Repost de 2 ano, mas bem atual:
Nós não temos a noção da dificuldade que é não ter uma nação. Ser apátrida, para quem é, torna-se um trauma gigantesco!
Ser “uma sombra”, “não existir” e outros termos assim são comuns a essa gente. E são quase de 10 milhões no mundo!
Maha Mamo, uma moça filha de sírios que nasceu no Líbano, foi a primeira apátrida a conseguir se naturalizar brasileira. E o caso é curioso: pelo fato do pai ser cristão e a mãe muçulmana, o casamento interreligioso não é aceito na Síria. No Líbano, onde nasceu, a nacionalidade não é aceita pela “terra onde nasce”, mas somente pelo “ventre” (assim, não poderia ser libanesa). Mas com o problema religioso, não poderia ser natural da Síria pois, em tese, sua mãe é solteira e isso não é permitido por lá.
O interessante é: um apátrida não pode nada, pois não tem documento! Como matricular um filho inexistente? Ou ter carteira de trabalho? Incrível as dificuldades que eles passam e não imaginamos porque em geral nunca sentimos ou sentiremos isso.
E veja só: até um refugiado tem vários benefícios que um apátrida não tem, pois o refugiado “existe”, é uma pessoa que foge por algum motivo de sobrevivência. O apátrida, também em tese, nada disso ocorre.
Mais informações sobre tudo isso, compartilho em: http://www.acnur.org .
Imagem extraída de: https://www.paiquere.com.br/voce-sabe-o-que-vem-a-ser-um-apatrida/.