Células-Tronco e a Bioética

O presidente Barack Obama permitiu a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias nos EUA. Sei que é uma decisão polêmica, e não vou ficar em cima do muro: discordo plenamente! Para a criação de novos tecidos a partir destas células, deve-se perder o embrião. E embrião é vida. Sei também que o argumento a ser defendido é que tais células salvarão vidas. Mas o contra-argumento é forte: ao custo de outras vidas, e estas indefesas?

Felizmente, a ciência está avançada, e vem do Brasil uma novidade: a criação de células-tronco não-embrionárias! E é nisso que deve ser investido. Sem prejuízo ético ou religioso, gerar vida sem perder outra vida.

 

Compartilho, extraído de: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/01/24/brasil+produz+pela+1+vez+celula+tronco+sem+embriao+3595920.html

 

(Ops: respeito qualquer opinião contrária a minha)

 

Cientistas cariocas produziram pela primeira vez no Brasil uma linhagem de células-tronco de pluripotência induzida. Conhecidas pela sigla iPS – induced pluripotent stem cells, em inglês -, elas são idênticas às cobiçadas células-tronco embrionárias, com a vantagem de que não necessitam de embriões para sua obtenção.

Em vez disso, a pluripotência (capacidade para se transformar em qualquer tecido do organismo) é induzida “artificialmente” em uma célula adulta, por meio da reprogramação de seu DNA.

A técnica, segundo o que os pesquisadores revelaram com exclusividade ao jornal “O Estado de S. Paulo”, não reduz a importância do estudo das células embrionárias “autênticas”, mas diminui a necessidade de destruir embriões para a produção de novas linhagens pluripotentes.

Além de facilitar imensamente a produção de células-tronco oriundas dos próprios pacientes, já que não há limite no número de células adultas que podem ser reprogramadas nem é preciso passar pelas complicações técnicas (e éticas) de fabricar ou clonar um embrião para pesquisa.

Apenas quatro outros países já possuem linhagens de células iPS registradas na literatura científica: Japão, Estados Unidos, China e Alemanha. A pesquisa brasileira produziu, simultaneamente, em menos de um ano, uma linhagem iPS de células humanas e outra de camundongo. Ambas serão disponibilizadas gratuitamente para a comunidade científica.

O projeto foi realizado nos laboratórios do neurocientista Stevens Rehen, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e do biomédico Martin Bonamino, da Divisão de Medicina Experimental do Instituto Nacional de Câncer (Inca), com apoio dos alunos de pós-graduação Bruna Paulsen e Leonardo Chicaybam.

A parceria começou em 2008, depois que Rehen deu uma palestra no Inca. Foi o casamento perfeito: “O Stevens sabia cultivar as células-tronco e a gente sabia produzir os vetores virais para infectar as células”, conta Bonamino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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