Dentro do futebol, muitas discussões poderiam ser evitadas se os próprios árbitros as evitassem. Para quem acompanhou a abertura do Campeonato Pernambucano, viu um lance polêmico resultando em gol no jogo Náutico X Salgueiro. Mas o problema não é esse: o gol nasceu de uma jogada treinada a partir das orientações, segundo o jornalista Marcelo Cavalcante, do árbitro Wilson de Souza Mendonça, quando este fez palestra à equipe do Náutico e explicou ao técnico Roberto Fernandes o dito lance confuso. E por um dos percalços da vida do árbitro, ele próprio apitou a partida citada!
Se somos prestadores autônomos de serviço aos clubes de futebol, ministrar palestras é uma possibilidade de renda a mais. Mas como agir, eticamente, neste caso? Estaria um árbitro palestrante à equipes profissionais livre de qualquer impedimento à atuação caso fosse escalado na partida do clube que orientara?

É perfeitamente possível ser profissional e separar as coisas. Mas moralmente se torna questionável, principalmente se o time e a torcida adversária se sentirem prejudicados.

E você, o que pensa sobre isso?

Entenda o lance extraído de: http://jc.uol.com.br/blogs/blogdotorcedor/canais/noticias/2009/01/19/tatica_ensinada_por_wilson_souza_39480.php

Tática ensinada por Wilson Souza

O gol marcado pelo atacante Carlinhos Bala, o primeiro do Náutico no empate contra o Salgueiro, por 2×2, causou polêmica.
O lateral-esquerdo Anderson Santana ficou à frente do goleiro Luciano, que ficou reclamando da arbitragem, pedindo a marcação do impedimento.
Bala cobrou e a bola foi para as redes.
Os atletas do Salgueiro reclamaram da arbitragem mas de nada adiantou.
Wilson Souza confirmou o gol.
Os alvirrubros estavam certos de que o lance é lícito.
Até porque a tática foi ensinada pelo árbitro Wilson Souza ao técnico Roberto Fernandes numa palestra que fez aos atletas alvirrubros durante o Brasileirão do ano passado.
A presença de Anderson Santana na pequena área antes da cobrança de falta serviu para desconcentrar o goleiro do Salgueiro.
A tática deu certo.