações entre R$ 46,5 mil e R$ 198,5 mil.
O valor requisitado, no entanto, era de que a indenização fosse 500 vezes maior. Não perdemos, já é uma grande vitória?, afirmou chorando, ao fim do julgamento, Claudia Marques Maximino, da Associação Brasileira de Portadores da Síndrome da Talidomida. Se os políticos nos dessem 1% do que têm desperdiçado em viagens e outras despesas irregulares já estaríamos satisfeitos?, afirmou Gisele Fernandes, que sofreu atrofia dos braços.
Um total de dez pessoas afetadas pela síndrome assistiram ao julgamento, realizado na capital paulista, e decidiram fazer uma reunião em breve para saber se recorrem ou não da sentença dada ontem. O advogado da associação, Mario Sarrubbo, destacou em sua manifestação no tribunal que o País demorou quatro anos para proibir o uso da droga por grávidas, apesar de já existirem evidências de anomalias. Se houver recurso, da União ou das vítimas, o caso será levado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gostaria de saber como requerer essa indenização pois nasci com atrofia nas duas pernas em dezembro de 1965, prematura de 7 meses e 1/2 e tudo indica que minha mãe usou esta medicação (Talidomida).
Nasci em São Paulo, mas hoje moro no interior da Bahia (Caetité). Há aproximadamente 27 anos tive que amputar o pé direito devido esta atrofia e hoje tenho dificuldade de locomoção devido ao peso corporal e outras complicações como uma provavel Hérnia de Disco na região lombar da coluna.
Ficaria muito grata se pudessem me passar essas informações.
Fico no aguardo, abraços
Adelice
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